terça-feira, 16 de junho de 2015

A REAL POLÍTICA: Como modificou meu próprio estilo de vida.



Eventualmente caio na asneira de publicar algo sobre política nacional. Eu sempre sei qual será o resultado. Obviamente que sou taxado de diversas coisas; comunista, socialista, ignorante. Em outras ocasiões já fui chamado de outras coisas, como reacionário, filhotinho da ditadura, até piegas! Agora vou explicar porque não me agrada publicar sobre política nacional. Muita gente não vai gostar.

Acontece que eu não publico justamente por respeito ao outros. Pois a minha concepção política não é fácil de ser seguida, apesar de eu pensar que seja de fácil compreensão, pelo menos para aqueles que entendem os meandros mecânicos e orgânicos dos sistemas que governam o mundo.

Eu nasci em 1975. Meu primeiro contato com a política se deu através das Olimpíadas de Moscou em 1980, quando os americanos fizeram seu boicote. Ali eu comecei a perceber que existiam forças que eu não entendia, mas que podiam impôr condições inclusive em uma festa esportiva. Sim, eu sempre fui precoce. Além de possuir uma excelente memória, que me permite relembrar de fatos até mesmo da minha mais tenra infância. 

Eu vi o Movimento Diretas Já tomar as ruas do país. Eu vi a Anistia. Eu vi Tranquedo Neves ser escolhido presidente, e sua morte sem assumir o cargo. Lembro claramente a comoção que isso causou. Meus pais choravam em frente à TV. Eu me lembro que antes de todo e qualquer programa na televisão, sempre aparecia a licença do censor, caracterizando o tipo de programa.

Tirei meu título de eleitor com 16 anos, não a tempo de participar da primeira eleição direta no Brasil, depois de décadas. Me lembro da minha felicidade, de como eu me sentia lépido e faceiro, por finalmente poder ter parte ativa no processo político de minha nação. Como eu disse, sempre fui muito precoce. Enquanto muitos dos meus amigos brincavam nas ruas jogando taco ou futebol, eu estava em casa, lendo. Estudando por conta. 

Então vieram os anos 90, e o impeachment do Collor, que na verdade foi deposto por muito menos do que hoje se sabe a respeito de FHC, Lula e Dilma. Sim, eu fui pra rua. Eu pintei meu rosto imberbe de verde e amarelo. Sim, eu fui manipulado vergonhosamente pela Rede Globo. Eu vi Itamar Franco criar o Plano Real, em sintonia com o FMI, e FHC levar todo o crédito de salvador da pátria, para mais tarde vender a Vale do Rio Doce a preço de banana, como fazem hoje com o nosso nióbio.

Durante os anos 90, abandonei definitivamente o estudo convencional, tornando-me autodidata. Fiz isso por considerar que aquilo que me ensinavam na escola, era bem diferente do que aquilo que eu lia nos livros, e o mais importante, não se refletia em nossa realidade cotidiana. Aprofundei ainda mais minhas pesquisas. Veio a internet, e com ela o mundo ficou menor, e muito conhecimento esquecido ou omitido veio à tona.

Entrando no novo milênio, eu já estava cansado de tanta mentira, tanta corrupção, tantas promessas não levadas a cabo. E enquanto a grandessíssima parte da população comemorava alegremente o pentacampeonato da seleção de futebol, eu dava golpes em bancos! Tínhamos um grupo muito bem organizado, onde cada um tinha uma tarefa específica para tomar dinheiro destes abutres. Eu era o linha de frente, o que entrava na agência, de terno e gravata, para sentar na mesa do gerente de contas, convencendo-o de que eu tinha tudo para ser um excelente cliente.

Pegávamos os valores dos cheques especiais, talões de cheques e empréstimos, jogávamos de uma conta para outra, comprávamos itens sob encomenda nas maiores redes varejistas, e revendíamos com até 70% de desconto. Usei meu próprio nome fazendo isso. Nunca escondi minha cara. E não, não sinto a menor vergonha em confessar isso. Por quê deveria? Não é o mesmo que fazem conosco há séculos? Vide HSBC, isso pra ficar apenas na conjuntura atual. E outra, todos na minha família sabem disso, nunca omiti nada. Se os bancos não são rotulados de criminosos por manter a usura, e se o próprio sistema capitalista nos instiga a praticar a antropofagia social, então nada mais fiz que aproveitar uma oportunidade, uma brecha praticamente imperceptível. Até porque, sinceramente, não me considero capaz de efetuar este tipo de ação contra qualquer pequeno comerciante incauto. Me sentiria extremamente culpado depois.

