sexta-feira, 26 de junho de 2015

MAÇONARIA, Tudo que você precisa saber!


Neste texto, eu apresento quase tudo que eu sei a respeito da maçonaria, de modo geral. Talvez alguns leitores saibam de tudo aqui descrito, outros devem conhecer algumas partes isoladas, mas penso que a grande maioria não detém este conhecimento. O que ficou de fora, foram fatos mais específicos e intrínsecos a determinados acontecimentos históricos, tais como a formação dos EUA, sua revolução, a ação da maçonaria no pós-descobrimento do Brasil, sua infiltração no antigo jurídico nacional, seu papel na ditadura militar, etc. Tentei ser o mais imparcial possível, tentando me ater mais ao caráter informativo do que ao crítico. Se vocês consideraram que vale a pena, passe adiante, compartilhe com quem não conhece o tema. Boa leitura!

A história da Maçonaria, por ser um estudo complexo, confuso, com escassas fontes confiáveis e excesso de discursos apaixonados de seus fiéis, assim como de seus difamadores, é alvo recorrente de controvérsias e posicionamentos conflitantes. Sua origem é fonte de anacronismo tanto de intelectuais interessados no tema como de renomados historiadores que em busca de um passado glorioso recuaram sua origem dando vazão à criatividade. Apesar de ser mundialmente conhecida como uma sociedade secreta a organização maçônica se autodenomina discreta. Por quê? Segundo os maçons, todos conhecem a existência da sociedade, ou seja, não é secreto para ninguém a sua existência. No entanto, é restrito apenas aos seus participantes os conhecimentos dos símbolos e seus verdadeiros significados, conferindo-lhe assim o título de discreta. O Padre Maurice Colinom, no século XVIII, sintetiza a vasta gama de relatos lendários sobre a gênese da organização, afirmando: 
“Os maçons, desde séculos, esforçam-se por descobrirem seus 
antepassados dos quais pudessem ter orgulho. Encheríamos uma vasta biblioteca se reuníssemos somente as obras que pretendem demonstrar a filiação legítima da Maçonaria com os Rosacruzes, o Hermeticismo, o Cabalismo, Alquimia, As Sociedades Iniciáticas Egípcias, Gregas, Judias, a Tríade Secreta da Antiga China, os Colegia Fabrorum Romanos, a Cavalaria das Cruzadas ou a Ordem destruída dos Templários (...)".

Atualmente é consenso entre os historiadores que a Maçonaria se originou na Inglaterra. Esta seria descendente das antigas confrarias dos Pedreiros Construtores, hoje chamados de Maçonaria Operativa ou de Ofício. Tratava-se de construtores de igrejas e catedrais categorizados que diferentemente dos servos não permaneciam presos a um determinado feudo. Tais corporações eram fortemente influenciadas pela Igreja, detentora do maior poder político da época. É importante ressaltar que a criação das Lojas (em inglês Lodge) neste período estava vinculada apenas as construções previstas e não ao território. O termo Francomaçons (em inglês freemasons), segundo Castellani, estaria vinculado a freestone, pedra cúbica utilizada nas construções da época. Assim, as expressões freestone mason e freestone mansory no decorrer dos anos seriam simplificadas transformando-se em freemason (o construtor) e freemansonry (a atividade).

Deixando o aspecto puramente histórico, reza a lenda que a real origem da maçonaria é outra. A História da Maçonaria, remontaria ao tempo do Rei Salomão. O único, além de Salomão, que sabia decifrar as escrituras do Templo do Rei Salomão era Hiram Abiff, Arquiteto que foi enviado por Hirão o Rei de Tiro, aliado do Rei Salomão. Hiram Abiff com um caráter e um grau de sabedoria bem elevado conquistou o Rei Salomão e o Rei deu a ele o conhecimento de decifrar os códigos para a construção do Templo que Salomão construiria. A lenda diz que Hiram Abiff teria sido assassinado por três maus companheiros. Lenda é um relato fantasioso que parte de um fato verídico; Hiram o arquiteto existiu; a história dos Hebreus o refere; e ele foi assassinado por três construtores porque ele era o único que sabia decifrar as escrituras do templo de Salomão, as quais alguns tinham cobiça. Alguns autores dizem que a lenda teria sido criada para dar sustento político à casa real dos Stuart. Os nomes dos três companheiros que assassinaram a Hiram Abiff seriam Jubela, Jubelo e Jubelum; que deram origem aos sinais (posturas) dos três primeiros Graus maçônicos, simbolizando o corte da garganta; a extração do coração e a dilaceração do ventre, forma como Hiram teria sido assassinado, dentro da Lenda de Hiran Abiff, conhecida como Lenda do Terceiro Grau.

