sexta-feira, 26 de junho de 2015

DINHEIRO, a mais perversa ferramenta de controle emocional das massas.


Somos ensinados a pensar que todos nós somos responsáveis pelas ações do sistema. E que se o sistema age de determinada forma, é porque o permitimos e até mesmo incentivamos. Isso tudo seria muito correto se não fosse o fato de que o sistema, em todas as suas vertentes políticas, espirituais e morais, mente, omite, oculta, engana. Para que possamos escolher entre caminhos, precisamos conhecer todas as direções para que estes apontam. E o que ocorre é que o sistema, fazendo uso de quem o administra, não nos mostra o caminho, mas sim, atalhos. E estes atalhos muitas vezes, na maior parte das vezes, na verdade, levam aquilo que o sistema quer, e não aquilo que precisamos. 

Se as pessoas responsáveis pelo controle do sistema fossem responsáveis por seus atos, se estas pessoas sentissem culpa por suas ações, como todos nós sentimos, e muitas vezes por ações alheias a nossa vontade, aí sim a formula funcionaria. Essa não é a realidade. Como se explica que haja ainda, em pleno século XXI, fome, doenças simplórias, conflitos armados, e que o sistema aceite tudo isso? Isso ocorre não só porque eles aceitam, bem como criam estes cenários. Aquele que pensa o oposto demonstra certa ingenuidade, pois parte do princípio que o sistema existe para o nosso bem. Não é assim, infelizmente. Em uma sociedade humana justa, seria. Mas basta que se olhe para o mundo, para se perceber que isso é irreal.

Ou tu realmente acredita que as oportunidades são idênticas para todas as pessoas que habitam nosso planeta? Pois é isso que o sistema apregoa, vende. Que basta estudar que nem uma mula, trabalhar que nem um cavalo, e automaticamente as pessoas irão ascender financeira e socialmente. Isso é mentira. O sistema é excludente e antropofágico. Nos obriga a pisar em nossos semelhantes, incutindo o conceito de que se alguém não obtém sucesso, é um fracassado; enquanto que aquele que é corrupto, indiferente para com os sentimentos alheios e as necessidades mais básicas de qualquer ser humano, este sim tem boas chances de alcançar o dito "sucesso".

E aí entra o dinheiro, e sua perversão, a utilização como forma de controle emocional. O aspecto essencial do dinheiro numa sociedade capitalista, o de poder servir como meio de obtenção de conforto, qualidade de vida ou poder, é atribuído de um aspecto psicológico misterioso, que acaba por transformar o dinheiro em fim, não mais em apenas um meio. Até recentemente as interpretações da teoria do dinheiro estabelecida por Karl Marx permaneceram dentro do quadro meramente funcional, insistindo em geral que a função básica do dinheiro reside em seu papel como forma de valor independente, portanto, como capital. 

Essa concepção de dinheiro está de acordo com a visão marxista do capitalismo como uma sociedade baseada não na troca e na comunicação, mas sim na exploração e no domínio, cujo desenvolvimento é determinado não pelas necessidades e aspirações humanas, mas sim pela acumulação de capital. Em uma sociedade capitalista desenvolvida o dinheiro não é meramente um símbolo, mas o elemento mediador básico entre o indivíduo e a sociedade. O dinheiro é a mais tênue e eficaz algema do sistema, pois sem ele vive-se completamente à margem.

O dinheiro em si, é perverso. Desde sua manufatura, até o fim a que é proposto, o dinheiro causa verdadeira modificação no ser humano. É a maior programação além do fanatismo religioso e a busca pelo poder desenfreado, para poder dominar e controlar outras pessoas. Esse procedimento garante alimento emocional e o poder sobre a nossa realidade terrestre, o que explica a situação mundial da nossa sociedade, onde o poder das armas e da política mantêm toda a humanidade em um estado de “xeque-mate”. O dinheiro, como toda espécie de totem ou entidade erigida, tem como função básica a sua manutenção e sobrevivência por si só, não interessando a análise social e moral de seu impacto. Há uma escala da progressão em relação ao dinheiro, e quanto maior o peso de fatores inconscientes, maior será o grau de neurose que aflige o indivíduo. 

Exemplificando, o dinheiro serve para: sobrevivência, necessidade de abrigo e alimentação, educação, lazer e diversão, ou: competição, compensação de uma auto imagem negativa, exibicionismo, compensação de um arraigado complexo de inferioridade. A contradição no exposto acima é a de que o dinheiro deveria servir para algo extremamente concreto, mas basta um olhar mais apurado para descobrirmos que a cada dia o mesmo serve aos aspectos de nosso imaginário. O medo e pânico do desemprego, que é um câncer mundial das economias, apenas reforçam o conceito de que ganhar dinheiro é sinônimo de estar vivo. 