Então veio a eleição do Lula. Eu realmente achava que tudo iria ser diferente. Aí Lula alinha sua política com o sistema bancário sionista. Falando em Lula, ninguém acha estranho que ele tenha feito tanto barulho nos anos 70 e 80, e nunca tenha sido preso ou torturado? Ninguém acha estranho que, mesmo sem ter nenhum padrinho político de peso e muito menos preparação, ainda assim tenha sido eleito presidente? Duas vezes? Pra mim foi a gota d'água! Desde então eu não voto. Não justifico. Não pago multa. Se alguém quiser conferir, basta visitar o site, http://www.tse.jus.br/ , inserir meu título que é 642832204/42 . Meu nome completo é Ivan de Figueiredo Belo. Nasci em 15/09/1975. Meu título foi CANCELADO. Mas o mais engraçado é que, se alguém for consultar meu CPF no site da Receita, está como REGULAR!!! Ora, sou prova viva de que todo este sistema é falho, embusteiro. Como é possível que eu não votando desde 2004, não declarando renda nem de isento, meu CPF não esteja cancelado como meu título, ou no mínimo bloqueado?!?! Se alguém quiser verificar por si, basta visitar o site http://www.receita.fazenda.gov.br/, e inserir meu CPF na consulta, que é 933.9999.50-91 .

Eu não tenho conta em banco, cartão de crédito ou qualquer tipo de crediário. Trabalho em casa, fazendo serviços gráficos para amigos e indicados por amigos. Aceito dinheiro, permuta, escambo. Cobro quase nada, o que deixa minha mulher maluca comigo, coitada. Eu vivo em uma tênue linha entre o ostracismo social, e a felicidade advinda da liberdade financeira. Sou casado, tenho um filho de 4 anos. Minha mulher sabe bem como eu sou, e porque faço o que faço. Todos nós pagamos algum tipo de tributo ao sistema, todos somos castigados de alguma maneira quando o desafiamos. Ninguém escapa absolutamente incólume do sistema. Se eu fosse solteiro, eu estaria correndo o Brasil, como fazia antes de conhecer minha esposa. Viveria de emprego em emprego, morando de aluguel, dirigindo um carro beeeeem usado, e sem me preocupar em adquirir nada além do necessário para a minha própria subsistência. 

Sempre quis ser pai. E tive sorte neste quesito, pois tanto a minha esposa quanto meu filho são pessoas especiais, sem pretender puxar sardinha pro meu lado. Tenho muito mais sorte do que juízo, e me sinto abençoado por ter uma companheira sincera, honesta, trabalhadora, compreensiva e cúmplice; da mesma forma que me sinto realizado por ter um filho tão espontâneo em seu afeto, tão esperto, tão questionador. Agora, não sou hipócrita; estou longe do meu ideal libertário de vida. Porém, as redes criadas pelo sistema estão muito bem instaladas, dificilmente se pode ter o melhor dos dois mundos.

Vejam bem, não sou melhor que ninguém, e gosto de coisas simples. Gosto de esportes, inclusive futebol. Sou torcedor do Internacional, mas não vou ao estádio, não sou sócio e não assino pacote pay per view. Acompanho meu time na internet. Torço, sofro e comemoro como qualquer bom romano no circus. Gosto de viajar, conhecer novos lugares e pessoas. Gosto de ter conforto na minha casa. Gosto de jogar videogame, seja com meu filho ou mesmo sozinho. Gosto de ter um canto sossegado, onde eu possa fazer as minhas pesquisas e escrever para meus leitores. E ainda assim, me sinto culpado.

Agora vem a parte em que muita gente não vai gostar de ler o que vou escrever. A minha concepção política é bem simples, e é reflexo da realidade mundial, expressa no sistema financeiro e político, que permite que milhões de pessoas morram de fome, doenças e vítimas de conflitos artificialmente criados, usando como desculpa o terrorismo ou o antagonismo ideológico. Não existe esquerda e direita. Não existe justiça. Não existe verdadeiramente alguém capaz de modificar nossa condição periclitante. 