Nesta Lenda, surgem três "Assassinos", que feriram de morte o Mestre, através de golpes com instrumentos de trabalho, a régua, o esquadro e o maço. Todos os golpes contribuíram para essa morte e todos os produziram com excessivo dolo. Diz-se em maçonaria, "Assassino", aquele que "trai" os ideais maçônicos, pois "destrói" a vida espiritual. Logo após a construção do templo, Salomão despreza o concerto que fez com Deus, quando passa a buscar e adorar aos deuses de suas mulheres, assim Deus se aparta de Salomão. Então o Rei usa a sua sabedoria e segundo os satanistas e mestres em sabedoria, monges etc... Salomão aprisionou 72 espíritos e fez um livro chamado "goética". Esse livro ele mostra como pactuar com eles e invoca-los, através do demônio Baphomet.

Todas as técnicas foram guardadas em pergaminhos, e segundo historiadores, se perderam com as destruições dos templos, em 587 a.c e em 68 d.c. Porém em plena idade média, na época das cruzadas, um grupo chamado de Cavaleiros do Templo resolveu guardar os caminhos dos cristãos que iam a terra santa em peregrinação. A Ordem dos Cavaleiros Templários, por volta de 1119-1314), inicialmente tinha por propósito proteger a peregrinação de cristãos no caminho a Terra Santa. Mas segundo relatos, em 9 anos esse propósito não foi respeitado, onde especulam que os Templários teriam adquirido um tesouro proveniente dos escombros do Templo de Salomão. Especula-se que sejam segredos de construções e símbolos que os templários usavam, e posteriormente pelos maçons, nas construções góticas.

Após a volta dos Templários as nações ao redor de Roma começaram a se organizar de forma que cada novo integrante deixasse todas as suas posses para a ordem e se ingressava nela, essas reuniões eram fechadas e secretas. Os adeptos a Ordem tinham se espalhado por toda a Europa. Especula-se que a Ordem dos Assassinos, antiga seita que fumavam haxixe e matava em nome de Alá, porém muitos livros relatam a união das duas ordens. A Ordem adquiriu grandes posses chegando a ser tão poderosa financeiramente quanto as nações. Começaram emprestar dinheiro a Juros as nações e aos senhores feudais. Mas os donos poder e da Igreja Católica, que os viam como uma ameaça, começaram a induzir as nações para que acabassem com a ameaça. No início a mesma Igreja Católica tinha dado autorização para a Ordem funcionar. 

A ordem de prisão foi redigida em 14 de Setembro de 1307 no dia da exaltação da Santa Cruz, e no dia 13 de Outubro de 1307 (uma sexta-feira) o rei obrigou o comparecimento de todos os templários da França. Os templários foram encarcerados em masmorras e submetidos a torturas para se declararem culpados de heresia, no pergaminho redigido após a investigação dos interrogatórios, no Castelo de Chinon, no qual Filipe IV de França (Felipe, o Belo), influenciado por Guilherme de Nogaret havia prendido ilicitamente o último grão-mestre do Templo e alguns altos dignitários da Ordem. O Pergaminho de Chinon atesta que o Papa Clemente V, absolveu os templários, das acusações de heresia, evidenciando, assim, que a queda histórica da Ordem deu-se por causa da perda de sua missão e de razões de oportunismo político.

