quarta-feira, 30 de setembro de 2015

DOSSIÊ ONU, Parte IV: UNICEF, amiga das crianças?



UNICEF, que significa Fundo Internacional de Emergência para Crianças das Nações Unidas, foi estabelecida pelas Nações Unidas em 1947, durante o rescaldo da II Guerra Mundial. Financiado por contribuições voluntárias de governos e do público, o seu objetivo inicial era fornecer alimentos de emergência, água, abrigo e cuidados médicos para crianças em todo o mundo. Esta tarefa inicialmente foi bem desempenhada, recebendo elogios e respeito internacional. Em 1950, a ONU pediu para a UNICEF para alargar as suas atividades para além de ajuda de emergência, e para se concentrar nas necessidades de longo alcance de crianças. Em 1953 o nome da organização foi mudado para o Fundo das Nações Unidas, enquanto a sigla original permaneceu.

Até meados da década de 1960 a UNICEF cumpriu sua missão e realizou um grande serviço para muitas das crianças mais necessitadas do mundo. No entanto, como o mundo e a ONU começaram a mudar, muitos programas sem escrúpulos substituíram estas obras dignas, e a missão original foi perdida em meio a eufemismos de controle populacional e "questões de saúde reprodutiva". Uma série de artigos na revista médica britânica The Lancet, sobre o número crescente de mortes infantis evitáveis ​​em todo o mundo forneceram uma indicação clara de que a UNICEF precisava redirecionar sua "ênfase sobre a sua missão tradicional de sobrevivência da criança".

A década de 1960 trouxe a esperança de um aumento da qualidade de vida para os habitantes de países do terceiro mundo. Tecnologias médicas aprimoradas e o desenvolvimento de vacinas que eliminaram, curaram ou controlaram um grande número de doenças. Melhoria dos métodos de comunicação e meios de transporte mais rápidos reduziram o número de mortes em áreas atingidas por desastres naturais. Ao mesmo tempo, houve um ressurgimento da teoria malthusiana de que o mundo estava sofrendo de superpopulação e estava rumando para a catástrofe - não haveria comida suficiente para todos.

Esta mesma década trouxe o desenvolvimento de novos métodos de controle da fertilidade - a "pílula anticoncepcional", o DIU e esterilização. E das teorias da superpopulação, veio o desenvolvimento de métodos de controle de natalidade combinados para alimentar o debate sobre o controle populacional. O crescimento da população estava sendo visto como uma das razões por que as pessoas pobres estavam se tornando ainda mais pobres. Medidas para prevenir ou interromper a gravidez passaram a ser vistas como parte de "serviços de saúde materna e infantil". 

Houve grande controvérsia na ONU, tanto que a estrutura da organização foi ameaçada. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a UNICEF estavam relutantes em participar do debate. A OMS tinha certeza sobre os efeitos da pílula na saúde, e a UNICEF não queria agir antes da OMS. A controvérsia dentro da própria UNICEF ameaçou dividir o Conselho Executivo, em 1966. Foi proposto que os fundos da UNICEF seriam gastos no fornecimento da pílula a mulheres com acesso ao planejamento familiar nos países em que o governo exigisse isso, mas que a UNICEF não ofereceria qualquer conselho nem forneceria suprimentos ou equipamentos para sua prescrição. Os opositores argumentaram que "seria errado a UNICEF se afastar do seu mandato original de salvar as crianças, a fim de se envolver em atividades para impedi-las de nascerem". A proposta foi retirada e a questão não foi retomada por um ano.

Em junho de 1967, o Comité Misto da UNICEF-OMS sobre Política de Saúde reavivou o debate usando um argumento já conhecido. A comissão apresentou um relatório ao Conselho, sugerindo que os programas de planejamento familiar apoiados pela UNICEF deveriam ser parte de uma ampla gama de serviços de saúde para as mães e seus filhos. Afinal, segundo seus argumentos, o espaçamento dos nascimentos seria um serviço de saúde que beneficiaria a mãe e a criança. O relatório foi aceito. Apesar do fato de que os termos utilizados foram compreendidos para excluir especificamente contraceptivos, as palavras "planejamento familiar" foram permanentemente unidas ao nome da UNICEF.

Uma boa parte da controvérsia em torno da UNICEF vem principal e diretamente desta política de abastecimento e distribuição de contraceptivos. Muitos contraceptivos são, na realidade, abortivos. Um dos efeitos destes contraceptivos é evitar que o óvulo fertilizado evolua, uma nova vida humana, desde a implantação no útero da mãe, portanto, destruindo-o. Os chamados "contraceptivos" que a UNICEF fornecia foram realmente causadores de abortos precoces.

O registro público prova muito para aqueles dispostos a olhar e aprender. Os procedimentos e finanças da UNICEF, e outras organizações das Nações Unidas e grupos pró-aborto como IPPF, são uma questão de registro público. Ao longo da década de 1970, o Programa de Informação emitiu diversos relatórios. Estes relatórios foram estudos científicos aprofundados sobre os mais recentes métodos de controle da natalidade e guias para os governos que buscavam informações para programas de controle da população. O Programa de Informação da População foi de responsabilidade da Universidade George Washington Medical Center, em Washington, DC, até 01 de julho de 1978 e, em seguida, da John Hopkins University, em Baltimore, Maryland. Estes relatórios delinearam claramente o envolvimento da UNICEF com o controle da população durante todo esse tempo. A UNICEF foi citada como uma organização que assistia no seguinte:

*Abril de 1974- "Sobre Anticoncepcionais Orais" - UNICEF forneceu tabelas e matérias-primas equivalentes a mais de cinco milhões de ciclos.

*Março de 1977- "Guia de Fontes de Planejamento Familiar - UNICEF citada como uma fonte de assistência aos contraceptivos orais, DIU, de preservativos, diafragmas e espermicidas injetáveis.

*Setembro de 1977 - "Guia para seleção de equipamentos para procedimentos de esterilização" - UNICEF citada como uma fonte de kits de assistência e de instrumentos e equipamentos para esterilização por mini-laparotomia e por colpotomia. Equipamentos de esterilização podiam ser obtidos através de uma variedade de agências nacionais e internacionais de doadores ... agências das Nações Unidas (ONU) - das Nações Unidas para Crianças (UNICEF) ... Dos cinco kits relacionados, dois foram desenvolvidos pela UNICEF.

*Janeiro de 1979 - dentro do sistema das Nações Unidas, cerca de 80% dos contraceptivos orais financiados pelo UNFPA eram comprados pela UNICEF, os 20% restantes pela OMS.

*Maio de 1979- O UNFPA também estava financiando a compra de um número crescente de DIU de programas para o desenvolvimento do país, com a aquisição real realizada pelo UNICEF (cerca de 97 por cento) e da OMS (cerca de três por cento).

*1985: UNICEF recebeu $ 700 mil do Banco Mundial para um projeto de controle da população no Quênia, que incluiu instalações de esterilização em hospitais distritais e clínicas de planejamento familiar.

*1987 - 1988: UNICEF colaborou em um projeto para organizar, expandir e melhorar a qualidade da esterilização em unidades móveis em diversos países. Além disso, a UNICEF orçou quase $ 800 mil para a compra de contraceptivos e programas nacionais de espaçamento de nascimentos na Jamaica e Tanzânia. 

Em 1987, uma Conferência Internacional sobre a melhor saúde para mulheres e crianças através de Planejamento Familiar foi realizada em Nairobi, no Quênia, sob o patrocínio da UNICEF e seis outras organizações - UNFPA, Banco Mundial, a OMS, a IPPF, o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas e o Conselho da População. Esta conferência foi significativa por duas razões: ela deixou claro que a UNICEF de 1987 era muito diferente da UNICEF de 1967 e, no alinhamento com as principais organizações pró-aborto do mundo, a UNICEF endossou oficialmente o aborto nos registros.

Em 1967, a UNICEF rejeitou categoricamente qualquer ligação com contraceptivos. Em 1987, se juntou a seus colaboradores em endossar uma resolução de ação que não incluía apenas a pesquisa, desenvolvimento, distribuição e prática de métodos contraceptivos, mas pressionando para o aborto - independentemente do seu estatuto jurídico -, bem como uma maior colaboração com as agências cujas agendas incluíam métodos contraceptivos, esterilizações e aborto - muitas vezes sob coerção política. Uma das recomendações da Conferência era que "..., bons serviços de aborto legal, de qualidade, deveriam estar facilmente acessíveis a todas as mulheres."

*Em 1988, a UNICEF publicou "Facts of Life", um livreto para promover o controle da natalidade e da utilização de vários métodos anticoncepcionais. O folheto não continha nenhuma menção de abstinência ou planejamento familiar natural e não mencionou a natureza abortiva da contracepção.

*1988 - 1989: UNICEF recebeu $ 5,4 milhões para serviços de planejamento familiar e programas de controle populacional. UNICEF também foi nomeada como a agência para fornecer suprimentos contraceptivos em Cabo Verde e Suécia.

*1990: UNICEF contribuiu com US $ 1,3 milhões para ajudar na serviços de contracepção cirúrgica em Malawi e US $ 1,8 milhões para projetos de planejamento familiar em Burundi.

Na abertura da reunião do Conselho Executivo da UNICEF em Nova Iorque, em 16 de abril de 1990, um certo número de Estados membros propôs uma campanha mais ativa para apoiar o aborto. Alguns países europeus chegaram mesmo a propor que a UNICEF deveria tornar-se defensora do aborto nos países em que era ilegal. Arcebispo Renato Martin, Observador Permanente da Santa Sé na ONU, e sua equipe, reagiram rapidamente com a elaboração de uma carta ao Vaticano naquela mesma noite. No dia seguinte, Martino dirigiu-se ao Conselho: "a Santa Sé vê com grande alarme algumas propostas repetidas que esta agência da ONU, estabelecida para o bem estar das crianças. tornam-se envolvido na destruição da vida humana existente, até mesmo ao ponto de sugerir que UNICEF deva tornar-se um defensor para o aborto em países cuja legislação soberana não permite isso. A Santa Sé opõe-se firmemente a tais propostas não só por razões morais, mas também porque traria um desvio totalmente inaceitável do propósito declarado da UNICEF em favor das crianças " . O Vaticano acabou retirando sua contribuição anual para a UNICEF em 1996. O roto falando do esfarrapado.

Em seu início, a Declaração das Nações Unidas dos Direitos da Criança alardeava, em parte: "Considerando que a criança, em decorrência de sua imaturidade física e mental, necessita de proteção e cuidados especiais, incluindo proteção legal, tanto antes como depois do nascimento..." . Em 1991, a Declaração foi revista para oferecer a proteção do estado de uma criança somente após o nascimento. Ela permanece assim até os dias de hoje.

*1995: A Liga Católica das Filipinas Feminina ganhou uma ordem de restrição contra um programa anti-tétano de dois anos de duração, contra a OMS e a UNICEF. Dois laboratórios tinham encontrado hormônio utilizado nos exames "B-hCG", possível agente de esterilização, na vacina. O programa Filipino já tinha "vacinado" 3,4 milhões de pessoas - todas as mulheres, principalmente entre as idades de doze e 45. A vacina contaminada pelo hormônio também foi descoberta no México, Nicarágua, Tanzânia, Índia e Nigéria. O hormônio utilizado fora do contexto do exame "Beta HCG" causa não só esterilizações, mas também doenças auto-imunes incuráveis, abortos e defeitos de nascimento. 

*1997: UNICEF publicou, em 107 páginas, "O Estado das Crianças do Mundo", onde elogiou a China pela mudança de legislação sobre os direitos da criança. Estes "direitos" supostamente garantiriam aos cidadãos chineses o "direito e a obrigação de receber educação". Não consta no relatório, porém, menção alguma da UNICEF sobre a considerável atenção internacional que os abusos desmedidos dos direitos humanos recebeu apenas um ano antes: o trabalho forçado infantil, sweatshops chinesas (onde as crianças trabalhavam por menos de um dólar por mês), abortos forçados e venda de crianças em orfanatos do governo chinês. 

