terça-feira, 27 de setembro de 2016

MARTE: Evidências de vida inteligente?



Nossa falta de compreensão do Universo não ocorre unicamente em virtude de nossa precária percepção tridimensional. A forma percebida de um objeto depende do ponto de observação. A forma e o tamanho variam com a posição do plano de incidência.

Não existe ângulo reto, ou seja, uma curva de 90º, na Natureza, com exceção de cristais e/ou fractais. Então, sem quadrados ou cubos. Tu encontra esferas, pirâmides, espirais, poliedros, hexágonos, polígonos, etc. Por quê a Natureza não faz cubos ou quadrados? Por um motivo bem simples: conservação de energia! 

A quantidade de energia térmica transferida e/ou a quantidade de trabalho realizado durante um processo termodinâmico depende da forma como se desenrola o processo, isto é, da trajetória do processo. Em conseqüência disso, as propriedades físicas do sistema são conhecidas como funções de estado, enquanto que as transferências de energia, seja como calor ou trabalho(no caso específico deste post, forças geológicas, intempéricas e gravitacionais), são conhecidas como funções de trajetória.

Quando um corpo sofre uma deformação ou um deslocamento, diz-se que atuou, sobre ele, uma força, tendo este recebido ou cedido energia na forma de trabalho (W, que é expresso em joules, J). No caso das deformações, o trabalho das forças que atuam sobre um corpo é potente ou positivo se este é comprimido e resistente ou negativo se o seu volume aumenta. É nulo quando não há variação do seu volume (logo, não há deformação). Sobre um corpo indeformável só pode ser realizado trabalho se este for deslocado. 


Estudemos, agora, sobre este tipo de corpos, que podem ser representados apenas pelo seu centro de massa, um ponto que corresponde, em corpos de constituição uniforme, ao seu centro geométrico. Todas as forças que atuam sobre um corpo são representadas com vetores cuja origem coincide com o centro de massa do mesmo, com excepção da força de atrito que, visto surgir do contato entre o corpo e a superfície, é representada com um vetor de origem no centro do fundo do corpo.

Para que um corpo fique assentado sobre uma superfície plana sem deslocar-se verticalmente (para cima ou para baixo), as forças verticais que atuam sobre ele têm que se anular. Assim, a reação normal terá a mesma intensidade que a força gravitacional e terá a mesma intensidade. Uma força aplicada sobre um corpo resulta da adição de duas forças: uma paralela ao deslocamento sofrido e outra perpendicular a este. 

Só a primeira é eficaz para o movimento do corpo, pelo que só esta lhe cede ou retira energia. Assim, o trabalho de uma força sobre um corpo é dada pelo produto da intensidade da sua componente eficaz pelo deslocamento verificado. Por isso ângulos retos, cubos e quadrados são raros na Natureza, que de boba não tem nada. 

Não existe na Natureza um objeto material que tenha uma superfície quadrada perfeita, pois a maior parte de um objeto material é formada de espaços vazios. Então, se tu for traçar quatro linhas circundando um objeto, as linhas opostas nunca serão paralelas entre si, isto é, não terão todas o mesmo comprimento. Mesmo que traçássemos as quatro linhas ignorando os espaços vazios, como se fossem matéria com tamanho infinitesimal para serem considerados como pontos, não teríamos linhas retas, pois o que forma a matéria é uma energia vibrante, pulsante, e esta pulsação ultrapassaria ou ficaria aquém de nossas linhas. Assim, o quadrado só pode existir num espaço abstrato. 

O quadrado é uma forma construída. Não há na natureza nada que seja exatamente quadrado, pois para isso é necessário que o elemento seja formado de linhas perfeitamente retas e com os quatro lados e ângulos idênticos! O quadrado é usado na matemática e na física, mas unicamente como conceito mental. Na Natureza, o mais próximo que chegaremos de ângulos retos encontramos nos reinos dos cristais e fractais. 

Toda área da superfície de um objeto tem uma relação com o quadrado (não a figura, mas a fórmula), mesmo que não seja um quadrado perfeito. Não sendo perfeito, não vai aparecer x2 na fórmula, mas x.y, em que x ≠ y. A área de uma superfície circular é dada por πx2, onde x é o comprimento do raio do círculo. Se tu multiplicar a área de um quadrado (de lado x) por π, o quadrado vira um círculo de raio igual ao lado do quadrado!