Da perda de sua missão, o que caracterizou não mais uma vida austera como no inicio da ordem, se aproveitou Felipe, o Belo, para se apoderar dos bens da Ordem, acusando-a de ter se corrompido. Ele encarcerou os Superiores dos Templários, e, depois de um processo iníquo, os fez queimar vivos, pois obtivera deles confissões sob tortura, que eram consideradas nulas pelas leis da Igreja e da Inquisição, bem como pelos Concílio de Vienne (França) em 1311 e Concílio regional de Narbona (França) em 1243.

O Nome Grande Loja, deriva dos alojamentos onde os Pedreiros faziam suas refeições. A Partir de 1700, muitos cientistas como Galileu, Newton e outros cientistas, que eram pensadores maçons, propuseram uma nova filosofia de pensar, uma filosofia que compreendia a ciência do Mundo sem a misturar com a Religião, causando inúmeros conflitos com os católicos por toda a Europa. Os maçons propunham a Liberdade de expressão, a Fraternidade, o Direito de ir e vir, a separação do estado da Igreja, seguindo ideais illuministas como igualdade e fraternidade.

A Revolução Francesa, A Independência Americana e a separação de Estado da Igreja foi patrocinado por ideias Illuministas, Illuminatis e Maçons que incorporavam as duas primeiras. A capital Americana foi totalmente planejada por maçons que fizeram incursões e símbolos ocultos em suas ruas e monumentos, sendo que o George Washington, e Benjamin Franklin, eram maçons e ao todo 13 presidentes americanos foram maçons.

Os rituais de iniciação da maçonaria datam-se dos Judeus da época de Salomão, seus significados não são entendidos nem pelos próprios maçons, Segundo Steve Bullock ,PH D, o segredo da maçonaria está no próprio maçom, de entender a sua busca pelo sabedoria. 

Para os maçons o seu Deus é GADU, o Grande Arquiteto do Universo e também se submetem a Jabulon ( Uma mistura de Baal, Ossíris e Jafé). O Maçom não sabe ou finge não saber mas está na eterna busca de alcançar a luz que lúcifer perdeu, eles estão do mesmo lado de Lúcifer que já caiu do Céu por querer ser mais sábio e iluminado que Deus. Assim como Buda alcançou uma iluminação espiritual que nada mais é que uma ligação íntima com Lúcifer. A Opinião Pública sabe que A maçonaria (forma reduzida e usual de franco-maçonaria) é uma sociedade discreta de carácter universal, cujos membros cultivam o aclassismo, humanidade, os princípios da liberdade, democracia, igualdade, fraternidade e aperfeiçoamento intelectual, sendo assim uma associação iniciática e filosófica.

Portanto, segundo sua própria ótica, a maçonaria é uma sociedade fraternal, que admite todo homem livre e de bons costumes, sem distinção de raça, religião, ideário político ou posição social. Segundo suas afirmações, suas únicas exigências são que o candidato possua um espírito filantrópico e o firme propósito de tratar sempre de ir em busca da perfeição.

Os maçons estruturam-se e reúnem-se em células autônomas, designadas por oficinas, ateliersou (como são mais conhecidas e corretamente designadas) lojas, "todas iguais em direitos e honras, e independentes entre si."

SÍMBOLOS E OBJETOS
O compasso e o esquadro reunidos tem sido mais antiga bem como a mais comum representação da Instituição Maçônica. Tanto se apresentou este símbolo compasso-esquadro, que ele é prontamente reconhecido, até mesmo pelos profanos (pessoas não iniciadas na Maçonaria). É o sinal distintivo do Venerável Mestre (Presidente da Loja) uma vez que esotericamente representa a "Justa Medida".

A Justa Medida quer dizer em última análise a Retidão. Faz lembrar aos maçons em geral e a cada instante que todo as suas ações deverão ser plantadas com serenidade, bom senso e espírito de justiça. Faz recordar o compromisso solene assumido pelo iniciado, de sempre agir dentro de uma escola de perfeita honestidade e retidão.