*Julho de 1998 - as Nações Unidas estabeleceram oficialmente uma nova aliança de três agências das Nações Unidas - UNICEF social, a OMS e UNFPA - a ser conhecido como o Comitê Coordenador de Saúde (CCH). As agências que compõem o CCH deveriam tornarem-se "parceiros plenos juntos", mas a sua aliança tinha pouco a ver com a saúde. Uma vez que os membros do CCH foram parceiros de pleno direito, cada um poderia usar o financiamento do outro com impunidade. A agenda incluiu fácil acesso a várias pílulas anticoncepcionais e dispositivos, aborto e equipamentos de esterilização. 

*Outubro de 2000 - UNICEF projeta e assiste os Ministérios da Saúde e da Educação de El Salvador na distribuição de um livro de 170 páginas sobre educação sexual, para ser usado na formação de adolescentes, incluindo a contracepção, homossexualidade, bissexualidade, masturbação e aborto. 

*Dezembro de 2000: O Wall Street Journal revelou a missão da UNICEF para desencorajar mães soro-positivas de mudar para a fórmula infantil. Pelas estatísticas da própria ONU, estima-se que 3,4 milhões de crianças tinham contraído AIDS de suas mães, que vieram a óbito. Entre 1,1 e 1,7 milhões dessas crianças, principalmente na África, acredita-se que foram infectadas com o vírus durante a amamentação. No entanto, enquanto a Nestlé e a Wyeth, os principais fabricantes de fórmulas infantis nos Estados Unidos, estavam prontos e dispostos a fornecer a fórmula gratuitamente, a UNICEF se recusou terminantemente a apoiar as suas ofertas, encorajando a amamentação de mães doentes a bebês que não haviam sido infectados pelo vírus da AIDS durante a gestação. 

*Julho de 2002 - Outro livro de educação sexual financiado pela UNICEF foi distribuído aos países latino-americanos. O livro incentivava as crianças a se envolverem em atividades sexuais com outros menores, com homossexuais e com animais. O livro em espanhol, intitulado "Elementos teóricos para trabalhar com mães e adolescentes grávidas" incluía uma dica, também produzido pela UNICEF, que sugeria que sexo lésbico era uma alternativa aceitável para as meninas. 

*Junho 2003 - Um funcionário de alto escalão da UNICEF pediu a legalização da prostituição e que a organização UNICEF disponibilizasse preservativos para "todos, em toda parte e em todos os momentos" . Urban Jonsson, Diretor Regional da África do Sul, da UNICEF, instou a que UNICEF tomasse medidas para "descriminalizar o trabalho do sexo e facilitar a organização de trabalhadores do sexo [uma vez que] quando os trabalhadores do sexo são organizados, eles estão em uma posição mais forte para negociar sexo mais seguro com seus clientes". O Sr. Jonsson também afirmou: "A abstinência não é simplesmente uma opção realista para a maioria dos jovens de hoje". 

*Março 2004: A campanha da UNICEF para vacinar jovens da Nigéria contra a poliomielite foi desmascarada, uma fachada para esterilizar a nação. Dr. Haruna Kaita, um cientista farmacêutico e decano da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Universidade Ahmadu Bello em Zaria, recolheu amostras da vacina e enviou para laboratórios na Índia para análise, em que foram encontradas evidências de contaminação grave. As vacinas continham substâncias tóxicas que têm efeitos diretos sobre o sistema reprodutivo humano. 

UNICEF promove-se e levanta fundos usando o Dia das Bruxas, então as crianças carregam suas caixas de doação de porta-a-porta, EUA afora. Também é financiada em grande parte pelos compradores de cartões de Natal da UNICEF, no mundo todo. Aqui mesmo no Brasil, contamos com a "socialmente engajada" Rede Globo e o famigerado "Criança Esperança". Enquanto as contribuições podem ajudar a fornecer alimentos, roupas, medicamentos ou educação, as chances são muito maiores de que estes fundos se transformem em várias formas de controle de natalidade, aborto e esterilização.

A Convenção sobre os Direitos da Criança afirma que:

*(artigo 6) - "toda criança tem o direito inerente à vida" e que as partes responsáveis pela Convenção "devem garantir ao máximo a sobrevivência e o desenvolvimento da criança";

*(artigo 18) - estabelece que "A fim de garantir e promover os direitos enunciados na presente Convenção, os Estados Participantes prestarão assistência adequada aos pais e representantes legais no exercício das suas responsabilidades na criação dos filhos, e devem garantir o desenvolvimento de instituições, instalações e serviços para o cuidado das crianças";

*(artigo 24) - estabelece que: "Os Estados Participantes reconhecem o direito da criança de gozar do melhor padrão possível de saúde e dos serviços destinados ao tratamento das doenças e à recuperação da saúde. Os Estados Participantes devem esforçar-se para garantir que nenhuma criança seja privada do seu direito de acesso a tais serviços de saúde". 

Seria a UNICEF mais uma vítima da omissão política da ONU, que parece incapaz de fazer aquilo que seria sua principal função? Afinal, se a ONU não consegue salvar da morte diária, mais de 16.000 crianças, em decorrência de inanição causada em grande parte por conflitos armados pelo mundo todo, não é estranho que a UNICEF invista tanto em controle de natalidade? E que por coincidência ou azar, as vacinas que deveriam proteger as gestantes, acabam por estarem contaminadas justamente com substâncias nocivas ao desenvolvimento do feto? 

É, a ONU é muito azarada, mesmo...

terça-feira, 29 de setembro de 2015

DOSSIÊ ONU, Parte III: O Codex Alimentarius, envenenamento massivo.



Em 01 de janeiro de 2010, entrou em vigor o polêmico Codex Alimentarius (Código Alimentar, em latim). Mas você provavelmente não sabe o que é isso, e é exatamente o que eles querem. Como os meios de comunicação também são controlados pelas mesmas pessoas que planejaram a implementação do Codex, as informações chegaram ao público distorcidas e levando a população a acreditar que se tratava de uma iniciativa benéfica.

A existência do Codex Alimentarius como um órgão de decisão política tem raízes que remontam há mais de cem anos. O próprio nome, Codex Alimentarius, é latim para "código alimentar", e descendente direto do Codex Alimentarius Austriacus, um conjunto de normas e descrições de uma variedade de alimentos no Império Austro-Húngaro entre 1897 e 1911. Este conjunto de normas foi ideia tanto da indústria alimentar, quanto dos meios acadêmicos, e foi usado pelos tribunais, a fim de determinar a identidade de alimentos de uma forma legal.

Mesmo já em 1897, as nações estavam sendo empurradas em direção a harmonização das legislações nacionais em um conjunto internacional de normas que reduziriam os "obstáculos ao comércio", criado pelas diferenças entre as legislações nacionais. Como o Codex Alimentarius Austriacus ganhou força na sua área localizada, a idéia de ter um conjunto único de normas para toda a Europa começou a ganhar força também. A partir de 1954-1958, a Áustria prosseguiu com êxito na criação do Codex Alimentarius Europaeus (o Codex Alimentarius Europeia). 

Quase imediatamente a ONU, através da FAO (Food and Agricultural Organization), entrou em ação quando a Conferência Regional da FAO para a Europa expressou o desejo de um conjunto internacional global de padrões para alimentos. A Conferência Regional da FAO, em seguida, enviou uma proposta até a cadeia de comando para a própria ONU com a sugestão de criar um programa conjunto da FAO / OMS sobre normas alimentares.

Embora criado sob os auspícios da FAO e da OMS, há alguma controvérsia a respeito de indivíduos que podem ou não ter participado na criação do Codex. Muitas organizações anti-Codex afirmaram que os criminosos de guerra nazistas, Fritz Ter Meer e Hermann Schmitz, em particular, foram principais arquitetos da organização. Já que muitas dessas alegações são feitas com apenas uma evidência indireta, ou nenhuma evidência documental oficial, pode-se sentir-se tentado a desconsiderá-las à primeira vista.

As acusações giram em torno do conglomerado "criminoso de guerra" IG Farben, composto de várias empresas químicas alemãs, incluindo BASF, Bayer, Hoechst e AGFA, todas fundidas numa só corporação. A Farben foi o braço industrial do Terceiro Reich, fornecendo explosivos, gasolina sintética, e o gás Zyklon-B, usado nas câmaras de gás. Além disso, efetuava experiências com prisioneiros dos campos de concentração, tendo a Farben inclusive sendo obrigada a vultuosas indenizações para vítimas de guerra.

No entanto, o Codex não faz nada para dissipar tais alegações, além de simplesmente negá-las, e as conexões não são de todo implausíveis. O Codex é muito reservado sobre as suas origens, como fica evidenciado em seu site, onde só afirma que foi criado a pedido da FAO e da OMS. É altamente improvável que uma organização de tal porte e relevância fosse criada sem a assistência, e até mesmo o financiamento de corporações internacionais de propriedade privada. Ainda mais por se tratar da ONU, e tudo que ela verdadeiramente representa.

A partir do site oficial do Codex, a finalidade altruísta desta comissão é de "proteger a saúde dos consumidores e assegurar práticas comerciais justas no comércio de alimentos e promover a coordenação de todas as normas alimentares do trabalho desenvolvido por organizações internacionais e não governamentais, como ONGs. O Codex é uma "joint venture" regulada pela Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS). Sob o comando da grande indústria, o único propósito do Codex é aumentar os lucros para os gigantes corporativos globais, enquanto controla o mundo através de alimentos. O entendimento implícito de sua filosofia é que se você controlar o alimento, você controla o mundo.

As normas do Codex são uma completa afronta à liberdade de alimentos limpos e saudáveis, mas estes regulamentos não têm legitimidade internacional legal. Por que devemos nos preocupar? Estes futuras normas obrigatórias serão aplicadas a todos os países que são membros da OMC (Organização Mundial do Comércio). Se os países não seguirem esses padrões, então sofrerão sansões até que se adequem. 

Os Estados Unidos, o Canadá, os europeus, o Japão, a maior parte da Ásia e da América do Sul já assinaram acordos comprometendo-se a harmonização total de suas leis, incluindo leis de alimentos e medicamentos respeitando estas normas internacionais, se não agora, no futuro.

Para se ter uma ideia, aqui estão alguns pontos importantes:
*Os suplementos dietéticos não poderiam ser vendidos para o tratamento preventivo (profilático) ou uso terapêutico. 

*Vitaminas seriam limitadas à dosagens extremamente baixas. Apenas as empresas farmacêuticas e as grandes empresas fitofarmacêuticos teriam o direito de produzir e vender os produtos vitamínicos, a preços inflacionados.

*Alimentos comuns, como alho e hortelã-pimenta seriam classificados como drogas ou uma terceira categoria (nem comida, nem medicamentos), que só as grandes empresas farmacêuticas poderiam regular e vender. Qualquer alimento com qualquer efeito terapêutico pode ser considerado como um fármaco, mesmo substâncias benignas, como a água de todos os dias.

*Normas do Codex para suplementos dietéticos se tornariam obrigatórias (cláusulas de salvaguarda seriam eliminadas). 

*Todos os novos suplementos dietéticos seriam proibidos, a menos que eles passam por testes e aprovação do Codex. 

*Alimentos geneticamente alterados seriam vendidos em todo o mundo, sem rotulagem.

O grande lance do Codex Alimentarius é mudar todos os remédios na categoria de prescrição para que eles possam ser controlados exclusivamente pelo monopólio médico e seus patrões, as grandes empresas farmacêuticas. Os objetivos da indústria química é que todos os animais sejam tratados com antibióticos e hormônios; a maior companhia de sementes do mundo (Monsanto) está trabalhando em direção a 100% de culturas geneticamente modificadas; a meta da indústria nuclear é a da irradiação de alimentos, incluindo todas as plantas e animais; o objetivo de todos os setores: extinguir alimentos verdadeiramente orgânicos, ou, pelo menos, torná-los extremamente difíceis de se obter.

As normas desse perigoso organismo, o Codex, abrangem ainda aspectos de higiene e propriedades nutricionais dos alimentos, código de prática e normas de aditivos alimentares, pesticidas e resíduos de medicamentos veterinários, substâncias contaminantes, rotulagem, classificação, métodos de amostragem e análise de riscos. Estas normatizações abrangem todos os tipos de alimentos, dos crus aos processados, sendo quase que humanamente impossível tomar conhecimento de todas as medidas que foram criadas. Algumas centenas de diretrizes (mais de 400) aparecem no site da Agência, não disponível em português; toda informação oficial que se pode acessar está disponível nos sites das Agências e Ministérios governamentais, apesar de estar suprimida e bastante desatualizada e fragmentada.