Matematicamente, sim. Magicamente, não. Mas, geometricamente tu pode achar (desenhar) o círculo: junta quatro quadrados de área x2, formando um quadrado de área 4x2 e trace o círculo dentro do quadrado formado.

A área do quadrado formado excede a área do círculo por uma quantidade z, tal que (4 – z)x2 é a área do círculo. E (4 – z) é, exatamente, o valor representado por π, que é, até onde se sabe, um número com uma quantidade infinita de casas decimais (um número irracionável, pertencente ao conjunto dos números irracionais), o que, obrigatoriamente, põe z no mesmo conjunto, já que o 4 não tem nenhuma casa decimal (o 4 é natural, inteiro e racionável – pertence ao conjunto dos números racionais. Já na física, x2 apenas ajuda na descrição do quadrado (área) abstrato e ajuda também na descrição da energia contida num corpo em movimento (onde o x é substituído por v na fórmula). Se v é uma medida, então, matematicamente, v2 forma um quadrado abstrato.

Uma outra fórmula onde aparece o quadrado é na Lei da Gravitação Universal, escrita por Isaac Newton. Supõe-se que essa lei possa ser aplicada em qualquer parte do universo. Ela diz o seguinte: "Matéria atrai matéria na proporção direta das massas e na proporção inversa do quadrado das distâncias". 

O bismuto é um elemento químico pouco abundante e caro, pertencente à família 5A, com numero atômico 83, e símbolo químico Bi. Encontrando-se em temperatura ambiente na forma solida, sendo pesado e quebradiço, de cor branca. Entre os metais pesados é o menos tóxico, mas ele e seus sais podem causar danos moderados ao fígado. Encontra-se em estado livre em várias regiões do mundo, como América e Ásia, sendo o Brasil pouco presente na área de produção e extração. Encontrado na crusta terrestre e na forma de minerais como a bismutinita e a bismita. Também pode ser extraído do subproduto no processamento de minerais como o ouro, cobre e estanho. O bismuto pode reagir com outros elementos formando sulfetos como a bismutinita, bismutita e a bismita. Possui pouca condutibilidade elétrica e térmica, sendo usado juntamente com ligas metálicas para soldas, e também empregadas na metalurgia do ferro e do chumbo. 


Quanto ao elemento químico Cubano(C8H8), não pode ser considerado uma formação quadrada natural, por se tratar de um hidrocarboneto sintético. É o hidrocarboneto de maior densidade conhecido. Um dos chamados hidrocarbonetos platônicos. O Cubano é um hidrocarboneto sintetizado pela primeira vez em 1964 por Eaton, professor de química da Universidade de Chicago. Devido à tensão dos ângulos de 90 graus entre as ligações aos átomos de carbono, a possibilidade desta síntese era considerada até então improvável. Surpreendentemente, porém, a substância, um sólido cristalino, é bastante estável. A sua perfeição e a sua simetria associam‐se à sua energia. 


Já a pirita, também um mineral cristalino, é um dissulfeto de ferro, FeS2. Tem os cristais isométricos que aparecem geralmente como cubos, mas também frequentemente como octaedros ou piritoedros. Materiais cristalinos são aqueles que possuem uma distribuição característica e regular dos seus átomos. Devido a esta regularidade, a estrutura cristalina de um material não precisa ser representada por todos os seus átomos, mas por apenas um conjunto de átomos que possam definir a sua distribuição no espaço. A esta pequena porção do reticulado cristalino que tem a propriedade de representar todo o cristal chamamos de célula unitária. Cada célula unitária é associada a uma figura geométrica e a distribuição característica dos átomos. A pirita é um elemento cúbico de três eixos iguais em ângulo reto. Ângulo reto é o ângulo formado quando uma semirreta, tocando em um ponto de uma outra reta, cria dois ângulos iguais. É o ângulo formado por duas retas perpendiculares, cujo valor equivale a 90 graus, π/2 radianos ou 100 grados. O ângulo reto corresponde ao ângulo com "quantidade de rotação" de 1/4 de círculo, dessa forma, dois ângulos retos formam um ângulo plano.