O COMPASSO - O Compasso é considerado um Símbolo da espiritualidade e do conhecimento humano. Sendo visto como Símbolo da espiritualidade, sua posição sobre o Livro da Lei varia conforme o Grau. No Grau de Aprendiz, ele está embaixo do esquadro, indicando que existe, por enquanto, a predominância da matéria sobre o espírito . A abertura indica o nível do conhecimento humano, sendo esta limitada ao máximo de 90º, isto é ¼ do conhecimento. A sua Simbologia ainda é muito mais variada, podendo ser entendido como Símbolo da justiça, com a qual devam ser medidos os atos humanos. Simboliza a exatidão da pesquisa e ainda pode ser visto como Símbolo da imparcialidade e infalibilidade do Todo-Poderoso. 

O ESQUADRO
O primeiro instrumento passivo e companheiro por excelência do Compasso é o Esquadro. Seu desenho nos permite traçar o ângulo reto e, por tanto, esquadrejar todas as formas. Deste modo, é visto como Símbolo, por excelência, da retidão. É também a primeira das chamadas Jóias Móveis de uma Loja, constituindo-se na Joia do Venerável, pois, dentre todos, este deve ser o mais justo e equitativo dos Maçons. O Esquadro, ao contrário do Compasso, representa a matéria; por isso é que, em Loja de Aprendiz, ele se apresenta sobre o Compasso. Predominância da Matéria sobre o espírito. 

A LETRA "G"
É o símbolo de Deus, o Divino Geômetra. Uma das razoes de ser tomada como símbolo sagrado da Divindade, é que, com ela, a palavra Deus, se inicia em vários idiomas. GAS, em Siríaco; GADA, em persa; GUD, em sueco; GOTT, em alemão; GOD, em inglês, etc.

O AVENTAL
É o símbolo do trabalho. É a parte principal do vestuário maçônico, constituindo-se um dos símbolos mais importantes da Maçonaria. Tem a forma de um retângulo, encimado por um triângulo; nos dois primeiros graus são simples, sem enfeites ou adornos, e de tecido branco. Os aventais dos demais graus, tem cor e desenhos variados, conforme os graus que representa e conforme o rito adotado. O fundo porém é sempre branco.

O DELTA LUMINOSO
Também chamado de Triângulo Fulgurante, representa na Maçonaria o Supremo Criador de todas as coisas, cujo olho luminoso é o Olho da Sabedoria e da Providência, que observa tudo que vê e provê. Ele simboliza também, os atributos da Divindade: Onipresença, Onividência e Onisciência, que o verdadeiro maçom tem como lembrete divino de sua suprema relevância para sua vida. Não sendo efetivamente uma religião, a Maçonaria compreende e reverencia todas as crenças e cada crente maçom pode ter no Delta Luminoso a representação de todos os sentimentos de religiosidade. Ele é como uma lembrança para uma advertência permanente e solene, traduzida pela compreensão fraternal, que não procura sobrepor a importância de qualquer religião em particular, as demais profissões de fé. 
Espiritualistas por princípio, sabem os maçons, na interpretação do Triangulo Fulgurante, que há um Deus que tudo vê e por esta razão entendem que uma oportunidade de fazer o bem que deixam escapar , é uma eternidade que se lhes espera.

PAVIMENTO XADREZ E AS COLUNAS
Pavimento em xadrez (ou pavimento de mosaico para outros): composto por quadrados pretos e brancos, com que devem ser revestidos os templos ou o centro destes são o símbolo da diversidade do globo e das raças, unidas pela Maçonaria e da oposição de diversos contrários, bem e mal, espírito e corpo, luz e trevas.

As 2 colunas e o piso branco e preto, simbolizam a junção entre o Bem e o Mal, o Mundo Físico e o Mundo Material, A Luz e as trevas, A direita e a esquerda, o Norte e o sul. Na verdade isso vem em parte da sabedoria de Lúcifer que queria juntar a Luz com as Trevas.