A Dilma não governa nada. Assim como não o fazem Obama e Putin. Quem nos governa são os banqueiros. O mundo como conhecemos hoje é fruto direto da reunião ocorrida em Jekyll Island em 1910, quando Rothschilds, Rockefellers, Morgans e Walburgs finalmente conseguiram aprovar no congresso americano a implementação do FED, do qual derivaria todo o sistema de bancos centrais por todo o planeta. O resto é conversa fiada, ficção e mentira. A tão afamada alternância de poder é uma falácia, um instrumento de controle tão eficaz, que cega as pessoas, fazendo-as assumir sua pretensa ideologia política como uma armadura, justificando assim toda a agressividade, a virulência, a perpetuação da corrupção e da pobreza da maioria, em prol da permanência no poder de uma minoria que se crê no direito de nos governar unicamente por serem nobres aristocratas. 

Ninguém ocupa um cargo político sem estar dentro do esquema. Ninguém jamais obterá permissão para dirimir as mazelas que assolam as camadas mais baixas da pirâmide social global, sem contar com a prévia autorização dos banqueiros. As pessoas acham que a religião é mais perfeita forma de aprisionamento social que existe; eu não acho. É o dinheiro, isso sim, pois hoje em dia vive-se muito bem sem um deus, mas não se vive sem dinheiro. E é por isso que eu afirmo que todos são culpados, todos são cúmplices. Quem usa um cartão de crédito, nutre o sistema, e ajuda-o a perpetuar a opressão, gerando mais e mais dívida, que é a real origem das moedas fiduciárias atuais.

Os bancos não se importam de onde vem o dinheiro. O que importa é a lucratividade. Pouco importa para eles se este dinheiro é proveniente de tráfico de drogas, lavagem ou desvio. Mas e pra vocês, também não faz diferença? Vocês não se importam em saber que aqueles que "guardam" seu dinheiro, obtido de forma honesta, também abrigam criminosos, e mais, permitem que estes levem enormes vantagens em suas transações?

Por mais sinceras e verdadeiras que sejam as reivindicações de alguns destes movimentos que fazem panelaços e vão às ruas para reivindicar mudanças, não trará modificações de nenhum tipo. O povo, como sempre, está sendo usado como massa de manobra, para demonstrar o desgosto de uma parcela da população, da qual nem mesmo sente os efeitos pelos quais as massas lutam contra. Discursos serão proferidos, algumas pequenas alterações serão efetuadas pelo governo, e quando a poeira assentar, a opressão continuará a todo vapor.

Quer mesmo balançar as estruturas do sistema? Então faz o seguinte: vai no banco, cancela teu cartão de crédito; saca todo o capital que tu tem nos bancos, em espécie; não vota, não justifica e não paga multa. Greve geral e irrestrita. Por tempo indeterminado. Sem medo de retaliação. Essa é a única maneira de fazer o sistema nos ouvir, e ainda prestar atenção no que dizemos. O resto é pura ilusão de que fazemos diferença, tudo alimentado pela mídia. Lógico que isso não vai acontecer, pois as mesmas pessoas que agora estão batendo panelas nas ruas ou nas janelas de suas casas, são exatamente as mesmas que nutrem o sistema, sustentando a opressão através da economia. São as mesmas pessoas que defendem violentamente o seu "direito" de usufruir das maravilhas modernas do sistema capitalista, que "fornece" crédito como se fosse uma benção, quando na verdade é o mais perfeito grilhão social e moral que já existiu nesse planeta.

Quando a maior parte da população fizer isso, quanto tempo vocês acham que demoraria para que o sistema obrigasse o governo a verdadeiramente modificar nossas estruturas de poder? Alguém realmente acha que a Dilma "governa"?!?! Ora, isso é clara demonstração de ingenuidade, assim como pensar que com o Aécio hoje seria diferente. 

Batam no sistema onde ele mais sente, no bolso. Ou isso, ou uma revolta civil armada. Opa, isso não podemos fazer, pois eles nos roubaram o direito de portar armas. Mas vai ver, isso também é mera coincidência. Não se enganem, pois é perda de tempo. Afinal, já temos muitas pessoas encarregadas pela nossa enganação, e elas não precisam de nossa ajuda para isso.

Não sou contra o Capitalismo em si, tenho consciência de que devemos fazer uso de algum tipo de dispositivo para ordenar nosso sistema produtivo. O que me incomoda são os meios, as formas, as ferramentas, e o mais importante, as motivações. Muita gente me pergunta qual a saída. Olhem, me considero um cara bem inteligente, mas não sou nenhum gênio, muito longe disso. Mas também não é necessário ser um gênio para perceber que estamos caminhando para a barbárie, e isso se dá justamente pelas motivações do Capitalismo atual, onde as condições de ascensão social são reservadas para uma minoria. Apesar do sistema nos garantir que TODOS têm as mesmas oportunidades.