Nenhuma outra emoção ou desejo seja: amor, fé ou paixão conseguiu centralizar por completo a preocupação do homem contemporâneo, e repito que isto se dá não apenas por um fator de sobrevivência. Talvez a compulsão pelas drogas chegue perto do anseio citado, embora a mesma também não deixe de ser um subproduto do dinheiro. As próprias religiões se curvaram a entidade do dinheiro ao acatarem sem muitas delongas a questão do dízimo em seus trabalhos eclesiásticos. A noção de riqueza ou miséria nada tem a ver com o dinheiro para o inconsciente humano, e buscar nossa categoria social no plano mental seria a chave para uma análise mais profunda de nossa alma. Não que toda pessoa que possua o dinheiro seja um miserável emocionalmente, mas perceber que nossa mente reproduz o sistema vigente de estratificações sociais é no mínimo fugir da ignorância pessoal.

Qual é o equilíbrio em relação ao dinheiro? Acumular gananciosamente fazendo da mesquinhez a distração diária para nossa mente? Permitir ser explorado pelas pessoas que culpam e invejam quem possui o dinheiro? Gastar ou reter compulsivamente, se enchendo de dívidas, ou a sensação de reconforto ao ver o extrato bancário? Acreditar que o dinheiro pode ajudar alguém que desconhecemos se em outras instâncias seja merecedor de apoio? Todas estas perguntas todos se fazem quase que diariamente possuindo ou não dinheiro. O centro da questão é se o mesmo representa o instrumento para algo que desejamos, ou a revanche contra o que sentimos que perdemos e jamais iremos recuperar, mas mesmo assim alimentamos constantemente dita ilusão. O dinheiro em si, não tem valor nenhum, é apenas fiduciário. Ou seja, cremos que uma nota de R$ 50,00 vale R$ 50,00 por que assim nos foi dito.Não existe lastro, seja em ouro ou prata. Hoje, com o "advento" do sistema bancário e a cobrança do famigerado juros, nem mesmo existe dinheiro suficiente no mundo para todos. O que existe é crédito digital, onde é gerado através do Sistema Mandrake.

Na verdade o dinheiro é fruto da noção de posse, e de que alguns têm mais direito que outros. O dinheiro existe como forma de controle emocional da população. Para e elite, que lida com somas absurdas, não faz diferença se existe dinheiro em espécie, ou não. Afinal, todas as suas transações ocorrem através do emprego de ações, títulos, crédito, dívidas, etc. Também não faria diferença para eles se os trabalhadores recebessem em prata, ouro, alimento ou abrigo, desde que a elite mantivesse seu conforto e poder. O dinheiro é um instrumento criado pela elite para manter o controle emocional sobre a população. 

A falta de dinheiro para suprir necessidades básicas pode afetar o desenvolvimento mental de uma pessoa. Esta mobilização de capacidades cerebrais para superar situações estressantes, como a incógnita de saber se haverá dinheiro suficiente para alimentar a família ou pagar o próximo aluguel, pode representar uma redução de 13 pontos no coeficiente intelectual (CI) de uma pessoa, isto é, uma queda de 10% com relação à média da população. Uma diminuição deste tipo das capacidades mentais equivale àquela que um indivíduo sofre ao perder uma noite de sono, explicaram os cientistas, cujo estudo foi publicado na revista americana Science. Para muitos pobres, estes problemas se tornam tão persistentes que é difícil se concentrar em outras coisas como educação, formação profissional ou inclusive a organização do tempo. 

Isto não significa que os pobres sejam menos inteligentes que os demais, mas que a pobreza mobiliza muita energia mental. É como um computador que é lento porque está carregando um vídeo longo demais. A pobreza costuma ser vista como resultado de fracasso pessoal ou a consequência de ter sido criado em um ambiente desfavorável, mas a verdade é que a falta de recursos financeiros pode, por si só, deteriorar as funções cognitivas. O Dr. Roger Henderson, um pesquisador na área de saúde mental no Reino Unido, recentemente criou o termo “doença do dinheiro” para se referir a sintomas físicos e psicológicos apresentados por pessoas que estão estressadas por causa do dinheiro. 

Os sintomas incluem falta de ar, dor de cabeça, náusea, irritação na pele, perda de apetite, raiva sem motivo, nervosismo e pessimismo. “A preocupação com o dinheiro é uma das principais causas de estresse”, diz Henderson. Não é de surpreender que nos últimos anos muitas pessoas estejam sofrendo os efeitos nocivos das ansiedades relacionadas ao dinheiro. Por causa da atual crise financeira em muitos países, pessoas no mundo inteiro têm perdido emprego, casa e suas economias. Grandes instituições financeiras faliram, e até mesmo as nações mais ricas adotaram medidas emergenciais para evitar uma ruína financeira generalizada. Nos países em desenvolvimento, o aumento do preço de alimentos e de outros produtos básicos também tem gerado muita ansiedade.

Esse é o serviço que o dinheiro presta para a elite, nos mantendo desequilibrados emocional e intelectualmente. Sendo assim, tendo sido criado e implementado na sociedade com o objetivo de controlar a população, o dinheiro é, em si e por si, perverso...

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