Cerca de 300 aditivos alimentares perigosos que são principalmente sintéticos são permitidos ao abrigo do Codex, incluindo o aspartame, BHA, BHT, de bromato de potássio, tartrazina, e muito mais. O Codex estabelece limites para os produtos químicos industriais perigosos que podem ser utilizados em alimentos, mas eles são incrivelmente altos, e a lista dos produtos químicos que podem ser utilizados é longa, sendo que nenhuma consideração foi dada aos potenciais riscos associados à exposição prolongada a estas misturas de aditivos.

Pesquisas comprovam que, em 2020, 75% das mortes no mundo serão causadas por doenças crônicas como diabetes, câncer e complicações cardíacas. Estes dados estão no estudo “Diet, Nutrition and the Prevention of Chronic Diseases” (Dieta, Nutrição e Prevenção de Doenças Crônicas), da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização para Agricultura e Alimentação (FAO),e são as mesmas que constituem as normativas do Codex! Paradoxo? Contra-senso? Sim, de fato. A comida, sobretudo a industrializada, tem sido apontada como uma das principais causas dessas enfermidades, e está se espalhando pelo mundo todo. Praticamente todas as semanas é divulgado um novo estudo ligando o consumo de carne vermelha a algum tipo de câncer. O maior deles, que investigou os hábitos alimentares de 500 mil pessoas na Europa durante cinco anos e foi divulgado no ano passado, mostrou que pessoas que comem carne vermelha e seus derivados têm mais chances de desenvolver câncer de intestino.

Em algumas lavouras, o uso de agrotóxicos é assustador: na cultura do tomate, a média é de 40 quilos por hectare em cada safra. Muitos destes agrotóxicos são comprovadamente cancerígenos e podem causar problemas de fertilidade em homens e mulheres. Além disso, quando mal utilizados, podem provocar três tipos de intoxicação: aguda, subaguda e crônica. Esta última, a mais letal delas, pode levar a paralisias e doenças severas, como o câncer. 

Transgênicos são produtos criados pela engenharia genética a partir da introdução de genes de determinados organismos (animais ou vegetais) em outros seres vivos que jamais se cruzariam naturalmente. Essa nova tecnologia permite, por exemplo, introduzir um gene humano num porco, ou um gene de rato, de peixe, de bactéria ou de vírus em espécies de arroz, soja, milho, tomate, batata ou qualquer outro vegetal. As empresas que mais têm investido na produção de transgênicos são as multinacionais que atuam na produção de insumos para agricultura, produzindo sementes e agrotóxicos.

Quando se insere um gene de um organismo em outro, novos compostos podem ser formados, alterando principalmente proteínas e aminoácidos do organismo que recebeu o gene. Se esse produto, um transgênico, for alimento, as substâncias modificadas nele contidas podem provocar alergias em parcelas significativas da população. Para se certificar de que a modificação genética deu certo, são inseridos nos transgênicos os chamados genes marcadores de bactérias resistentes a antibióticos.Com isso, pode ocorrer o aumento da resistência a antibióticos nas pessoas que consumirem esses alimentos, ou seja, em casos da necessidade do uso de antibióticos, pode ocorrer a redução ou anulação da eficácia desses medicamentos, o que é um sério risco para a Saúde Pública.

Existem plantas e micro-organismos que produzem substâncias tóxicas para se defender de seus inimigos naturais, como os insetos, por exemplo. Se genes desses organismos forem introduzidos em alimentos transgênicos, o nível dessas toxinas aumenta muito, o que irá causar danos à saúde das pessoas que consumirem esses produtos. Até o momento, são poucos os estudos sobre a avaliação da toxicidade dessas substâncias introduzidas intencionalmente nas plantas. Tais substâncias estão entrando na composição dos nossos alimentos sem qualquer estudo prévio que garanta a segurança como é obrigatório(?) para outros aditivos tais como corantes, acidulantes, aromatizantes, etc.

Os perigos que os transgênicos podem oferecer ao meio ambiente são muitos e não foram suficientemente avaliados.Com a inserção de genes de resistência aos agrotóxicos em certos produtos transgênicos, as pragas e plantas invasoras poderão adquirir a mesma resistência, o que vai exigir a utilização de quantidades cada vez maiores de agrotóxicos nas plantações, contaminando os alimentos, a água e o solo. Através da polinização, vários dos genes introduzidos nas plantas podem ser introduzidos em plantas nativas ou outras plantas cultivadas não transgênicas, havendo o risco de causar a extinção de espécies e modificações nos ecossistemas. 

A introdução de genes para produção de substâncias tóxicas nas plantas, com o intuito de controlar as pragas, pode levar à extinção de espécies do mundo animal. Tal fato ocorreu com o milho, nos EUA, que praticamente extinguiu a espécie de borboleta monarca, que não é praga do milho, mas sim um agente polinizador. Para concluir, deve-­se ressaltar que não há estudos suficientes sobre os riscos que os transgênicos oferecem ao meio ambiente. Em várias partes do mundo, pesquisadores alertam para o perigo que representa a introdução de uma espécie transgênica, pois o gene modificado pode se propagar sem controle, trazendo alterações imprevisíveis em um ecossistema.

Você não acha um tanto estranho que enquanto a ONU nos diz que tudo que deseja é uma saúde perfeita para todos nós, ao mesmo tempo permita e incentive a utilização de substâncias sabidamente nocivas ao organismo humano? Você acha que é apenas um engano? Que a ONU e todas as suas representações se equivocaram, acidentalmente, com o Codex Alimentarius? Será tão difícil perceber e crer que estamos sendo mantidos doentes para que corporações farmacêuticas, sob comando de bancos internacionais, lucrem com nosso tratamento? Nós somos gado, camarada...

Fontes:

Manoel Eduardo Tavares Ferreira – Engenheiro Agrônomo e Presidente da Associação Cultural e Ecológica Pau Brasil.

Transgênicos-recursos genéticos e segurança alimentar, John Wilkinson.

Secret Codex Alimentarius, Terry L. Cook.

O uso de agrotóxicos no Brasil, José Prado Alves Filho.

Fast Food Nation, Eric Shlossler.

Fast Food and Junk Food, Andrew Smith.

http://www.iahf.com/

http://www.healthfreedomusa.org/

http://www4.dr-rath-foundation.org/PHARMACEUTICAL_BUSINESS/health_movement_against_codex/index.htm#top

DOSSIÊ ONU, Parte II: A ONU e as ditaduras.



A ONU poderia e deveria ser uma força poderosa para o bem - um lugar onde os países democráticos podem trabalhar juntos para falar em nome da consciência da humanidade. Muitas vezes, no entanto, as pessoas tentaram apoiar suas crenças idealistas, recusando-se a reconhecer a verdade sobre a ONU - ao defender a ONU como desejaríamos que fosse, e não a ONU como na verdade é: corrupta, sistematicamente tendenciosa contra a democracia, e muitas vezes ativamente perigosa para a paz mundial.

Sob os auspícios do Conselho de Segurança das Nações Unidas, com o presidente Obama presidindo a sessão do Conselho, os Estados Unidos instam a comunidade internacional a adotar medidas fortes, a nível nacional e internacional, para reduzir o recrutamento de combatentes do Estado islâmico. O que não é mencionado nos relatos da imprensa é que os chefes de Estado e chefes de governo que endossaram a "campanha" dos EUA contra o Estado Islâmico, aconselhados pelos seus respectivos serviços secretos, estão plenamente conscientes de que a inteligência dos EUA é o arquiteto tácito do Estado Islâmico, que faz parte de uma vasta rede dos EUA, que apoiam entidades terroristas "jihadistas". Países ou são coagidos a apoiar a resolução patrocinada pelos EUA, ou são considerados cúmplices na agenda contra o terror norte-americana.

Para que não esqueçamos, a Arábia Saudita e o Catar têm financiado e treinado os terroristas do ISIS em nome dos Estados Unidos. Israel está abrigando o Estado Islâmico nas Colinas de Golã, a OTAN em ligação com o alto comando turco, desde Março 2011, esteve envolvida na coordenação do recrutamento de combatentes jihadistas enviados para a Síria. Além disso, as brigadas na Síria e Iraque são integradas por forças especiais ocidentais e conselheiros militares.

Tudo isso é conhecido e documentado, e ainda nem um único chefe de Estado ou chefe de governo teve a coragem de apontar para o absurdo de os EUA patrocinarem a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, aprovada por unanimidade! O que estamos testemunhando é um empreendimento criminoso sob os auspícios da ONU.

Enquanto a diplomacia internacional é muitas vezes baseada em engôdos, as mentiras da política externa dos Estados Unidos estão cada vez mais difíceis de se crer. O que estamos testemunhando é um colapso total da prática diplomática estabelecida. A "Verdade Proibida" é que o Estado Islâmico é um instrumento de Washington, um "ativo de inteligência" dos EUA. ISIS não é uma entidade independente, nem é um "inimigo externo" que ameaça a segurança global, como veiculada pelos meios de comunicação ocidentais. Enquanto todo mundo sabe disso, a grande mentira prevalece. A mentira se torna verdade.

Para afirmar que a ONU se corrompeu, e a seus próprios ideais, basta que se verifique que a maioria dos membros participantes da organização é representada por governos que não seriam taxados de democráticos, usando a cartilha da própria ONU. Dos mais de 190 países que integram as Nações Unidas, apenas cerca de 40%(85 países) podem ser descritas como sociedades democráticas que gozam de direitos políticos e liberdades civis. O restante é controlado por ditadores ou governos de partido único. 

Em 48 das nações, os ditadores empunham uma mão de ferro. Cerca de 35% da população do mundo é subjugada por esses governos totalitários. Cinquenta e nove outros países são controlados pelos governos de partido único em que instituições como o Judiciário e a imprensa não estão livres de influência ou controle direto do governo. Então eu pergunto se uma instituição como a Organização das Nações Unidas, em que ditaduras superam as democracias, devem ser encarado como um exemplo moral.

Mas sejamos mais pragmáticos, e menos rancorosos. Vejamos os resultados das ações da ONU no "combate às ditaduras e o terrorismo":

De acordo com o próprio Wiston Churchill, portador de grandes e vertiginosos sonhos para a ONU, a entidade foi irresponsável na Revolução Húngara, de 1956;

Vamos passar voando pela inanição da ONU durante a Guerra Fria, onde foi engessada pelos próprios mecanismos que desenvolveu, e ir direto para um período que as pessoas ainda guardam na memória. A ONU serviu como base de debate na crise do Iraque? Não. Os EUA, a Inglaterra, e um punhado de países membros da OTAN simplesmente decidiram contornar a ONU, evitando uma votação no Conselho de Segurança, e invadindo o Iraque, sem dar a mínima para a "autoridade" das Nações Unidas!

A ONU impediu a guerra na Somália? Não. E ainda por cima, teve que ver os americanos cometerem uma missão quase suicida, e que terminou mal. Mas que poderia ter sido muito, mas muito pior!

A ONU impediu a guerra na Líbia? Não. Ainda teve que ver o Novo Eixo (EUA, França, Inglaterra) fornecer apoio a grupos terroristas que haviam sido proscritos nas listas da ONU. Tudo que fez foi permitir que a Al-Qaeda proliferasse no Oriente Médio, quando antes eram detidos por Saddam e Kadhafi. Que foram retirados do poder por seus governos repentinamente despóticos, mesmo que tendo sido implementados e financiados pelos mesmos que depois os derrubariam.

O que a ONU fez para deter o conflito nos Balcãs, com o Ocidente a atiçar o ódio entre croatas, bósnios, sérvios, macedônios? Ou para deter o movimento terrorista albanês Exército de Libertação do Kosovo, enquanto este causava agitação e ataques contra civis no Kosovo?

O que a ONU fez para impedir o derramamento de sangue na Síria, onde mais uma vez o Novo Eixo está ao lado dos terroristas, tornando o conflito ainda mais sangrento, enquanto o governo sírio recorre para a Rússia? Nada. Pois novamente está engessada em suas próprias estruturas mecânicas. 

Em contrapartida, o que a ONU faz a respeito da Ucrânia? Faz vista grossa para os avanços de Putin, enquanto americanos e sionistas financiam e treinam neo-nazistas com desejos ultranacionalistas perigosíssimos!