INICIAÇÃO
Para ser aceito na maçonaria, o profano tem de observar alguns deveres preestabelecidos:
1. “Reconhecer como irmãos todos os maçons regulares e prestar-lhes, e também às suas viúvas, ascendentes ou descendentes necessitados, todo auxílio que puder;
2. Frequentar assiduamente os trabalhos das oficinas; aceitar e desempenhar, com probidade e zelo, todas as funções e encargos maçônicos que lhe forem confiados, além de esforçar-se pelo bem da Ordem em geral, da pátria e da humanidade;
3. Satisfazer com pontualidade as contribuições pecuniárias que, ordinária ou extraordinariamente, lhe forem legalmente atribuídas;
4. Nada imprimir nem publicar sobre assunto maçônico, ou que envolva o nome da instituição, sem expressa autorização do Grão Mestre, salvo quando em defesa da Ordem ou de qualquer maçom injustamente atacado;
5. Ajudar e proteger seus irmãos em quaisquer circunstâncias e, com risco da própria vida, defendê-los contra as injustiças dos homens;
6. Manter sempre, tanto na vida maçônica como no mundo profano, conduta digna e honesta, praticando o bem e a tolerância, respeitando escrupulosamente os ditames da honra, da probidade e da solidariedade humana, subordinando-se compreenssivamente às disposições legais e aos poderes maçônicos constituídos;
7. Amar os seus irmãos, mantendo bem alta a flama da solidariedade que deve unir os maçons em toda a superfície da terra”.

CRENÇAS E DEVERES
Entre os deveres aqui enumerados, temos de acrescentar o que consta no art.1, parágrafo 1, letra g desta mesma Constituição onde se encontra o “requisito essencial” para os profanos, candidatos à iniciação, sem o qual não serão aceitos: “não professar ideologias contrárias aos princípios maçônicos e democráticos”. Se ele infringir essas normas, o art. 32, nº 13, confere ao Grão Mestre Geral, ou ao seu substituto legal, a atribuição de “suspender, com motivos fundamentados, para que sejam eliminados pelos Poderes competentes os maçons que professarem ideologias ou doutrinas contrárias aos princípios da Ordem e da Democracia”.

O sistema maçônico, especialmente o Rito Escocês Antigo e Aceito, pode ser chamado de “deísta”, ou seja, considera a existência de um deus impessoal, destituído de atributos morais e intelectuais, confundindo-se com a natureza. Os deístas limitam a participação de Deus à criação, como se Ele tivesse deixado o mundo para ser governado pelas leis naturais.6 Esse sistema difere do “teísmo” cristão, no qual Deus é um Deus pessoal e interfere permanentemente no destino da humanidade. O primeiro e principal dever de cada loja maçônica, de acordo com a determinação do art.17, letra a, da Constituição do Grande Oriente do Brasil, é este: “observar cuidadosamente tudo quanto diz respeito ao espírito e à forma da instituição, cumprindo e fazendo cumprir a Constituição, as leis e as decisões dos Altos Corpos da Ordem”.

Antes de qualquer coisa, vamos analisar o que é religião. No Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, temos a seguinte definição: “culto prestado a uma divindade…”. Essa definição encaixa-se perfeitamente bem com as palavras de Rizzardo da Camino, 33º grau maçônico, autor de mais de quarenta livros: “O maçom, dentro do templo maçônico, através da liturgia, cultua o grande arquiteto do universo”8. Com isso fica provado que o que acontece dentro da loja maçônica nada mais é do que um culto de adoração a uma divindade, ao Grande Arquiteto do Universo (G.A.D.U.).

Como a maçonaria exige a crença no Grande Arquiteto do Universo e na imortalidade da alma para que o candidato se torne maçom, isto se torna uma grande evidência de que essa entidade é religiosa e possui um credo ou uma doutrina. Na cerimônia de admissão e a cada passagem de grau são feitos juramentos que nada mais são do que promessas ou profissões de fé no Grande Arquiteto do Universo e na fraternidade maçônica. Sabemos que a maçonaria aceita qualquer pessoa, independente de seu credo religioso. A loja recebe muçulmanos, espíritas, budistas, entre outros, como membros. E também satanistas, magos e bruxos, inclusive nos mais altos graus. Nomes como Aleister Crowley, Albert Pike, Lynn F. Perkins (fundador da Nova Era), Jorge Adoum (Mago Jefa), Charles W. Leadbeater e o mágico Manly P. Hall11 constam de sua lista de participantes.