Ser pobre é consequência, sim, de um sistema falho, elitista, desatento para questões de má distribuição de renda, que acaba se tornando o principal empecilho de melhorar a vida das pessoas de baixa renda. Tudo está interligado, uma coisa desencadeando a outra. A pobreza está diretamente ligada à falta de oportunidade e preparo para ingressar no mercado de trabalho. O sentimento de solidariedade, compreensão e altruísmo em nós, cidadãos, não anda tão presente como deveria e talvez este seja um problema tão grande quanto a desigualdade. Ou melhor, talvez a desigualdade seja fruto desse nosso egocentrismo, que acaba por conferir, entre tantas outras coisas, uma concentração de renda, poder e privilégios a uma pequena parcela da população.

O fim da desigualdade, e consequentemente da pobreza, ainda é uma realidade muito distante. Para se acabar com tais problemas sociais, é preciso continuar estimulando o crescimento econômico real e não aquele que os banqueiros nos impõe; aprender, a princípio, a distribuir a renda de forma estratégica e, depois, igualitariamente. No dia em que todos entenderem o real significado de pobreza e desigualdade, quando ambas forem entendidas como violação dos direitos humanos, quando todos compreenderem que educação de qualidade e baseada em fatos e não em versões e meias verdades, é a base e prioridade de qualquer sociedade, e que a política deve ser realizada junto com o povo, conseguiremos, enfim, vencer esta guerra suja contra os mantenedores deste mundo tão abandonado à própria sorte. 

E para aqueles que me criticaram, criticam e persistirão em me criticar, eu digo o seguinte. Antes de questionar a minha postura, que tal se questionassem a sua própria, primeiramente? O que cada um faz, ativamente, para modificar a nossa realidade? Quantos estão dispostos a sair de sua esfera de conforto e falsa segurança, e começar a agir, de fato? Lutar contra o sistema vai muito além de publicar "verdades" em redes sociais, e participar de manifestações totalmente direcionadas por uma mídia interessada. 

Nada vai mudar, enquanto sustentarmos o sistema, permitindo que uma classe diminuta nos "governe", e use o trabalho e o capital como forma de opressão, e não de ascendência social. A receita tá aí, porém quantos querem abrir mão de tudo que "conquistaram"? As escolhas que temos são todas ilusórias, permitidas justamente porque sempre redundarão em perpetuação de um sistema altamente excludente, mas que é tido como um remédio amargo, de sabor horrível mas de primeira necessidade. Mais um caso em que o "remédio" faz mais mal ao paciente, do que a "doença" em si.

Tenham em mente que enquanto agora, neste exato momento, cai a ficha de milhares de pessoas de que foram enganadas por anos a fio, eu sei disso há mais de uma década. E ajo de acordo com a minha consciência, meu conhecimento, e minhas parcas possibilidades. Eu, não sendo ninguém, não tendo nada de especial que me diferencie do resto da população, faço o que faço por não desejar compactuar com toda esta corja que nos oprime e fustiga, e ainda assim me sinto culpado por não fazer mais, pergunto para aqueles que me criticam, o que vocês fazem? Até onde estão dispostos a ir para melhorar a qualidade de vida não somente sua, mas de todo o planeta?

Entenda que a política é a forma de uma minoria controlar uma maioria. A eleição é meramente um instrumento de controle, onde quem detém o verdadeiro poder, nos ilude a pensar que somos nós que decidimos aquilo que é melhor para o país. 

A Justiça é feita e mantida para proteger aqueles que redigem as leis que oprimem a maioria, que é completamente composta de diversas minorias, em prol de uma minoria que detém a maioria do dinheiro, do direito, e dos dispositivos e benesses científicas. 

Não pretendo ofender ninguém com as minhas palavras, mas tampouco pretendo emprestar meus ouvidos como pinico para quem é complacente com os verdadeiros culpados pelas nossas condições. Não é por desejar igualdade e justiça para todos que eu abraço o socialismo, o comunismo, ou algo que o valha. Até porque, tudo isso tem a mesma origem, o sionismo. Para quem não sabe, todos os mentores do comunismo eram judeus, coincidentemente. 

Para finalizar, entenda de uma vez por todas que o sistema é apartidário e apátrida. Ele não dá a mínima para a nação ou para a população. O que importa é a lucratividade. Sejam bem-vindos ao mundo real, aquele que o sistema não quer que vocês conheçam e reconheçam.

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