A lista segue, quase ad infinitum! China e Tibete. Israel e Palestina. Índia e Paquistão. Coreias. Egito. Irã. África, em geral, com toda as suas guerras travadas em razão da extração mineral, com revoluções fomentadas pelas corporações do ramo das telecomunicações. A ONU, como bom instrumento que agora é, vive da guerra. Pois até mesmo seus melhores resultados são obtidos justamente do extrato do conflito: a ONU faz um excelente trabalho humanitário, limpando a bagunça que não conseguiu impedir. Mas lembremos de que se ONU tivesse feito seu trabalho corretamente da primeira vez, não precisaríamos elogiar seus reparos.

O bom trabalho segue no setor da violência contra a mulher, e aos direitos das mulheres. A UNESCO realmente protege o patrimônio mundial, e a ACNUR faz o que pode, do jeito que é possível. A Organização Mundial da Saúde é útil como centro de pesquisas e razoavelmente boa na distribuição de medicamentos e mosquiteiros; mas como um organismo de prevenção à doenças é tão risível quanto o seu braço gestor de crises. Gripe Suína e Ebola nos mostraram que a ONU não é nada sem o apoio de pequenas ONGs, estas sim estabelecidas entre as populações, e que efetivamente obtém resultados positivos, com planejamentos de longo prazo.

Agora, se este é o resultado depois de quase 70 anos de investimentos, acho que é natural que a gente conclua que a ONU é uma organização humanitária útil, mas efetivamente inútil ao fazer o trabalho para o qual foi criada em primeiro lugar. Sejamos honestos, se qualquer gestor de empresas tivesse gasto bilhões e bilhões de dólares, durante quase 70 anos, e apresentasse os mesmos tipos de resultados ineficazes que a ONU nos apresenta, seria no mínimo demitido, pra não dizer preso, assim que a empresa falisse!

Aí eu pergunto, mera incompetência, ou ineficiência programada? Afinal, após verificarmos historicamente tudo o que foi aqui descrito, fica complicado não pensar que a ONU não comete erros, muito pelo contrário; o mundo está como deveria estar, de acordo com quem nos governa. E sempre com o apoio das "Nações Unidas"...

DOSSIÊ ONU, Parte I: Liga das Nações e Origem da ONU.




A ONU teve uma mãe. Ela foi a Liga das Nações. A Liga das Nações surgiu após o fim da Primeira Guerra Mundial. Sua tarefa mais importante era simples: garantir que uma guerra mundial nunca mais ocorresse. Acontece que isso nunca daria certo, bastaria um estudo mais aprofundado nas suas estruturas e mecanismos de manutenção, para se perceber que não teria como funcionar da forma que se esperava. Todos queriam a Liga, mas ninguém queria ser responsável por ela. Uma a uma, possíveis lideranças foram se retirando, ou sendo retiradas, da lista para liderar o novo orgão de ação global.

Woodrow Wilson, presidente americano na época, foi um dos maiores incentivadores. Mas quando a Liga finalmente começou a tomar corpo, os americanos não quiseram participar. Em parte pelo isolacionismo adotado pelos EUA, mas o real motivo era que os americanos não estavam dispostos a viajar meio mundo para resolver querelas europeias. Naquela época, as guerras ainda não eram tão lucrativas, assim como a reconstrução dos países envolvidos, vencedores ou não. 

A Rússia, em razão da Revolução Comunista, foi deixada de fora. Não que os russos quisessem fazer parte; afinal, fazer revolução demanda tempo e muita munição. Estavam demasiadamente ocupados com os expurgos, não teriam tempo para brincar de teatro com seus vizinhos, dos quais nem mesmo gostavam.

Inglaterra e França ainda precisariam saquear e delapidar a Alemanha, antes de poderem investir tempo e dinheiro em tal projeto. Até porquê, sempre se poderia contar com o apoio heroico dos yankees. Ingleses e franceses fizeram o seu melhor: procrastinaram.

Assim sendo, as nações mais poderosas do mundo pouco ou nada se envolveram na criação dos alicerces da Liga das Nações. A incumbência caiu no colo da Suíça, que segundo a lógica dos envolvidos, era o país perfeito por já ter abrigado a Cruz Vermelha, e por ser um país "neutro".

O conceito principal da Liga era o de evitar a guerra através de meios pacíficos. Vou citar aqui, rapidamente, seus sucessos e fracassos.

Sucessos:
As Ilhas Aaland (1921), Alta Silésia (1921), Memel (1923), Turquia (1923), Grécia e Bulgária (1925).

Fracassos: Itália (1919), Teschen (1919), Vilna (1920), A guerra entre a Rússia e a Polônia (1920-1921), A invasão do Ruhr (1923), Itália e Albânia (1923), Crise na Machúria (1930).

O governo chinês pediu ajuda da Liga das Nações após a invasão da Manchúria pelo Japão em 1931, mas esta não conseguiu evitar o conflito sino-japonês que se seguiu. Nenhuma das outras grandes potências na Liga foi capaz de tomar uma posição firme contra o Japão. No início de 1932, o governo japonês tinha criado o estado fantoche de Manchukuo na Manchúria. Não foi até fevereiro de 1933 que a Liga finalmente discutiu e aprovou o relatório da Comissão Lytton. Embora o relatório fosse um documento relativamente leve, ele recomendava que a Manchúria deveria possuir um estatuto autônomo, dentro da China. Dentro de um mês a contar da aprovação do relatório da Comissão Lytton, o governo japonês se retirou da Liga das Nações. Este é um ponto importantíssimo para o futuro ingresso do Japão no Eixo.

Na sequência do fracasso da liga na Manchúria, a crise que sinalizou claramente a sua influência em declínio na década de 1930, foi a invasão da Etiópia pela Itália em Outubro de 1935. Isto levou à imposição de sanções econômicas sobre os materiais relacionados com a guerra que eram, em teoria , realizadas por todos os membros da Liga. Estas sanções logo se mostraram insuficientes. Mas a capacidade da liga, ou mais particularmente da Grã-Bretanha e França, para se deslocar para ações mais significativas, como fechar o Canal de Suez à navegação italiana e do corte de todas as exportações de petróleo para a Itália, foi constrangido pelo medo de que tal ação iria provocar uma guerra com a Itália. A situação era ainda mais comprometida porque a Grã-Bretanha e a França tentaram, sem sucesso, negociar um acordo secreto com Mussolini (o Pacto Hoare-Laval), que iria resolver o litígio de forma pacífica, permitindo a Itália a manter o controle do território etíope.

Em termos gerais, o declínio da Liga das Nações em 1930 refletiu a falta de vontade ou incapacidade da Grã-Bretanha, França e Estados Unidos de oporem-se ás trajetórias cada vez mais nacionalistas e militaristas-imperialistas da Alemanha nazista, Itália fascista e do Japão imperial. A ordem internacional pós-1919, que resultou do Tratado de Versalhes, era frágil, e a Liga personificou essa fragilidade. 

Na sequência da crise etíope, a liga era mais ou menos irrelevante. Ele não respondeu à intervenção militar da Alemanha e da Itália na guerra civil espanhola (1936-1939). Enquanto isso, a captura de parte da Síria, a ocupação de Hitler da Tchecoslováquia, e a invasão da Albânia e da Turquia de Mussolini no final de 1930, também produziram praticamente nenhuma resposta da Liga. O seu final, e em grande medida simbólica, foi a expulsão da União Soviética após a sua invasão da Finlândia em 1939. 

O fato é que as deficiências da Liga asseguraram que ela nunca conseguisse desempenhar o papel que seus primeiros promotores almejavam. É evidente que a falta de cooperação nas ações coletivas entre as nações participantes, e rancores históricos e ancestrais, foram definitivos no fracasso da Liga, que acabou sendo dissolvida em 1946. Mas não sem antes permitir, alguns diriam até mesmo instigar, que a Alemanha nazista, a Itália fascista e o Japão imperial se unissem contra o stablishment.

A ONU foi criada após a Segunda Guerra Mundial para proporcionar um fórum internacional que iria desenvolver relações positivas entre os países, promover a paz e a segurança no mundo, e estabelecer uma cooperação internacional para resolver os problemas econômicos, sociais, culturais e humanitários internacionais. As principais organizações da ONU são a Secretaria, o Conselho de Segurança e a Assembléia Geral.

A Secretaria é o centro administrativo das operações da ONU, e é chefiada pelo Secretário-Geral, que é o diretor da Organização das Nações Unidas.

O Conselho de Segurança é responsável por estabelecer e manter a paz internacional. Seu principal objetivo é evitar a guerra e resolver disputas entre nações. O Conselho de Segurança tem 15 membros. Existem cinco membros permanentes: os Estados Unidos, a Rússia, Grã-Bretanha, França e China; e 10 membros temporários que servem mandatos de dois anos.

A Assembléia Geral é o fórum do mundo para discutir questões que afetam a paz mundial e a segurança, e para fazer recomendações que lhes dizem respeito. Ela não tem poder próprio para fazer cumprir as decisões. É composto dos 51 países-membros originais e aqueles admitidos, de um total de 192.

Os principais órgãos da ONU são a Assembleia Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho Econômico e Social, o Conselho de Tutela, o Tribunal Internacional de Justiça e o Secretariado. Outros órgãos que funcionam como entidades especializadas da ONU, mas não estão especificamente previstos na Carta são a Organização para Alimentação e Agricultura, o Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento,a Associated International Finance Corporation, a Associação Internacional de Desenvolvimento, a Organização da Aviação Civil Internacional, a Organização Internacional do Trabalho, a Organização Marítima Internacional, o Fundo Monetário Internacional, a União Internacional de Telecomunicações, o Fundo das Crianças das Nações Unidas, o United Nations Scientific Educational, a União Postal Universal, a Organização Mundial de Saúde, a World Intellectual Property Organization, e a Organização Meteorológica Mundial. Agências de trabalho temporário têm incluído a Assistência e Reabilitação Administração das Nações Unidas,a Organização Internacional para os Refugiados (cujas responsabilidades foram mais tarde assumidas pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), e a Agência de Obras Públicas e Socorro das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Oriente.

A Onu nunca desfrutou realmente de uma "era de ouro", exceto, possivelmente, na fase conceitual, nos anos imediatamente posteriores à criação oficial da organização. Na verdade, o nome "United Nations" foi cunhado pelo presidente americano Franklin D. Roosevelt, na Declaração das Nações Unidas, de 01 de janeiro de 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, quando representantes de 26 nações se comprometeram a continuar a lutar juntos contra os nazistas e os poderes do Eixo.

Mais tarde, a Guerra Fria obrigou a ONU a um hiato operacional durante anos, atolando o Conselho de Segurança com vetos, uma briga política protagonizada pelas duas maiores potências mundiais, principalmente por parte da União Soviética (128), e Estados Unidos (83), em quase todas as questões de contenção. Então, de repente, no início de 1990, a implosão do império soviético empurrou a ONU de volta às zonas de guerra ativas. Funcionários da ONU tinha grandes esperanças para o seu impacto potencial, anteriormente presa em orçamentos baixos, capacidade operacional completamente inadequada, tudo isso em meio ao caos do fim da Guerra Fria.

Com a inclusão da ONU em áreas de conflito, a entidade corrompe seus ideais, dando início a uma série de operações e esquemas políticos vergonhosos. Isso veio na forma de "petróleo por alimentos". Neste caso, a Wiley Saddam tinha mantido registros meticulosos de cada propina e cada suborno transferido no âmbito do programa das Nações Unidas, "petróleo-por-comida", antes que ele fosse derrubado do poder. Quando um jornal iraquiano, em seguida, publicou-o, uma bola de neve de revelações levou até o maior escândalo de corrupção na história das Nações Unidas, quase forçando a renúncia do então secretário-geral Kofi Annan, e lançando uma "nuvem negra" sobre a ONU. 

O Iraque era uma espécie de vórtice de crise permanente, que tornou-se um pára-raios para as disputas na ONU, que abrange todo o período entre o fim da Guerra Fria e o início da "guerra ao terror". E hoje, o Iraque deixa-nos mais uma vez com a impressão, pra não dizer a certeza, de que a ONU não tem solução para os conflitos da era moderna. Mas tem kits de alimentos, tendas e saneamento - e os conflitos regionais ainda fornecem a abundância de vendedores para estes.

