quinta-feira, 18 de junho de 2015

ROTHSCHILD: Como se apoderaram do Império do Brasil.

Esse post é oriundo de muita pesquisa. Muita leitura. Muito cruzamento de informações. E estas informações, pelo menos muitas delas, até estão disponíveis nos anais históricos; porém, estão discretamente escondidas sob fatos que supostamente teriam maior relevância. Afinal, que importância tem para nós, brasileiros, conhecermos nossa própria história, e por conseguinte, os motivos de nosso atraso incrivelmente persistente? Para nós, brasileiros, tem muita importância, é vital! Mas para aqueles que se comprazem com nossas mazelas, perpetradas e mantidas por eles mesmos, nenhuma! Aliás, dá-se justamente o contrário, quanto menos soubermos, melhor.

Aqui eu traço um paralelo entre a Casa Rothschild, a Coroa Britânica, o Império no Brasil, entrando no século XX e culminando nas atuais eleições, com Dilma e Aécio devidamente colocados em lados opostos, porém defendendo os mesmos ideias: os dos Rothschild.

Pouco mais de uma semana após ter chegado corrido de Portugal, pelos granadeiros de Napoleão, o príncipe-regente Dom João abriu os portos brasileiros ao comércio com as nações amigas. Acontece que na ocasião, a única capaz de fazer comércio por aqui era a Inglaterra. Em 1809 os ingleses exigiram maiores benefícios e exclusividade expressa, obtendo o tratado preferencial de comércio, assinado em 10 de fevereiro de 1810. Iniciou-se um monopólio comercial que fez as exportações de Portugal cair em 50%.

Veio a "Independência", nos livramos da Coroa Portuguesa, mas não da Coroa Britânica. Em seu Manifesto, de 6 de agosto de 1822, o Príncipe Dom Pedro clamava às Cortes de Lisboa "Lançou mãos robadouras aos recursos aplicados ao Banco do Brasil, sobrecarregado de uma enorme dívida nacional". 

E então pedimos um empréstimo aos banqueiros londrinos, e que seria quitado em duas parcelas. O primeiro empréstimo externo do Brasil foi obtido em 1824, no valor de £ 325482 milhões de libras esterlinas e ficou conhecido como "empréstimo da Independência", destinado a cobrir dívidas do período colonial e que na prática significava um pagamento a Portugal pelo reconhecimento da independência.

O contrato da primeira dívida foi assinado em 20 de agosto de 1824, entre o marechal de campo Felisberto Caldeira Brant, mais tarde marquês de Barbacena, e o conselheiro Manuel Rodrigues Gameiro Pessoa, mais tarde visconde de Itabaiana, e as casas bancárias Baseth Farquhar Chrawford & C.ª, Fletcher, Alexander & C.ª Thomas Wilson & C.ª. O da segunda foi realizado pelos mesmos com o banqueiro Nathan Mayer Rothschild. E é justamente sobre esse que cai o direito de exploração do Brasil.

Cada milhão de libras da primeira operação nos foi dado pelo prazo de 30 anos, com 1% de amortização, 5% de juros anuais e tipo de 75, o que quer dizer que recebemos £ 750.000, mas ficamos devendo £ 1.000.000. A margem de £ 250.000, enorme soma naquela época, ficaria para despesas e para ser dividida entre as partes encarregadas pelo acerto. É esta margem que tanto almejam os banqueiros e os políticos. Os negociadores desse pacto, Barbacena e Itabaiana, eram íntimos e se tratavam em carta por amigos do coração. O primeiro fora acreditado plenipotenciário do Brasil na Grã- Bretanha por uma carta credencial de 12 de agosto de 1822. O segundo fora incumbido especialmente dos ajustes para o reconhecimento da independência. As instruções para tratarem do empréstimo lhes foram enviadas em 1824 pelo ministro e secretário de Estado visconde de Maricá. 