OS 33 GRAUS
O aprendizado maçom está dividido por etapas. Cada etapa é desenvolvida numa Câmara própria, com seus respectivos graus. São elas: Lojas Simbólicas (do 1o. ao 3o. grau), Lojas de Perfeição (do 4o. ao 14o. grau), Capítulos (do 15o. ao 18o. grau), Conselhos de Kadosch (do 19o. ao 30o. grau), Consistórios (31o. e 32o. graus) e Supremo Conselho (33o. grau). 

1º GRAU: APRENDIZ – O Aprendiz deve, acima de tudo, saber aprender. É o primeiro contato com o Simbolismo Maçônico. Aprende as funções de cada um no templo e sempre busca o desenvolvimento das virtudes e a eliminação dos vícios. Muitos maçons antigos afirmam que este é o mais importante de todos os graus. 
2º GRAU: COMPANHEIRO – A fase de Companheiro propicia ao maçom um excepcional conhecimento de símbolos, além de avanços ritualísticos e desenvolvimento do caráter.
3º GRAU: MESTRE – É o chamado grau da plenitude maçônica. No âmbito do Simbolismo (Lojas Simbólicas) é o grau mais elevado que permite ocupar quaisquer cargos. O Mestre possui conhecimentos elevados da história e objetivos maçônicos. 
4º GRAU: MESTRE SECRETO – Neste grau, além de outros conhecimentos, o maçom aprende as virtudes do Silêncio. Avança, fantasticamente, no conhecimento de símbolos utilizados na Maçonaria em geral. 
5º GRAU: MESTRE PERFEITO – Aprende-se no 5º grau a meditação interior. Privilegia este grau, o princípio moral de render culto à memória de honrados antepassados. Completa o conhecimento dos graus anteriores. 
6º GRAU: SECRETÁRIO ÍNTIMO ou MESTRE POR CURIOSIDADE – É dedicado à necessidade de se buscar o conhecimento, sem o qual não há progresso. Contudo, adverte para a vã curiosidade, capaz de gerar malefícios. Investiga-se a miséria social e as maneiras de combatê-las, dentre outras coisas. 
7º GRAU: PREBOSTE E JUIZ ou MESTRE IRLANDÊS – Neste grau estuda-se a equidade, os princípios da Justiça, o Direito Natural e alguns princípios éticos da liderança. 
8º GRAU: INTENDENTE DOS EDIFÍCIOS ou MESTRE EM ISRAEL – Dedica-se a estudar a fraternidade do homem através de valores como o trabalho e o direito à propriedade. Combate à hipocrisia, à ambição e à ignorância. 
9º GRAU: MESTRE ELEITO DOS NOVE – Estuda-se a realidade dos ciclos, as forças negativas e a força da reconstrução. 
10º GRAU: MESTRE ELEITO DOS QUINZE – Estuda-se a extinção de todas as paixões e as tendências pouco proveitosas, censuráveis.
11º GRAU: SUBLIME CAVALEIRO ELEITO ou CAVALEIRO ELEITO DOS DOZE – Dedica-se à regeneração. 
12º GRAU: GRÃO-MESTRE ARQUITETO – Estuda o poder da representação popular. 
13º GRAU: CAVALEIRO REAL ARCO – Estuda os magos pontífices do Egito e de Jerusalém. 
14º GRAU: GRANDE ELEITO ou PERFEITO E SUBLIME MAÇOM – É o grau mais alto das Lojas de Perfeição. Proclama o direito inalienável da liberdade da consciência . Defende uma educação digna para que o homem possa ter governantes que assegure direitos e obrigações compatíveis.
15º GRAU: CAVALEIRO DO ORIENTE – Dedica-se à luta incessante para o progresso pela razão. 