Como uma organização concebida "para salvar a humanidade do flagelo da guerra" a ONU, evidentemente, é um fracasso. Se é mera incompetência, ou se é ineficiência proposital, não podemos afirmar. Afinal, a ONU também trabalha no esquema de compartimentalização piramidal; significa que a vasta maioria de seus funcionários não tem consciência do planejamento como um todo. Isso faz com que boas ações, motivadas por um caráter benevolente, sejam ofuscadas pelo jogo político e militar em que a entidade se envolveu durante as últimas décadas. 

Embora declare um orçamento formal de apenas US $ 1,9 bilhões por ano, a ONU e as várias agências semi-autônomas sob o controle direto do Secretário-Geral, gastam entre US $ 8 e US $ 9 bilhões por ano, algo do tamanho do orçamento de defesa canadense. Agências semi-autônomas da ONU como a UNICEF e o Programa de Desenvolvimento da ONU gastam US $ 8 a US $ 10 bilhões a mais, resultando um total de cerca de US $ 18 bilhões. A ONU emprega diretamente cerca de 40.000 pessoas. Equipes de campo locais empregam milhares mais, entre eles os 20.000 palestinos na folha de pagamento da UNRWA, a agência criada para servir os refugiados palestinos. 

Claro que muitos afirmam que a ONU faz um excelente trabalho nas questões humanitárias, sociais e culturais. Desvios de funções! Se a ONU precisa agir com ações humanitárias de salvamento, intervenções de "forças de paz", é porquê falhou em sua premissa básica: a de evitar que tudo isso ocorresse! Partindo deste princípio, a ONU apenas se encarrega de limpar a própria bagunça, seja por incompetência, omissão ou aceitação das regras impostas pelo sistema, e isso supondo que a ONU seja absolutamente idônea em suas decisões. O que não parece ser o caso... 



segunda-feira, 29 de junho de 2015

MAÇONARIA E O PODER JUDICIÁRIO NACIONAL.

Oficialmente instalada em território nacional desde 1801, a maçonaria representada pelo Grande Oriente do Brasil, preparou o terreno para a chegada da Família Real, em 1808, sob os olhos atentos e cobiçosos dos ingleses. Durante o reinado de Dom João VI, a Inglaterra manteve o monopólio do comércio marítimo no país, algo que havia sido acordado quando da fuga da família real portuguesa para o Brasil.

Quando da chegada da Família Real no Brasil, em 1808, a justiça era confiada a duas Relações, a da Bahia e a do Rio de Janeiro, bem como aos corregedores da comarca, provedores, contadores de comarca, juízes ordinários e de órgãos eleitos, juízes de fora, vereadores, almotacés e juízes de vintena . No Brasil Colônia, os Tribunais de Relação, órgãos recursais como eram denominados, funcionavam como segunda instância dos Juízes Singulares, e foi com a vinda da Família Real portuguesa que foi criada a Casa de Suplicação. 

O momento histórico que antecedeu a Independência do Brasil e acompanhou por muitos anos o Império foi de muita turbulência e agitação. Em meio a uma grande crise econômica e um grande déficit na balança comercial - que levaram a sucessivos empréstimos - surgiram discussões e disputas entre dois grandes grupos: o Partido Brasileiro, representado pelos poderosos fazendeiros e subdividido entre aristocratas, defensores da continuação das medidas adotadas pela corte joanina e da centralização do Império, e democratas, que desejavam o federalismo e uma maior autonomia para as Províncias; e o Partido Português, representado pelos militares, comerciantes e portugueses, defensores de interesses recolonizadores. 

A independência do Brasil se deu em sete de setembro de 1822, e a ativa participação de D. Pedro na defesa dos interesses dos grupos dominantes durante todo o processo garantiu a continuação do regime monárquico e o posto de Imperador do Brasil, nascendo então um grande problema a resolver, a criação da constituição brasileira. 

Em 1822, a maçonaria brasileira estava dividida em duas grandes facções. Ambas queriam a independência, mas uma defendia ideias republicanas, enquanto a outra, de José Bonifácio de Andrada e Silva, achava que a solução era manter dom Pedro como imperador em uma monarquia constitucional. Os grupos disputaram o poder de forma passional, envolvendo prisões, perseguições, exílios e expurgos de um grupo contra o outro.

Interessado em vigiar e controlar os grupos políticos da época, dom Pedro participou ativamente das duas facções. A de José Bonifácio não funcionava em lojas, mas em palestras, batizadas significantemente de "Independência ou Morte", "União e Tranquilidade" e "Firmeza e Lealdade". Eleito "arconte rei" na primeira sessão, dom Pedro jurou "promover com todas as forças e à custa da própria vida e fazenda a integridade, independência e felicidade do Brasil como reino constitucional, opondo-se tanto ao despotismo que o altera como à anarquia que o dissolve". Era o programa de governo de José Bonifácio.

Como em toda América Latina, no Brasil a maçonaria também se constituiu num importante veículo de divulgação dos ideais de independência, sendo que em maio de 1822 se instalou no Rio de Janeiro o Grande Oriente Brasiliano ou Grande Oriente do Brasil, que nomeou José Bonifácio de Andrada e Silva o primeiro grão-mestre da maçonaria do país. A partir daí, o Partido Brasileiro via-se mais próximo de seus ideais políticos e da maçonaria. A convocação de uma Assembléia Constituinte em junho de 1822 reforçava a importância de uma soberania do Poder Legislativo, unindo assim os democratas e aristocratas.

Com o manifesto de Gonçalves Ledo as tropas portuguesas que se encontrasse em território brasileiro sem autorização de Pedro I seriam consideradas inimigas e combatidas. Cada vez mais a maçonaria participava da política nacional, buscando dar novos rumos ao Brasil, redefinindo Tratados e Acordos Comerciais.

Finalmente em 7 de setembro deu-se a Independência do Brasil, que não ocorreu ás margens do famoso rio paulista. A carta de separação foi assinada em uma sala na residência oficial do Príncipe, futuro Imperador, em companhia de mais sete pessoas, entre elas Bonifácio.

Em 1824 foi assinada a Constituição Brasileira que defendia os direitos dos grandes donos de escravos e todos aqueles que eram de certa forma, direta ou indiretamente dependente do sistema escravista. Com isso Dom Pedro I estava aliado agora ao Partido Português e "preso" à Igreja, que foi grande empecilho para a maçonaria. Com a criação do Poder Moderador instalou-se uma política autoritária, desagradando a Elite intelectual e maçônica. O Poder Moderador enfraquecia o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, centralizando assim o poder nas mãos do Imperador e retornando à uma administração "medieval".

A Casa de Suplicação, conhecida também como o Desembargo do Paço, após a autorização dada pela Constituição de 1824 deu origem ao Supremo Tribunal de Justiça, através de Lei de 18 de setembro de 1828. Portanto, a Casa de Suplicação foi transformada em Supremo Tribunal de Justiça, instalado em 20 de janeiro de 1829 e considerado como a instância mais alta e com competência para julgamento definitivo de todas as lides, independentemente de valor. O primeiro empréstimo externo do Brasil foi obtido em 1824, no valor de £ 325,482 milhões de libras esterlinas e ficou conhecido como "empréstimo da Independência", destinado a cobrir dívidas do período colonial e que na prática significava um pagamento a Portugal pelo reconhecimento da independência. 

Para que Portugal aceitasse a independência do Brasil, D. Pedro I ofereceu que o Brasil assumisse a dívida externa que Portugal tinha com a Inglaterra. D. João VI foi embora do país deixando os cofres vazios, levando até o ultimo grama de ouro e prata. A partir deste momento, nos tornamos escravos de nossos credores, com a dívida externa crescendo a galope, obtendo novos empréstimos sempre altamente desfavoráveis, os Rothschilds finalmente alcançavam sua meta, a independência do Brasil. Pois agora podiam nos sugar e usar em suas guerras e tramoias políticas, como a Abdicação, as rebeldias da Regência, a Maioridade, as guerras do 2.° Império, a Abolição e as revoltas da República, entremeadas de quedas de gabinetes, de mudança de regimes, de sucessões governamentais e de ditaduras, enquanto que, por trás dos bastidores, só os banqueiros, de mãos dadas aos políticos, a governavam e a exploravam.

Em 20 de março de 1831 Pedro I, nomeia um Ministério formado por brasileiros legítimos, dissolvendo-o e criando o Ministério dos Marqueses formado por políticos ligados diretamente a ele (liberais e conservadores de maioria maçons).

Portanto em 7 de abril de 1831, é oficialmente declarada a abdicação de Pedro I, sendo então permitido dizer que sua abdicação foi forçada, deixando o futuro Imperador Pedro II (com 5 anos de idade) aos cuidados de José Bonifácio de Andrada e Silva (liberal maçom e principal articulador da Independência). Era então chegado o momento que o Partido Brasileiro aguardava.

A maçonaria estava ligada diretamente aos setores formadores de opinião como jornais, revistas e panfletos. A Câmara dos Deputados possuía certa autonomia em relação ao Senado. A Câmara dos Deputados que por sua vez era o "reduto dos liberais" que não se prendia ás ordens do conservadorismo. A partir daí surgiu a melhor definição dos Partidos, dando início ao pluripartidarismo brasileiro. Neste momento a política tomava novos rumos influenciados pelos ideais maçônicos em busca da criação de mecanismos que favorecessem o progresso intelectual, a separação da antiga visão monárquica, mas principalmente pela nova denominação de Elite. Elite esta, que estabeleceria um código de leis, e instituiria tribunais onde sua vontade teria maior peso que a justiça.

Na agricultura quase nada mudara desde as décadas anteriores. Mantinha as mesmas características como o latifúndio, monocultura, escravismo e produção cafeeira apesar da diminuição da entrada de escravos no Brasil ? o aumento da produção é devido ao conhecimento biológico da plante e ao uso de novas técnicas de plantio; a diminuição de escravos é decorrente das investidas inglesas e maçônicas de acabar com o tráfico -, e a industrialização desenvolvida por Irineu Evangelista de Souza ou simplesmente o Barão de Mauá. Este último foi de grande importância para o Brasil devido ao processo evolutivo econômico característico da industrialização em um país de farta matéria-prima.

Em 1849, o governo designou uma comissão - composta pelo Ministro da Justiça Eusébio de Queirós, Clemente Pereira, Nabuco de Araújo, Carvalho Monteiro, Caetano Soares e Irineu Evangelista de Sousa (com 37 anos) - para elaborar o Código de Comércio do Império, outro instrumento necessário para os novos tempos que se anteviam. Os trabalhos da comissão se realizaram na casa do futuro Visconde de Mauá e o projeto foi aprovado no Senado em apenas duas sessões. Em retribuição aos serviços prestados, Irineu recebeu do Imperador o Hábito da Ordem de Cristo, a mais alta condecoração a que um plebeu poderia almejar. Logo a seguir foi eleito Presidente da Comissão da Praça de Comércio do Rio de Janeiro.

Em 2 de março de 1851, o Jornal do Commércio publicou o aviso de uma reunião, no pavimento superior da Praça de Comércio, para marcar o ato de fundação de um grande banco na cidade do Rio de Janeiro. Conforme acertado de antemão, Irineu foi aclamado presidente da nova instituição. O capital subscrito totalizava 10 mil contos de réis, um terço do orçamento do Império para aquele ano. A 21 de agosto de 1851, poucos meses depois de aprovados os seus estatutos, o banco entrou em pleno funcionamento sob o nome de Banco do Brasil, ficando autorizado a emitir letras até o limite de 50% do seu capital. Já no primeiro ano, o banco emitiu 1.500 contos em letras.

Apesar de um início que parecia promissor, a "era Mauá" não conseguiu durar muito tempo. Suas iniciativas modernizadoras encontravam um forte revés na manutenção da estrutura colonial agro-exportadora e escravista e na concorrência com empreendimentos estrangeiros, principalmente ingleses. Defensor da soberania brasileira, Mauá foi levado à falência por defender interesses nacionais em ferrovias, em detrimento dos negócios dos Rothschild (seu parceiro nos empreendimentos). Esses, ávidos pelo lucro, não mediam esforços, praticando as mais violentas sabotagens contra o empresário brasileiro, como o incêndio provocado que destruiu a Ponta de Areia em 1857. Outro fator que contribuiu para impedir a consolidação das iniciativas de Mauá foi a reformulação da tarifa Alves Branco pela tarifa Silva Ferraz em 1860, que reduziu as tarifas alfandegárias para máquinas, ferramentas e ferragens, favorecendo os interesses do capital estrangeiro.