Quanto aos cristais e fractais, não é porque a Natureza tem as condições de formar um cristal com ângulos retos, que ela vá aplicar o mesmo método na formatação sedimentar de outros minérios, como o basalto, por exemplo. As condições que criam o cristal, são completamente diferentes das que criam o basalto. O cristal geralmente sofre pressão e atrito, como formas de "força", e esta incidência pode variar entre milhões de anos. Já uma rocha basáltica tem como "força" principal, como tu mesmo descreve, as variações abruptas de temperatura. A natureza tem condições de criar e manter ângulos retos porque existem forças específicas agindo, que compensam as impossibilidades físicas que ocorreriam em outro ambiente e com incidências diferentes. A Natureza é sábia, e a Termodinâmica garante que a conservação de energia é inerente à formatação de qualquer objeto natural. Criar e manter um ângulo reto em um cristal, que passou milhões de anos sofrendo pressão de todos os lados, e mais o atrito dos materiais envolvidos, ocorre porque somente com este processo os ângulos podem se manter sem detrimento da energia desprendida durante a formatação. 

Mas, e uma rocha não poderia "partir-se" por fatores externos e seus fragmentos passarem a apresentar ângulos retos? Sim, e é a isso que nos referimos como "trabalho". Quando um corpo sofre uma deformação ou um deslocamento, diz-se que atuou, sobre ele, uma força, tendo este recebido ou cedido energia na forma de trabalho (W, que é expresso em joules, J). No caso das deformações, o trabalho das forças que atuam sobre um corpo é potente ou positivo se este é comprimido e resistente ou negativo se o seu volume aumenta. É nulo quando não há variação do seu volume (logo, não há deformação). Sobre um corpo indeformável só pode ser realizado trabalho se este for deslocado. E é isso que a maioria das pessoas não entende: mesmo que haja uma incidência NATURAL, chuva, deslocamentos de terra, erosão, intempéries, ainda assim é uma formatação "ARTIFICIAL", já que são fatores EXTERNOS, e que sem a atuação desta "força de trabalho", não seria possível que o objeto em questão tomasse tal forma. 

E é nestas condições que a "Calçada de Gigantes" foi formada. Quando eu iniciei minha pesquisa, eu busquei ao máximo encontrar exemplos da existência destes ângulos no mundo natural. O que eu encontrei de mais próximo foi a Calçada dos Gigantes, na Irlanda.


Um vasto aglomerado de colunas de rocha basáltica vulcânica, em forma de prismas de diferentes alturas, na sua maioria hexagonais, mas também pentagonais e ainda de polígonos irregulares com 4, 7, 8, 9 e 10 lados, que se erguem junto à costa setentrional do Planalto de Antrim, na Irlanda do Norte. 

A atividade vulcânica nessa área fez a rocha derretida subir através de fendas no calcário, com temperatura média de mais de 1000 °C. Quando entrou em contato com o ar,ela se resfriou e se solidificou. A rocha derretida, ou magma, é composta por muitos elementos químicos e por isso pode criar vários tipos de rocha. O tipo de rocha formado na área do contexto em questão é o basalto. 

O magma se encolhia à medida que se resfriava lentamente e, por causa de sua composição química, fendas hexagonais regulares se formaram na superfície. Enquanto o magma continuava a se resfriar por dentro, as fendas desciam gradualmente, formando a grande quantidade de colunas de basalto semelhantes a lápis.

Repito, não existe ângulo reto, ou seja, uma curva de 90º, na Natureza, com exceção dos cristais. Então, sem quadrados ou cubos. Tu encontra esferas, pirâmides, espirais, poliedros, hexágonos, polígonos, etc. No caso da Calçada de Gigantes, os poucos polígonos com 4 lados só foram possíveis de se formarem em razão do suporte gravitacional oferecido pelos seus vizinhos, e pela formatação atômica dos elementos envolvidos.

E veja bem, não sou eu que digo isso. É a ciência! Por exemplo, para Pitágoras, a questão nos reporta às mais primitivas constantes de nossa percepção das leis naturais. Para encontrar a resposta é claro que devemos partir de dados universais da experiência. 