A segunda operação ficou a cargo dos mesmos negociadores, e teve praticamente as mesmas condições, prazos, juros e amortizações idênticos ao primeiro, mas deviam ser pagos em 12 parcelas mensais. E dessa vez consta uma cláusula, a de nº5, que concede 4% do valor total para as despesas de corretagem! Os Rothschild descumpriram esta cláusula, ficando com 2% para si, e entregando apenas 2% para Barbacena e Itabaiana. A Câmara de Deputados estudou os contratos e declarou "que enquanto o Governo Imperial paga 5% de juros sobre qualquer adiantamento em dinheiro fora dos prazos estipulados em contrato, a Casa Rothschild nada pagava pelas somas vencidas que conservasse em suas mãos, e também que a percentagem designada em contrato para a corretagem não havia sido repassado integralmente aos representantes brasileiros".

A garantia que demos aos ingleses foi a hipoteca das rendas das alfândegas, e devíamos encerrar os pagamentos em 1854. Não conseguimos, obviamente, e o prazo foi estendido até 1864. Em 1828, usando uma autorização contida no artigo 7° da lei de outubro deste mesmo ano, o Marquês de Barbacena e o Visconde de Itabaiana tomam outro empréstimo, dessa vez de £ 400.000 a juros de 5% , 1% de amortização e taxa de 5:2! O próprio governo inglês chegou a pensar em proibir a operação, de tão vantajoso que era para Thomas Wilson e Nathan Mayer Rothschild, e prejudicial para o Brasil. Mas voltou atrás, e permitiu que nos roubassem outro tanto...

Cansados de sermos sugados pelos Rothschild, em 1839 resolvemos que deveríamos dar a oportunidade para outros. Pegamos emprestados £ 312.000 com Samuel & Philips, a 7:6, juros de 5% e prazo de 30 anos. Ou seja, pegamos £237.550 e pagamos £503.000. Em 1843, novo empréstimo tomado por Dom Pedro II, através de nosso plenipotenciário em Londres, Comendador José Marques Lisboa, que assina contrato com Isaac Lyon Goldsmid: £622.000 a juros de 5%, com taxa 8:5 e prazo de 20 anos. O contrato foi assinado em 3 de maio de 1843.

Em 1852, novo empréstimo. O contrato foi assinado em 27 de julho, de nosso lado por Sergio Teixeira de Macedo, Ministro do Brasil na Inglaterra, e a fima N.M. Rothschild & Sons. Em 1858, mais um empréstimo, feito pelo Comendador Francisco Inácio de Carvalho Moreira, mais tarde Barão de Penedo. Este empréstimo foi feito com o intuito único de saldar os juros do empréstimo de 1828! 

Em 10 de abril de 1860, o Barão de Penedo assume outro empréstimo com os Rothschild. Este empréstimo, destinado à construção de ferrovias, nos pagou pouco mais de £ 1.000.000 e nos custou mais de £ 3.000,000 . 

Em 1863, 1865, 1871, 1875, 1883, 1886, 1888 3 1889, nós obtivemos empréstimos, sempre em condições extremamente adversas nas negociações, e sempre com a família Rothschild, que a esta altura aumentava exponencialmente a sua riqueza, com a ajuda dos juros cobrados em todas as dívidas contraídas pelo Império! Não vou me ater demais a estes dados técnicos, pois tenho tanto a relatar, e nem saí do Império ainda! Quem quiser conhecer tudo isso mais a fundo, sugiro que leia Brasil, Colônia de Banqueiros, de Gustavo Barroso, ex-presidente da Academia Brasileira de Letras.

Com o advento da República, continuamos recorrendo aos empréstimos junto aos bancos estrangeiros, mas abrimos nossos horizontes, e passamos a pedir para outros bancos, franceses e dos Países Baixos. Em 1902, Francisco Rodrigues Alves assume a Presidência do Brasil. O Barão do Rio do Branco é designado para chefiar o Ministério das Relações Exteriores. Sob o pretexto de proteger os brasileiros do Acre, mas também visando pressionar os bolivianos, o Brasil envia tropas provenientes de Mato Grosso para a fronteira. Unidades da marinha de guerra simultaneamente concentram-se em Manaus, prontas para intervir no conflito se ele viesse a ocorrer.

No Tratado de Petrópolis, assinado em 17 de novembro de 1903, a Bolívia cede o Acre ao Brasil. Em troca, recebe uma pequena área no Pantanal Mato-Grossense, uma indenização de 2 milhões de libras e o compromisso de que o Brasil construiria, no noroeste de Mato Grosso (atualmente Rondônia), uma ferrovia por onde o estanho boliviano pudesse ser escoado para o exterior. Em suma, O Barão do Rio Branco subornou o Barão de Rothschild para obter a desistência do Bolivian Syndicate sobre o Acre.