Entre idas e vindas, compras e vendas, Mauá obteve lucros obscenos, chamando atenção demais para si. Sabotado, falido, a esperança de Mauá era a cobrança da dívida de quase 500 mil libras esterlinas que a São Paulo Railway tinha com ele, mas a empresa inglesa exigiu que o julgamento da causa ocorresse na Inglaterra. O Supremo Tribunal de Justiça – depois de ter garantido a Mauá, em 1869, o direito de demandá-la no Brasil – voltou atrás e, 8 anos depois, abdicando da soberania nacional, adotou a tese de que só a justiça inglesa era legítima para decidir. Só que, a essa altura, pelas leis inglesas, o prazo para qualquer ação jurídica já havia caducado, e Mauá não conseguiu reaver um único tostão. A justiça brasileira foi incapaz de suportar a pressão britânica, exercida politicamente através das lojas maçônicas. 

A afirmação de que a maçonaria não é política, não se mete na política, não procede. Seus próprios documentos a desmentem e provam que é eminentemente política. Exemplo: “Convent du Grand-Orient”, 1929, pág. 48: “Quando um maçom é recebido numa loja, presta juramento: se é deputado, é responsável perante seus eleitores, mas também o é perante nós”. Idem, 1888, págs. 529-530: “Organizamos no seio dos parlamentos verdadeiros sindicatos de maçons”. Idem, 1923, pág. 365: “Os parlamentares maçons, que são de certo modo emanação da ordem, devem, durante o mandato, continuar tributários dela... Sua grande obrigação é jamais esquecer os princípios maçônicos que permitiram sua carreira política e nunca deixar de prestar contas às suas lojas”. Idem, 1922, pág. 362: “Deve se sentir a maçonaria em toda a parte; não se deve descobri-la em parte alguma”. O que é isso senão política e política não em prol dos interesses nacionais, porém dos interesses maçônicos?

A maçonaria ajuda seus membros a arranjarem empregos, fama e fortuna. O que uns obtêm duramente, pelo seu esforço constante e mérito próprio, os maçons conseguem à custa do auxílio mútuo dos “irmãos”, em detrimento dos que não são “irmãos”, dos “profanos”. Estes favores ocorrem seguidamente no âmbito judicial. Venda de sentenças, postergação de julgamentos, invalidações de testemunhos, desapropriação documental, mandatos de prisão arbitrários, habeas corpus concedidos sob espúrias circunstâncias. Tudo isso perpetrado por maçons infiltrados estrategicamente em posições de julgar seus iguais, seus "irmãos", assim prejudicando qualquer "profano" inocente.

Existem membros dentro do Poder Judiciário que não cederam às apetitosas propostas maçônicas de prosperidade, mas não representam uma força capaz de sequer incomodar os mandos desta “organização fraterna”. Em 2012, o Conselho Nacional de Justiça tentou fazer um gesto publicando em uma de suas páginas uma denúncia que relata parte da denúncia do ESCÂNDALO DOS LEILÕES DE IMÓVEIS DA JUSTIÇA DO TRABALHO. Não surtiu resultado algum, já que não possui nem força e nem autoridade suficientes para fazê-lo. O CNJ é apenas mais um dos meros serviçais da Maçonaria e da defesa dos interesses desta organização. Mas não é apenas o CNJ. Todas às instituições do Poder Judiciário curvam-se diante da Maçonaria porque seus membros lhe são devedores. 

O Supremo Tribunal Federal virou centro das atenções, suas decisões tiveram tanta repercussão que chegou ao ponto de, no ano de 2008, os jornais noticiarem que haveria um pedido de impeachement do Presidente do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes por parte dos Procuradores Regionais da República, devido a insatisfações por suas decisões. Mas e o que diz a Justiça a respeito da maçonaria?

Que "à luz da ordem jurídica vigente, à qual se submetem todos brasileiros e estrangeiros, residentes ou não, cabe aos Poderes Constituídos, em particular ao Poder Jurisdicional, apreciar os atos praticados dentro do território nacional, que possam resultar em ameaça ou dano a direito de terceiro. Dentre esses atos, incluem-se as normas abraçadas pelas sociedades comerciais, civis, cooperativas, fundações e sociedades místicas, como as maçonarias. Já se foi o tempo em que as maçonarias nasciam e se perpetuavam às margens da lei e da autoridade do Estado. Não há mais razão para isso. Hoje se constituem segundo a ordem vigente, seus objetivos são lícitos e claros, daí a razão para gozarem de igual proteção do Poder Público, como toda e qualquer pessoa jurídica. As entidades maçônicas, como toda sociedade civil, regem-se pelos respectivos estatutos e outros atos normativos que adotam. Todos que se filiam tomam prévio conhecimento das regras e procedimentos. Somente após concordarem, são aceitos. Mas é preciso deixar claro que essa submissão é recíproca, ou seja, a entidade também tem seus limites nos atos normativos que promulga".

Apesar de se estar vivendo um momento histórico em que o Judiciário deixa de ser ator coadjuvante e passa a desempenhar o papel principal na concretização da Constituição Federal, ainda assim, entende-se que a ancestral influência maçônica continua sendo um importante instrumento na manutenção do equilíbrio entre os poderes, inclusive com Gilmar Mendes defendendo o direito dos templos maçons se eximirem de taxação de impostos. Em “Curso de Direito Constitucional”, 6ª edição, Editora Saraiva, São Paulo, 2011, p. 1483/1485:
“Outra imunidade prevista, no art. 150 da Constituição Federal, é a que beneficia templos de qualquer culto. A palavra ‘templo’, no dispositivo, designa o local onde se pratica toda manifestação organizada de religiosidade, ainda que não seja um prédio. A proteção é válida para qualquer religião licitamente praticada. O Estado é laico: nenhuma religião é acolhida, mas todas são respeitadas. Protege-se aqui a livre manifestação de religiosidade.

Quanto à extensão, a imunidade prevista no art. 150, VI, b, CF, abrange não apenas os prédios destinados ao culto, também, o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. O § 4º do dispositivo constitucional serve de vetor interpretativo das alíneas b e c do inciso VI do art. 150 da CF, como se decidiu no RE 325.822, julgado em 2002.

Nesse caso, ‘o fato de os imóveis estarem sendo utilizados como escritório e residência de membros da entidade não afasta a imunidade prevista no art. 150, VI, alínea c, § 4º, da CF’ (RE 221.395). O importante é que não se perca a vinculação entre o uso do bem e as finalidades essenciais à instituição. Já se decidiu inclusive que ‘eventual renda obtida pela instituição de assistência social mediante cobrança de estacionamento de veículos em área interna da entidade, destinada ao custeio das atividades desta, está abrangida pela imunidade prevista no dispositivo sob destaque’ (RE 144.900). Os cemitérios, entendidos como extensões de entidades de cunho religioso, estão abrangidos pela garantia contemplada no art. 150 da Constituição do Brasil (RE 578.562).

No julgamento dos Embargos de Divergência no RE 210251/SP, o STF firmou precedente estendendo o alcance da imunidade prevista no art. 150, VI, c, da Constituição Federal para alcançar inclusive tributos ditos ‘indiretos’, desde que situada a entidade imune como contribuinte de direito. O caso tratava de instituição beneficente que buscava imunidade em relação ao ICMS cobrado pelo fisco paulista sobre o comércio de pães por ela produzido. Decidiu-se que a referida atividade estava abrangida pela imunidade mencionada, ainda que o ônus econômico pudesse ser transferido ao consumidor final. A imunidade viria a título de incentivar e incrementar a eficiência dos serviços prestados pela entidade imune, justificando-se, dessa forma, a vantagem concorrencial eventualmente ensejada pela regra imunizante.”

Ah, você não sabia que os maçons escapam de pagar impostos, tal qual qualquer igreja? Na Constituição de 1988:
“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI – instituir impostos sobre:

b) templos de qualquer culto;

§ 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas b e c, compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.”

A imunidade religiosa decorre da liberdade religiosa, da Laicidade do Estado e da vedação constitucional para os membros da Federação de criação, estabelecimento, subvenção ou embaraço ao exercício das igrejas e cultos religiosos (art. 11, 2º, da Constituição de 1891; art. 17, II, da Constituição de 1934; art. 32, b, da Constituição de 1937; art. 31, II, da Constituição de 1946; art. 9º, II, da Constituição de 1967; e art. 19, inciso I, da Constituição de 1988). Mas o engraçado é que, mesmo o Estado sendo laico, a Justiça favorece uma agremiação por ser religiosa, isentando-a de pagar impostos, mesmo quando a própria agremiação nega tal vínculo, afirmando ser um agrupamento para o aperfeiçoamento da humanidade. 

Vários Papas da Igreja Católica editaram bulas condenando a participação de católicos e clérigos na Maçonaria. Desde 1738, nove papas emitiram 17 pronunciamentos em apoio a Clemente XII. Em 1917, o canôn 2335 da Lei Canônica decretou a excomunhão de todos os membros da maçonaria. Em teoria tratam das mesmas coisas, a igreja e a maçonaria. Mas na verdade a única coisa que têm em comum é o fato de não pagarem impostos e de mentirem para seus adeptos, taxando os demais de hereges ou profanos...

sexta-feira, 26 de junho de 2015

MAÇONARIA, Tudo que você precisa saber!


Neste texto, eu apresento quase tudo que eu sei a respeito da maçonaria, de modo geral. Talvez alguns leitores saibam de tudo aqui descrito, outros devem conhecer algumas partes isoladas, mas penso que a grande maioria não detém este conhecimento. O que ficou de fora, foram fatos mais específicos e intrínsecos a determinados acontecimentos históricos, tais como a formação dos EUA, sua revolução, a ação da maçonaria no pós-descobrimento do Brasil, sua infiltração no antigo jurídico nacional, seu papel na ditadura militar, etc. Tentei ser o mais imparcial possível, tentando me ater mais ao caráter informativo do que ao crítico. Se vocês consideraram que vale a pena, passe adiante, compartilhe com quem não conhece o tema. Boa leitura!

A história da Maçonaria, por ser um estudo complexo, confuso, com escassas fontes confiáveis e excesso de discursos apaixonados de seus fiéis, assim como de seus difamadores, é alvo recorrente de controvérsias e posicionamentos conflitantes. Sua origem é fonte de anacronismo tanto de intelectuais interessados no tema como de renomados historiadores que em busca de um passado glorioso recuaram sua origem dando vazão à criatividade. Apesar de ser mundialmente conhecida como uma sociedade secreta a organização maçônica se autodenomina discreta. Por quê? Segundo os maçons, todos conhecem a existência da sociedade, ou seja, não é secreto para ninguém a sua existência. No entanto, é restrito apenas aos seus participantes os conhecimentos dos símbolos e seus verdadeiros significados, conferindo-lhe assim o título de discreta. O Padre Maurice Colinom, no século XVIII, sintetiza a vasta gama de relatos lendários sobre a gênese da organização, afirmando: 
“Os maçons, desde séculos, esforçam-se por descobrirem seus 
antepassados dos quais pudessem ter orgulho. Encheríamos uma vasta biblioteca se reuníssemos somente as obras que pretendem demonstrar a filiação legítima da Maçonaria com os Rosacruzes, o Hermeticismo, o Cabalismo, Alquimia, As Sociedades Iniciáticas Egípcias, Gregas, Judias, a Tríade Secreta da Antiga China, os Colegia Fabrorum Romanos, a Cavalaria das Cruzadas ou a Ordem destruída dos Templários (...)".

Atualmente é consenso entre os historiadores que a Maçonaria se originou na Inglaterra. Esta seria descendente das antigas confrarias dos Pedreiros Construtores, hoje chamados de Maçonaria Operativa ou de Ofício. Tratava-se de construtores de igrejas e catedrais categorizados que diferentemente dos servos não permaneciam presos a um determinado feudo. Tais corporações eram fortemente influenciadas pela Igreja, detentora do maior poder político da época. É importante ressaltar que a criação das Lojas (em inglês Lodge) neste período estava vinculada apenas as construções previstas e não ao território. O termo Francomaçons (em inglês freemasons), segundo Castellani, estaria vinculado a freestone, pedra cúbica utilizada nas construções da época. Assim, as expressões freestone mason e freestone mansory no decorrer dos anos seriam simplificadas transformando-se em freemason (o construtor) e freemansonry (a atividade).