Há duas experiências nas quais nosso mundo visual se baseia: a gravidade é vertical e o horizonte é ortogonal à primeira. Essa conjunção, esse cruzamento de linhas no campo visual, fixa a natureza do ângulo reto; assim, se tu girasse esse ângulo reto sensorial (o sentido de 'para baixo' e o sentido de 'para os lados' ) quatro vezes, voltaria ao cruzamento da gravidade com o horizonte. O ângulo reto é definido por essa operação em quatro estágios, e, através dela, diferenciado de qualquer outro ângulo arbitrário. 

Não somente o mundo natural de nossa percepção, mas também o mundo por nós construído, obedece a essas relações. Tem sido assim desde os tempos em que os babilônios construíram os Jardins Suspensos, e mesmo antes, no tempo da construção das pirâmides pelos egípcios. 

Em um sentido prático, essas culturas já tinham conhecimento de um arranjo quadrado de construção, no qual as relações numéricas revelavam e formavam ângulos retos. Os babilônios conheciam muitas delas, talvez centenas dessas fórmulas, por volta de 2000 a.C. Os indianos e os egípcios conheciam algumas. Parece que estes últimos quase sempre usavam o arranjo quadrado, como os lados do triângulo constituídos de três, quatro ou cinco unidades. Não foi se não por volta de 550 a.C., que Pitágoras recuperou esse conhecimento do mundo dos fatos empíricos para o universo daquilo que hoje chamaríamos, da prova. 

O ângulo reto é o elemento da simetria que divide o plano quatro vezes. Se o espaço plano apresentasse outro tipo de simetria, o teorema não seria verdadeiro; a verdade estaria em alguma outra relação entre os lados de outros triângulos particulares. E, note-se, o espaço é parte fundamental da natureza, tanto quanto o é a matéria, mesmo sendo (como o ar) invisível; nessa dimensão está a essência da geometria. A simetria não representa apenas uma sofisticação descritiva; à semelhança de outros pensamentos pitagóricos, ela busca a harmonia da natureza. 

Em 1947, Luneberg propôs uma teoria de visão que tentou relacionar o espaço físico com o espaço virtual (perceptual). Ele concluiu que o espaço virtual é não-Euclidiano, que é um espaço Riemanniano de curvatura negativa: um espaço hiperbólico. O espaço visual não tem as mesmas propriedades métricas em todas as direções. 

Esta hipótese é muito útil para entender o fato de que todas as linhas de um conjunto de linhas paralelas se parecem retas. Certamente elas não estão retas em nossas retinas, e sua curvatura na retina muda de formas complicadas enquanto nós movemos nossos olhos para esquerda/direita e para cima/baixo. Ainda assim a qualquer instante elas parecem perceptualmente retas. 

Nosso cérebro está continuamente recalculando a imagem de retina para dar uma impressão de retilineidade. Nós moramos em um mundo com muitas linhas retas e paralelas: ruas, paredes, trilhos de trem, etc. Contudo o mecanismo para lidar com o mundo visual evoluiu até sua forma presente muito tempo antes de nossos antepassados experimentarem tais regularidades geométricas. 

Claramente este processo tem importância mais fundamental à nossa visão que perceber linhas retas "corretamente." Eu não estou argumentando que a retina curvada é a razão para a anisotropia do espaço visual. Estou simplesmente notando que o cérebro tem mecanismos para lidar com a forma da retina, e dinamicamente transformar a imagem em mudança na retina (enquanto os olhos esquadrinham uma cena), para produzir uma geometria estável e razoavelmente consistente do espaço visual. 

E pra fechar de vez, a palavra de quem foi pioneiro na exploração espacial: Carl Sagan disse em seu livro “Cosmos”, “intelligent life on Earth first reveals itself through the geometrical regularity of its constructions.” ou seja, “A vida inteligente na Terra se revela primeiramente pela regularidade geométrica de suas construções". 

Isso nos diz que só o homem é capaz de construir linhas paralelas ou perpendiculares, ângulos retos, quadrados etc. A natureza não é capaz de criar estruturas assim. A natureza é em regra, fractal. Assim, encontrar estruturas como as que Sagan citou é uma grande pista deixada por qualquer tipo de civilização inteligente. 

Bom, agora que já entendemos que a Natureza não cria ângulos retos, portanto quadrados ou cubos, o que podemos dizer quando aparece um punhado deles, em uma mesma foto batida em Marte, e que está disponível no site oficial da Nasa?