16º GRAU: PRÍNCIPE DE JERUSALÉM – Estuda a vitória da liberdade como consequência da coragem e perseverança. 
17º GRAU: CAVALEIRO DO ORIENTE E DO OCIDENTE – Explora o Direito de reunião. 
18º GRAU: CAVALEIRO ROSA-CRUZ – É dedicado ao triunfo da Luz sobre as Trevas. É a libertação pelo Amor. 
19º GRAU: GRANDE PONTÍFICE – Fala sobre o triunfo da Verdade, estuda o pontificado. 
20º GRAU: MESTRE AD VITAM – É consagrado aos deveres dos Chefes das Lojas Maçônicas. 
21º GRAU: NOAQUITA ou CAVALEIRO PRUSSIANO – Estuda os perigos da ambição e o arrependimento sincero. 
22º GRAU: CAVALEIRO DO REAL MACHADO ou PRÍNCIPE DO LÍBANO – Estuda o trabalho como propagador de sentimentos nobres e generosos.
23º GRAU: CHEFE DO TABERNÁCULO – Dedica-se à vigilância dos valores propagados pela Ordem e ao combate da superstição. 
24º GRAU: PRÍNCIPE DO TABERNÁCULO – Dedica-se à conservação das doutrinas maçônicas. 
25º GRAU: CAVALEIRO DA SERPENTE DE BRONZE – Dedica-se ao combate ao despotismo. 
26º GRAU: PRÍNCIPE DA MERCÊ ou ESCOCÊS TRINITÁRIO – Estuda princípios de organização social através da Igualdade e Harmonia. 
27º GRAU: GRANDE COMENDADOR DO TEMPLO – Defende princípios de governo democrático. 
28º GRAU: CAVALEIRO DO SOL ou PRÍNCIPE ADEPTO – Estuda a Verdade. 
29º GRAU: GRANDE ESCOCÊS DE SANTO ANDRÉ – É dedicado à antiga Maçonaria da Escócia. 
30º GRAU: CAVALEIRO KADOSCH – Fecha o ciclo de estudos no Kadosch. É um grau de estudos profundos a respeito do Simbolismo e Filosofia Maçônicos.
31º GRAU: GRANDE JUIZ COMENDADOR ou INSPETOR INQUISIDOR COMENDADOR – Estuda o exame de consciência detalhado. Só os conscientes podem ser justos.Estuda-se História. 
32º GRAU: SUBLIME CAVALEIRO DO REAL SEGREDO : Estuda o poder militar.
33º GRAU: SOBERANO GRANDE INSPETOR GERAL : É o último grau. Fecha o ciclo de estudos. É, em última análise, o maçom mais responsável ( pois todos o são!) pelos destinos da Maçonaria no país (no que tange ao Filosofismo).É o guardião, mestre e condutor da Maçonaria.

Aqui não serão comentadas as ligações da maçonaria com diversas revoluções, e nem seu inúmeros desdobramentos em diversos outros grupos ou seitas. A Revolução Francesa e a Revolução Americana serão tratadas em outros posts, independentes. Tentei ser o mais sucinto possível, após compilar uma pequena parte de todo o material que tenho disponível, e que tenho pesquisado através dos anos. O intuito deste post é de simplesmente trazer à tona as mais notórias e reconhecidas informações sobre a origem e o funcionamento da maçonaria. Existem, no mundo, aproximadamente 5,5 milhões de integrantes espalhados pelos 5 continentes. Destes 3,2 - (58%)- nos Estados Unidos - USA, 1,2 -(22%) - no Reino Unido e 1,0(20%) no resto do mundo. No Brasil são aproximadamente 150 mil maçons regulares (2,7 %) e 4.700 Lojas. Portanto, como se pode ver, existe material em demasia, porém sua veracidade pode ser questionada em muitos casos. As diversas ramificações tendem a discordar entre si a respeito tanto da origem, quanto da aplicação dos ritos e de sua finalidade intrínseca.

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