Deixando o aspecto puramente histórico, reza a lenda que a real origem da maçonaria é outra. A História da Maçonaria, remontaria ao tempo do Rei Salomão. O único, além de Salomão, que sabia decifrar as escrituras do Templo do Rei Salomão era Hiram Abiff, Arquiteto que foi enviado por Hirão o Rei de Tiro, aliado do Rei Salomão. Hiram Abiff com um caráter e um grau de sabedoria bem elevado conquistou o Rei Salomão e o Rei deu a ele o conhecimento de decifrar os códigos para a construção do Templo que Salomão construiria. A lenda diz que Hiram Abiff teria sido assassinado por três maus companheiros. Lenda é um relato fantasioso que parte de um fato verídico; Hiram o arquiteto existiu; a história dos Hebreus o refere; e ele foi assassinado por três construtores porque ele era o único que sabia decifrar as escrituras do templo de Salomão, as quais alguns tinham cobiça. Alguns autores dizem que a lenda teria sido criada para dar sustento político à casa real dos Stuart. Os nomes dos três companheiros que assassinaram a Hiram Abiff seriam Jubela, Jubelo e Jubelum; que deram origem aos sinais (posturas) dos três primeiros Graus maçônicos, simbolizando o corte da garganta; a extração do coração e a dilaceração do ventre, forma como Hiram teria sido assassinado, dentro da Lenda de Hiran Abiff, conhecida como Lenda do Terceiro Grau.

Nesta Lenda, surgem três "Assassinos", que feriram de morte o Mestre, através de golpes com instrumentos de trabalho, a régua, o esquadro e o maço. Todos os golpes contribuíram para essa morte e todos os produziram com excessivo dolo. Diz-se em maçonaria, "Assassino", aquele que "trai" os ideais maçônicos, pois "destrói" a vida espiritual. Logo após a construção do templo, Salomão despreza o concerto que fez com Deus, quando passa a buscar e adorar aos deuses de suas mulheres, assim Deus se aparta de Salomão. Então o Rei usa a sua sabedoria e segundo os satanistas e mestres em sabedoria, monges etc... Salomão aprisionou 72 espíritos e fez um livro chamado "goética". Esse livro ele mostra como pactuar com eles e invoca-los, através do demônio Baphomet.

Todas as técnicas foram guardadas em pergaminhos, e segundo historiadores, se perderam com as destruições dos templos, em 587 a.c e em 68 d.c. Porém em plena idade média, na época das cruzadas, um grupo chamado de Cavaleiros do Templo resolveu guardar os caminhos dos cristãos que iam a terra santa em peregrinação. A Ordem dos Cavaleiros Templários, por volta de 1119-1314), inicialmente tinha por propósito proteger a peregrinação de cristãos no caminho a Terra Santa. Mas segundo relatos, em 9 anos esse propósito não foi respeitado, onde especulam que os Templários teriam adquirido um tesouro proveniente dos escombros do Templo de Salomão. Especula-se que sejam segredos de construções e símbolos que os templários usavam, e posteriormente pelos maçons, nas construções góticas.

Após a volta dos Templários as nações ao redor de Roma começaram a se organizar de forma que cada novo integrante deixasse todas as suas posses para a ordem e se ingressava nela, essas reuniões eram fechadas e secretas. Os adeptos a Ordem tinham se espalhado por toda a Europa. Especula-se que a Ordem dos Assassinos, antiga seita que fumavam haxixe e matava em nome de Alá, porém muitos livros relatam a união das duas ordens. A Ordem adquiriu grandes posses chegando a ser tão poderosa financeiramente quanto as nações. Começaram emprestar dinheiro a Juros as nações e aos senhores feudais. Mas os donos poder e da Igreja Católica, que os viam como uma ameaça, começaram a induzir as nações para que acabassem com a ameaça. No início a mesma Igreja Católica tinha dado autorização para a Ordem funcionar. 

A ordem de prisão foi redigida em 14 de Setembro de 1307 no dia da exaltação da Santa Cruz, e no dia 13 de Outubro de 1307 (uma sexta-feira) o rei obrigou o comparecimento de todos os templários da França. Os templários foram encarcerados em masmorras e submetidos a torturas para se declararem culpados de heresia, no pergaminho redigido após a investigação dos interrogatórios, no Castelo de Chinon, no qual Filipe IV de França (Felipe, o Belo), influenciado por Guilherme de Nogaret havia prendido ilicitamente o último grão-mestre do Templo e alguns altos dignitários da Ordem. O Pergaminho de Chinon atesta que o Papa Clemente V, absolveu os templários, das acusações de heresia, evidenciando, assim, que a queda histórica da Ordem deu-se por causa da perda de sua missão e de razões de oportunismo político.

Da perda de sua missão, o que caracterizou não mais uma vida austera como no inicio da ordem, se aproveitou Felipe, o Belo, para se apoderar dos bens da Ordem, acusando-a de ter se corrompido. Ele encarcerou os Superiores dos Templários, e, depois de um processo iníquo, os fez queimar vivos, pois obtivera deles confissões sob tortura, que eram consideradas nulas pelas leis da Igreja e da Inquisição, bem como pelos Concílio de Vienne (França) em 1311 e Concílio regional de Narbona (França) em 1243.

O Nome Grande Loja, deriva dos alojamentos onde os Pedreiros faziam suas refeições. A Partir de 1700, muitos cientistas como Galileu, Newton e outros cientistas, que eram pensadores maçons, propuseram uma nova filosofia de pensar, uma filosofia que compreendia a ciência do Mundo sem a misturar com a Religião, causando inúmeros conflitos com os católicos por toda a Europa. Os maçons propunham a Liberdade de expressão, a Fraternidade, o Direito de ir e vir, a separação do estado da Igreja, seguindo ideais illuministas como igualdade e fraternidade.

A Revolução Francesa, A Independência Americana e a separação de Estado da Igreja foi patrocinado por ideias Illuministas, Illuminatis e Maçons que incorporavam as duas primeiras. A capital Americana foi totalmente planejada por maçons que fizeram incursões e símbolos ocultos em suas ruas e monumentos, sendo que o George Washington, e Benjamin Franklin, eram maçons e ao todo 13 presidentes americanos foram maçons.

Os rituais de iniciação da maçonaria datam-se dos Judeus da época de Salomão, seus significados não são entendidos nem pelos próprios maçons, Segundo Steve Bullock ,PH D, o segredo da maçonaria está no próprio maçom, de entender a sua busca pelo sabedoria. 

Para os maçons o seu Deus é GADU, o Grande Arquiteto do Universo e também se submetem a Jabulon ( Uma mistura de Baal, Ossíris e Jafé). O Maçom não sabe ou finge não saber mas está na eterna busca de alcançar a luz que lúcifer perdeu, eles estão do mesmo lado de Lúcifer que já caiu do Céu por querer ser mais sábio e iluminado que Deus. Assim como Buda alcançou uma iluminação espiritual que nada mais é que uma ligação íntima com Lúcifer. A Opinião Pública sabe que A maçonaria (forma reduzida e usual de franco-maçonaria) é uma sociedade discreta de carácter universal, cujos membros cultivam o aclassismo, humanidade, os princípios da liberdade, democracia, igualdade, fraternidade e aperfeiçoamento intelectual, sendo assim uma associação iniciática e filosófica.

Portanto, segundo sua própria ótica, a maçonaria é uma sociedade fraternal, que admite todo homem livre e de bons costumes, sem distinção de raça, religião, ideário político ou posição social. Segundo suas afirmações, suas únicas exigências são que o candidato possua um espírito filantrópico e o firme propósito de tratar sempre de ir em busca da perfeição.

Os maçons estruturam-se e reúnem-se em células autônomas, designadas por oficinas, ateliersou (como são mais conhecidas e corretamente designadas) lojas, "todas iguais em direitos e honras, e independentes entre si."

SÍMBOLOS E OBJETOS
O compasso e o esquadro reunidos tem sido mais antiga bem como a mais comum representação da Instituição Maçônica. Tanto se apresentou este símbolo compasso-esquadro, que ele é prontamente reconhecido, até mesmo pelos profanos (pessoas não iniciadas na Maçonaria). É o sinal distintivo do Venerável Mestre (Presidente da Loja) uma vez que esotericamente representa a "Justa Medida".

A Justa Medida quer dizer em última análise a Retidão. Faz lembrar aos maçons em geral e a cada instante que todo as suas ações deverão ser plantadas com serenidade, bom senso e espírito de justiça. Faz recordar o compromisso solene assumido pelo iniciado, de sempre agir dentro de uma escola de perfeita honestidade e retidão.

O COMPASSO - O Compasso é considerado um Símbolo da espiritualidade e do conhecimento humano. Sendo visto como Símbolo da espiritualidade, sua posição sobre o Livro da Lei varia conforme o Grau. No Grau de Aprendiz, ele está embaixo do esquadro, indicando que existe, por enquanto, a predominância da matéria sobre o espírito . A abertura indica o nível do conhecimento humano, sendo esta limitada ao máximo de 90º, isto é ¼ do conhecimento. A sua Simbologia ainda é muito mais variada, podendo ser entendido como Símbolo da justiça, com a qual devam ser medidos os atos humanos. Simboliza a exatidão da pesquisa e ainda pode ser visto como Símbolo da imparcialidade e infalibilidade do Todo-Poderoso. 

O ESQUADRO
O primeiro instrumento passivo e companheiro por excelência do Compasso é o Esquadro. Seu desenho nos permite traçar o ângulo reto e, por tanto, esquadrejar todas as formas. Deste modo, é visto como Símbolo, por excelência, da retidão. É também a primeira das chamadas Jóias Móveis de uma Loja, constituindo-se na Joia do Venerável, pois, dentre todos, este deve ser o mais justo e equitativo dos Maçons. O Esquadro, ao contrário do Compasso, representa a matéria; por isso é que, em Loja de Aprendiz, ele se apresenta sobre o Compasso. Predominância da Matéria sobre o espírito. 

A LETRA "G"
É o símbolo de Deus, o Divino Geômetra. Uma das razoes de ser tomada como símbolo sagrado da Divindade, é que, com ela, a palavra Deus, se inicia em vários idiomas. GAS, em Siríaco; GADA, em persa; GUD, em sueco; GOTT, em alemão; GOD, em inglês, etc.

O AVENTAL
É o símbolo do trabalho. É a parte principal do vestuário maçônico, constituindo-se um dos símbolos mais importantes da Maçonaria. Tem a forma de um retângulo, encimado por um triângulo; nos dois primeiros graus são simples, sem enfeites ou adornos, e de tecido branco. Os aventais dos demais graus, tem cor e desenhos variados, conforme os graus que representa e conforme o rito adotado. O fundo porém é sempre branco.

O DELTA LUMINOSO
Também chamado de Triângulo Fulgurante, representa na Maçonaria o Supremo Criador de todas as coisas, cujo olho luminoso é o Olho da Sabedoria e da Providência, que observa tudo que vê e provê. Ele simboliza também, os atributos da Divindade: Onipresença, Onividência e Onisciência, que o verdadeiro maçom tem como lembrete divino de sua suprema relevância para sua vida. Não sendo efetivamente uma religião, a Maçonaria compreende e reverencia todas as crenças e cada crente maçom pode ter no Delta Luminoso a representação de todos os sentimentos de religiosidade. Ele é como uma lembrança para uma advertência permanente e solene, traduzida pela compreensão fraternal, que não procura sobrepor a importância de qualquer religião em particular, as demais profissões de fé. 
Espiritualistas por princípio, sabem os maçons, na interpretação do Triangulo Fulgurante, que há um Deus que tudo vê e por esta razão entendem que uma oportunidade de fazer o bem que deixam escapar , é uma eternidade que se lhes espera.

PAVIMENTO XADREZ E AS COLUNAS
Pavimento em xadrez (ou pavimento de mosaico para outros): composto por quadrados pretos e brancos, com que devem ser revestidos os templos ou o centro destes são o símbolo da diversidade do globo e das raças, unidas pela Maçonaria e da oposição de diversos contrários, bem e mal, espírito e corpo, luz e trevas.