Foto original:

Foto original ampliada:

Só se a natureza em Marte cursou arquitetura. Escadas em espiral(1), e note que os 3 “degraus” são separados por 2 ângulos iguais; placas perfuradas(2), fundações retangulares(3) e pilares(4). 

Estas imagens de Marte estão disponíveis por alguns fatores fundamentais. Primeiro, que se elas estão disponíveis online, no site da própria NASA, é porque elas passaram despercebidas no primeiro filtro, onde as fotos mais impactantes são retidas.


Segundo, se tomamos conhecimento delas, é porquê um bando de "conspiranoicos", que nem a gente, usa seu tempo procurando anomalias nas fotos que são publicadas pelas agências espaciais do mundo todo. Aí os caras acham estas "anomalias", compartilham na internet, aí a NASA vai lá e tira as fotos do ar. Aí depois fica o disse pelo não disse, já que não tem mais fonte oficial envolvida...


Esse site aqui é bem legal pra "explorar" Marte, e procurar anomalias. Excelente resolução e o zoom é animal: http://gigapan.com/gigapans/

Eu já vi fotos muito mais impressionantes que estas, só que estas fotos já não constam mais nos sites da NASA, aí eu nem posto porque não dá pra confirmar a fonte, mesmo eu sabendo que elas são autênticas. Agora tu pensa o seguinte, se isso é o que acaba liberado pro público, imagina tudo aquilo que não temos acesso. Se essas duas imagens que tu viu já te deixaram com a pulga atrás da orelha, pensa em tudo que pode ter lá e eles omitem da população. Então, tento postar só imagens com procedência comprovada. 

As fotos de paisagens batidas pelas sondas normalmente são panorâmicas. Por exemplo, neste link aqui tem a foto original, em altíssima resolução: 

http://photojournal.jpl.nasa.gov/jpeg/PIA16701.jpg , porém, muito provavelmente tu nem encontraria a pedra se eu não te indicasse o local exato. No próprio link tu tem a possibilidade dar um zoom na imagem. Se tu souber onde está pedra, tu já conseguirá visualizá-la perfeitamente, mas já com perda de qualidade na resolução. Por isso que as imagens que vemos são sempre "borradas", como se os pixels explodissem; porque a imagem está próxima demais. Na imagem abaixo eu montei um exemplo, pra ficar mais compreensível. A primeira imagem é a original, completa. Marquei em vermelho as áreas, para que ficassem bem evidentes as proporções e as distâncias comparativas:


Física, química, matemática, geometria. São elas que dizem que o que a natureza faz ou não, e não eu. Eu apenas transcrevi cálculos, formulas e leis, e são estas que regem nossas vidas. Apesar de eu considerar que no próprio texto existe a explicação para aquilo que alguns leitores classificam como "natural", entendo que lhes falta a compreensão mais ampla e exata do que seja "força", "trabalho", "energia", transferência", "incidência", de que como tudo isso age na formatação dos objetos, inclusive no nível atômico.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

DOSSIÊ ONU, Parte IV: UNICEF, amiga das crianças?



UNICEF, que significa Fundo Internacional de Emergência para Crianças das Nações Unidas, foi estabelecida pelas Nações Unidas em 1947, durante o rescaldo da II Guerra Mundial. Financiado por contribuições voluntárias de governos e do público, o seu objetivo inicial era fornecer alimentos de emergência, água, abrigo e cuidados médicos para crianças em todo o mundo. Esta tarefa inicialmente foi bem desempenhada, recebendo elogios e respeito internacional. Em 1950, a ONU pediu para a UNICEF para alargar as suas atividades para além de ajuda de emergência, e para se concentrar nas necessidades de longo alcance de crianças. Em 1953 o nome da organização foi mudado para o Fundo das Nações Unidas, enquanto a sigla original permaneceu.

Até meados da década de 1960 a UNICEF cumpriu sua missão e realizou um grande serviço para muitas das crianças mais necessitadas do mundo. No entanto, como o mundo e a ONU começaram a mudar, muitos programas sem escrúpulos substituíram estas obras dignas, e a missão original foi perdida em meio a eufemismos de controle populacional e "questões de saúde reprodutiva". Uma série de artigos na revista médica britânica The Lancet, sobre o número crescente de mortes infantis evitáveis ​​em todo o mundo forneceram uma indicação clara de que a UNICEF precisava redirecionar sua "ênfase sobre a sua missão tradicional de sobrevivência da criança".