Apesar de um início que parecia promissor, a "era Mauá" não conseguiu durar muito tempo. Suas iniciativas modernizadoras encontravam um forte revés na manutenção da estrutura colonial agro-exportadora e escravista e na concorrência com empreendimentos estrangeiros, principalmente ingleses. Defensor da soberania brasileira, Mauá foi levado à falência por defender interesses nacionais em ferrovias, em detrimento dos negócios dos Rothschild (seu parceiro nos empreendimentos). 

Entre 1898 e 1911, o Brasil não pagou a dívida externa. Depois, abriu negociação com os banqueiros da casa Rothschild & Sons para voltar aos pagamentos. Em troca, o Brasil teve que hipotecar as rendas da Alfândega do Porto do Rio de Janeiro; adotou um programa de cortes dos gastos públicos; aumentou os impostos e os bancos privados passaram a fiscalizar as contas públicas. Na época não existia o FMI, mas o receituário foi o mesmo.

Em 1930 o governo federal destinava 25% de tudo que ganhava com as exportações para o pagamento da dívida externa. Em 1931 o governo Getúlio Vargas suspendeu o pagamento da dívida externa e fez uma Auditoria. Comprovou que apenas 40% do total da dívida estava baseada em contratos escritos. Dos demais 60%, não foi encontrado qualquer documento que comprovasse sua existência. Assim, negociou com os credores o cancelamento de grande parte da dívida externa, o que viabilizou a política de promoção do desenvolvimento industrial do Brasil.

Foi a partir da ditadura militar na década de 70, que a dívida externa assumiu um ritmo de crescimento exponencial. A escalada do preço internacional do petróleo provocou uma grande oferta de petrodólares que, depositados nos bancos dos países ricos pelos produtores de petróleo, foram oferecidos aos países periféricos através do mercado financeiro internacional a juros muito baixos e taxas flexíveis. Assim, graças à irresponsabilidade dos sucessivos governos militares, durante os 21 anos de ditadura a dívida aumentou 42 vezes, pulando de US$2,5 bilhões de dólares em 1964 para US$105 bilhões de dólares em 1985.

Um desequilíbrio financeiro, a tendência à escalada da inflação e a necessidade de dólares para manter a guerra do Vietnã levaram os EUA a elevarem sua taxa de juros doméstica no início dos anos 80 da média histórica de 4% até 19,08%, provocando uma repatriação dos dólares que estavam no exterior e uma valorização dessa moeda no mercado internacional, o que elevou o valor da dívida externa em dólares dos países empobrecidos.

Para viabilizar o pagamento da dívida, em 1983 o governo militar brasileiro negociou um empréstimo no FMI, aceitando submeter-se à política econômica do Fundo, incentivada pelos Rothschild e Rockefeller, principalmente, nociva aos interesses nacionais, causando recessão, desemprego e empobrecimento.

A dívida pública interna é a soma das dívidas em moeda nacional de todos os órgãos do Estado brasileiro, incluindo o Governo Federal, estados, municípios e empresas estatais. A dívida pública externa, por sua vez, é paga em moeda estrangeira. As duas têm causas e conseqüências distintas, embora tenham implicações uma sobre a outra.

Nos anos 90, o governo brasileiro ampliou o espaço da economia para capitais estrangeiros. Reduziu impostos sobre importações, provocando uma invasão de bens importados e uma crise no setor produtivo nacional. Carente de dólares para financiar as importações, atraiu capital estrangeiro ao país por meio da emissão de títulos da dívida pública.

Os estrangeiros passaram a adquirir títulos remunerados pelos juros mais altos do mundo. E o capital nacional aproveitou para se valorizar sem ter que fazer esforço. As altas taxas de juros tornaram o financiamento da dívida pública um negócio muito mais atrativo do que o investimento produtivo.

E assim, desde nossa "Independência", nos tornamos dependentes dos favores da família Rothscild, que agora se precavem, tratando de obter amparo político independente do resultado da eleição presidencial. Pois sim, os Rothschild estão por detrás da candidatura tanto de Dilma quanto de Aécio, através da figura de Mario Garnero.

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