As 2 colunas e o piso branco e preto, simbolizam a junção entre o Bem e o Mal, o Mundo Físico e o Mundo Material, A Luz e as trevas, A direita e a esquerda, o Norte e o sul. Na verdade isso vem em parte da sabedoria de Lúcifer que queria juntar a Luz com as Trevas.

INICIAÇÃO
Para ser aceito na maçonaria, o profano tem de observar alguns deveres preestabelecidos:
1. “Reconhecer como irmãos todos os maçons regulares e prestar-lhes, e também às suas viúvas, ascendentes ou descendentes necessitados, todo auxílio que puder;
2. Frequentar assiduamente os trabalhos das oficinas; aceitar e desempenhar, com probidade e zelo, todas as funções e encargos maçônicos que lhe forem confiados, além de esforçar-se pelo bem da Ordem em geral, da pátria e da humanidade;
3. Satisfazer com pontualidade as contribuições pecuniárias que, ordinária ou extraordinariamente, lhe forem legalmente atribuídas;
4. Nada imprimir nem publicar sobre assunto maçônico, ou que envolva o nome da instituição, sem expressa autorização do Grão Mestre, salvo quando em defesa da Ordem ou de qualquer maçom injustamente atacado;
5. Ajudar e proteger seus irmãos em quaisquer circunstâncias e, com risco da própria vida, defendê-los contra as injustiças dos homens;
6. Manter sempre, tanto na vida maçônica como no mundo profano, conduta digna e honesta, praticando o bem e a tolerância, respeitando escrupulosamente os ditames da honra, da probidade e da solidariedade humana, subordinando-se compreenssivamente às disposições legais e aos poderes maçônicos constituídos;
7. Amar os seus irmãos, mantendo bem alta a flama da solidariedade que deve unir os maçons em toda a superfície da terra”.

CRENÇAS E DEVERES
Entre os deveres aqui enumerados, temos de acrescentar o que consta no art.1, parágrafo 1, letra g desta mesma Constituição onde se encontra o “requisito essencial” para os profanos, candidatos à iniciação, sem o qual não serão aceitos: “não professar ideologias contrárias aos princípios maçônicos e democráticos”. Se ele infringir essas normas, o art. 32, nº 13, confere ao Grão Mestre Geral, ou ao seu substituto legal, a atribuição de “suspender, com motivos fundamentados, para que sejam eliminados pelos Poderes competentes os maçons que professarem ideologias ou doutrinas contrárias aos princípios da Ordem e da Democracia”.

O sistema maçônico, especialmente o Rito Escocês Antigo e Aceito, pode ser chamado de “deísta”, ou seja, considera a existência de um deus impessoal, destituído de atributos morais e intelectuais, confundindo-se com a natureza. Os deístas limitam a participação de Deus à criação, como se Ele tivesse deixado o mundo para ser governado pelas leis naturais.6 Esse sistema difere do “teísmo” cristão, no qual Deus é um Deus pessoal e interfere permanentemente no destino da humanidade. O primeiro e principal dever de cada loja maçônica, de acordo com a determinação do art.17, letra a, da Constituição do Grande Oriente do Brasil, é este: “observar cuidadosamente tudo quanto diz respeito ao espírito e à forma da instituição, cumprindo e fazendo cumprir a Constituição, as leis e as decisões dos Altos Corpos da Ordem”.

Antes de qualquer coisa, vamos analisar o que é religião. No Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, temos a seguinte definição: “culto prestado a uma divindade…”. Essa definição encaixa-se perfeitamente bem com as palavras de Rizzardo da Camino, 33º grau maçônico, autor de mais de quarenta livros: “O maçom, dentro do templo maçônico, através da liturgia, cultua o grande arquiteto do universo”8. Com isso fica provado que o que acontece dentro da loja maçônica nada mais é do que um culto de adoração a uma divindade, ao Grande Arquiteto do Universo (G.A.D.U.).

Como a maçonaria exige a crença no Grande Arquiteto do Universo e na imortalidade da alma para que o candidato se torne maçom, isto se torna uma grande evidência de que essa entidade é religiosa e possui um credo ou uma doutrina. Na cerimônia de admissão e a cada passagem de grau são feitos juramentos que nada mais são do que promessas ou profissões de fé no Grande Arquiteto do Universo e na fraternidade maçônica. Sabemos que a maçonaria aceita qualquer pessoa, independente de seu credo religioso. A loja recebe muçulmanos, espíritas, budistas, entre outros, como membros. E também satanistas, magos e bruxos, inclusive nos mais altos graus. Nomes como Aleister Crowley, Albert Pike, Lynn F. Perkins (fundador da Nova Era), Jorge Adoum (Mago Jefa), Charles W. Leadbeater e o mágico Manly P. Hall11 constam de sua lista de participantes.

OS 33 GRAUS
O aprendizado maçom está dividido por etapas. Cada etapa é desenvolvida numa Câmara própria, com seus respectivos graus. São elas: Lojas Simbólicas (do 1o. ao 3o. grau), Lojas de Perfeição (do 4o. ao 14o. grau), Capítulos (do 15o. ao 18o. grau), Conselhos de Kadosch (do 19o. ao 30o. grau), Consistórios (31o. e 32o. graus) e Supremo Conselho (33o. grau). 

1º GRAU: APRENDIZ – O Aprendiz deve, acima de tudo, saber aprender. É o primeiro contato com o Simbolismo Maçônico. Aprende as funções de cada um no templo e sempre busca o desenvolvimento das virtudes e a eliminação dos vícios. Muitos maçons antigos afirmam que este é o mais importante de todos os graus. 
2º GRAU: COMPANHEIRO – A fase de Companheiro propicia ao maçom um excepcional conhecimento de símbolos, além de avanços ritualísticos e desenvolvimento do caráter.
3º GRAU: MESTRE – É o chamado grau da plenitude maçônica. No âmbito do Simbolismo (Lojas Simbólicas) é o grau mais elevado que permite ocupar quaisquer cargos. O Mestre possui conhecimentos elevados da história e objetivos maçônicos. 
4º GRAU: MESTRE SECRETO – Neste grau, além de outros conhecimentos, o maçom aprende as virtudes do Silêncio. Avança, fantasticamente, no conhecimento de símbolos utilizados na Maçonaria em geral. 
5º GRAU: MESTRE PERFEITO – Aprende-se no 5º grau a meditação interior. Privilegia este grau, o princípio moral de render culto à memória de honrados antepassados. Completa o conhecimento dos graus anteriores. 
6º GRAU: SECRETÁRIO ÍNTIMO ou MESTRE POR CURIOSIDADE – É dedicado à necessidade de se buscar o conhecimento, sem o qual não há progresso. Contudo, adverte para a vã curiosidade, capaz de gerar malefícios. Investiga-se a miséria social e as maneiras de combatê-las, dentre outras coisas. 
7º GRAU: PREBOSTE E JUIZ ou MESTRE IRLANDÊS – Neste grau estuda-se a equidade, os princípios da Justiça, o Direito Natural e alguns princípios éticos da liderança. 
8º GRAU: INTENDENTE DOS EDIFÍCIOS ou MESTRE EM ISRAEL – Dedica-se a estudar a fraternidade do homem através de valores como o trabalho e o direito à propriedade. Combate à hipocrisia, à ambição e à ignorância. 
9º GRAU: MESTRE ELEITO DOS NOVE – Estuda-se a realidade dos ciclos, as forças negativas e a força da reconstrução. 
10º GRAU: MESTRE ELEITO DOS QUINZE – Estuda-se a extinção de todas as paixões e as tendências pouco proveitosas, censuráveis.
11º GRAU: SUBLIME CAVALEIRO ELEITO ou CAVALEIRO ELEITO DOS DOZE – Dedica-se à regeneração. 
12º GRAU: GRÃO-MESTRE ARQUITETO – Estuda o poder da representação popular. 
13º GRAU: CAVALEIRO REAL ARCO – Estuda os magos pontífices do Egito e de Jerusalém. 
14º GRAU: GRANDE ELEITO ou PERFEITO E SUBLIME MAÇOM – É o grau mais alto das Lojas de Perfeição. Proclama o direito inalienável da liberdade da consciência . Defende uma educação digna para que o homem possa ter governantes que assegure direitos e obrigações compatíveis.
15º GRAU: CAVALEIRO DO ORIENTE – Dedica-se à luta incessante para o progresso pela razão. 
16º GRAU: PRÍNCIPE DE JERUSALÉM – Estuda a vitória da liberdade como consequência da coragem e perseverança. 
17º GRAU: CAVALEIRO DO ORIENTE E DO OCIDENTE – Explora o Direito de reunião. 
18º GRAU: CAVALEIRO ROSA-CRUZ – É dedicado ao triunfo da Luz sobre as Trevas. É a libertação pelo Amor. 
19º GRAU: GRANDE PONTÍFICE – Fala sobre o triunfo da Verdade, estuda o pontificado. 
20º GRAU: MESTRE AD VITAM – É consagrado aos deveres dos Chefes das Lojas Maçônicas. 
21º GRAU: NOAQUITA ou CAVALEIRO PRUSSIANO – Estuda os perigos da ambição e o arrependimento sincero. 
22º GRAU: CAVALEIRO DO REAL MACHADO ou PRÍNCIPE DO LÍBANO – Estuda o trabalho como propagador de sentimentos nobres e generosos.
23º GRAU: CHEFE DO TABERNÁCULO – Dedica-se à vigilância dos valores propagados pela Ordem e ao combate da superstição. 
24º GRAU: PRÍNCIPE DO TABERNÁCULO – Dedica-se à conservação das doutrinas maçônicas. 
25º GRAU: CAVALEIRO DA SERPENTE DE BRONZE – Dedica-se ao combate ao despotismo. 
26º GRAU: PRÍNCIPE DA MERCÊ ou ESCOCÊS TRINITÁRIO – Estuda princípios de organização social através da Igualdade e Harmonia. 
27º GRAU: GRANDE COMENDADOR DO TEMPLO – Defende princípios de governo democrático. 
28º GRAU: CAVALEIRO DO SOL ou PRÍNCIPE ADEPTO – Estuda a Verdade. 
29º GRAU: GRANDE ESCOCÊS DE SANTO ANDRÉ – É dedicado à antiga Maçonaria da Escócia. 
30º GRAU: CAVALEIRO KADOSCH – Fecha o ciclo de estudos no Kadosch. É um grau de estudos profundos a respeito do Simbolismo e Filosofia Maçônicos.
31º GRAU: GRANDE JUIZ COMENDADOR ou INSPETOR INQUISIDOR COMENDADOR – Estuda o exame de consciência detalhado. Só os conscientes podem ser justos.Estuda-se História. 
32º GRAU: SUBLIME CAVALEIRO DO REAL SEGREDO : Estuda o poder militar.
33º GRAU: SOBERANO GRANDE INSPETOR GERAL : É o último grau. Fecha o ciclo de estudos. É, em última análise, o maçom mais responsável ( pois todos o são!) pelos destinos da Maçonaria no país (no que tange ao Filosofismo).É o guardião, mestre e condutor da Maçonaria.

Aqui não serão comentadas as ligações da maçonaria com diversas revoluções, e nem seu inúmeros desdobramentos em diversos outros grupos ou seitas. A Revolução Francesa e a Revolução Americana serão tratadas em outros posts, independentes. Tentei ser o mais sucinto possível, após compilar uma pequena parte de todo o material que tenho disponível, e que tenho pesquisado através dos anos. O intuito deste post é de simplesmente trazer à tona as mais notórias e reconhecidas informações sobre a origem e o funcionamento da maçonaria. Existem, no mundo, aproximadamente 5,5 milhões de integrantes espalhados pelos 5 continentes. Destes 3,2 - (58%)- nos Estados Unidos - USA, 1,2 -(22%) - no Reino Unido e 1,0(20%) no resto do mundo. No Brasil são aproximadamente 150 mil maçons regulares (2,7 %) e 4.700 Lojas. Portanto, como se pode ver, existe material em demasia, porém sua veracidade pode ser questionada em muitos casos. As diversas ramificações tendem a discordar entre si a respeito tanto da origem, quanto da aplicação dos ritos e de sua finalidade intrínseca.