A década de 1960 trouxe a esperança de um aumento da qualidade de vida para os habitantes de países do terceiro mundo. Tecnologias médicas aprimoradas e o desenvolvimento de vacinas que eliminaram, curaram ou controlaram um grande número de doenças. Melhoria dos métodos de comunicação e meios de transporte mais rápidos reduziram o número de mortes em áreas atingidas por desastres naturais. Ao mesmo tempo, houve um ressurgimento da teoria malthusiana de que o mundo estava sofrendo de superpopulação e estava rumando para a catástrofe - não haveria comida suficiente para todos.

Esta mesma década trouxe o desenvolvimento de novos métodos de controle da fertilidade - a "pílula anticoncepcional", o DIU e esterilização. E das teorias da superpopulação, veio o desenvolvimento de métodos de controle de natalidade combinados para alimentar o debate sobre o controle populacional. O crescimento da população estava sendo visto como uma das razões por que as pessoas pobres estavam se tornando ainda mais pobres. Medidas para prevenir ou interromper a gravidez passaram a ser vistas como parte de "serviços de saúde materna e infantil". 

Houve grande controvérsia na ONU, tanto que a estrutura da organização foi ameaçada. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a UNICEF estavam relutantes em participar do debate. A OMS tinha certeza sobre os efeitos da pílula na saúde, e a UNICEF não queria agir antes da OMS. A controvérsia dentro da própria UNICEF ameaçou dividir o Conselho Executivo, em 1966. Foi proposto que os fundos da UNICEF seriam gastos no fornecimento da pílula a mulheres com acesso ao planejamento familiar nos países em que o governo exigisse isso, mas que a UNICEF não ofereceria qualquer conselho nem forneceria suprimentos ou equipamentos para sua prescrição. Os opositores argumentaram que "seria errado a UNICEF se afastar do seu mandato original de salvar as crianças, a fim de se envolver em atividades para impedi-las de nascerem". A proposta foi retirada e a questão não foi retomada por um ano.

Em junho de 1967, o Comité Misto da UNICEF-OMS sobre Política de Saúde reavivou o debate usando um argumento já conhecido. A comissão apresentou um relatório ao Conselho, sugerindo que os programas de planejamento familiar apoiados pela UNICEF deveriam ser parte de uma ampla gama de serviços de saúde para as mães e seus filhos. Afinal, segundo seus argumentos, o espaçamento dos nascimentos seria um serviço de saúde que beneficiaria a mãe e a criança. O relatório foi aceito. Apesar do fato de que os termos utilizados foram compreendidos para excluir especificamente contraceptivos, as palavras "planejamento familiar" foram permanentemente unidas ao nome da UNICEF.

Uma boa parte da controvérsia em torno da UNICEF vem principal e diretamente desta política de abastecimento e distribuição de contraceptivos. Muitos contraceptivos são, na realidade, abortivos. Um dos efeitos destes contraceptivos é evitar que o óvulo fertilizado evolua, uma nova vida humana, desde a implantação no útero da mãe, portanto, destruindo-o. Os chamados "contraceptivos" que a UNICEF fornecia foram realmente causadores de abortos precoces.

O registro público prova muito para aqueles dispostos a olhar e aprender. Os procedimentos e finanças da UNICEF, e outras organizações das Nações Unidas e grupos pró-aborto como IPPF, são uma questão de registro público. Ao longo da década de 1970, o Programa de Informação emitiu diversos relatórios. Estes relatórios foram estudos científicos aprofundados sobre os mais recentes métodos de controle da natalidade e guias para os governos que buscavam informações para programas de controle da população. O Programa de Informação da População foi de responsabilidade da Universidade George Washington Medical Center, em Washington, DC, até 01 de julho de 1978 e, em seguida, da John Hopkins University, em Baltimore, Maryland. Estes relatórios delinearam claramente o envolvimento da UNICEF com o controle da população durante todo esse tempo. A UNICEF foi citada como uma organização que assistia no seguinte:

*Abril de 1974- "Sobre Anticoncepcionais Orais" - UNICEF forneceu tabelas e matérias-primas equivalentes a mais de cinco milhões de ciclos.

*Março de 1977- "Guia de Fontes de Planejamento Familiar - UNICEF citada como uma fonte de assistência aos contraceptivos orais, DIU, de preservativos, diafragmas e espermicidas injetáveis.

*Setembro de 1977 - "Guia para seleção de equipamentos para procedimentos de esterilização" - UNICEF citada como uma fonte de kits de assistência e de instrumentos e equipamentos para esterilização por mini-laparotomia e por colpotomia. Equipamentos de esterilização podiam ser obtidos através de uma variedade de agências nacionais e internacionais de doadores ... agências das Nações Unidas (ONU) - das Nações Unidas para Crianças (UNICEF) ... Dos cinco kits relacionados, dois foram desenvolvidos pela UNICEF.

*Janeiro de 1979 - dentro do sistema das Nações Unidas, cerca de 80% dos contraceptivos orais financiados pelo UNFPA eram comprados pela UNICEF, os 20% restantes pela OMS.

*Maio de 1979- O UNFPA também estava financiando a compra de um número crescente de DIU de programas para o desenvolvimento do país, com a aquisição real realizada pelo UNICEF (cerca de 97 por cento) e da OMS (cerca de três por cento).

*1985: UNICEF recebeu $ 700 mil do Banco Mundial para um projeto de controle da população no Quênia, que incluiu instalações de esterilização em hospitais distritais e clínicas de planejamento familiar.

*1987 - 1988: UNICEF colaborou em um projeto para organizar, expandir e melhorar a qualidade da esterilização em unidades móveis em diversos países. Além disso, a UNICEF orçou quase $ 800 mil para a compra de contraceptivos e programas nacionais de espaçamento de nascimentos na Jamaica e Tanzânia. 

Em 1987, uma Conferência Internacional sobre a melhor saúde para mulheres e crianças através de Planejamento Familiar foi realizada em Nairobi, no Quênia, sob o patrocínio da UNICEF e seis outras organizações - UNFPA, Banco Mundial, a OMS, a IPPF, o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas e o Conselho da População. Esta conferência foi significativa por duas razões: ela deixou claro que a UNICEF de 1987 era muito diferente da UNICEF de 1967 e, no alinhamento com as principais organizações pró-aborto do mundo, a UNICEF endossou oficialmente o aborto nos registros.

Em 1967, a UNICEF rejeitou categoricamente qualquer ligação com contraceptivos. Em 1987, se juntou a seus colaboradores em endossar uma resolução de ação que não incluía apenas a pesquisa, desenvolvimento, distribuição e prática de métodos contraceptivos, mas pressionando para o aborto - independentemente do seu estatuto jurídico -, bem como uma maior colaboração com as agências cujas agendas incluíam métodos contraceptivos, esterilizações e aborto - muitas vezes sob coerção política. Uma das recomendações da Conferência era que "..., bons serviços de aborto legal, de qualidade, deveriam estar facilmente acessíveis a todas as mulheres."

*Em 1988, a UNICEF publicou "Facts of Life", um livreto para promover o controle da natalidade e da utilização de vários métodos anticoncepcionais. O folheto não continha nenhuma menção de abstinência ou planejamento familiar natural e não mencionou a natureza abortiva da contracepção.

*1988 - 1989: UNICEF recebeu $ 5,4 milhões para serviços de planejamento familiar e programas de controle populacional. UNICEF também foi nomeada como a agência para fornecer suprimentos contraceptivos em Cabo Verde e Suécia.

*1990: UNICEF contribuiu com US $ 1,3 milhões para ajudar na serviços de contracepção cirúrgica em Malawi e US $ 1,8 milhões para projetos de planejamento familiar em Burundi.

Na abertura da reunião do Conselho Executivo da UNICEF em Nova Iorque, em 16 de abril de 1990, um certo número de Estados membros propôs uma campanha mais ativa para apoiar o aborto. Alguns países europeus chegaram mesmo a propor que a UNICEF deveria tornar-se defensora do aborto nos países em que era ilegal. Arcebispo Renato Martin, Observador Permanente da Santa Sé na ONU, e sua equipe, reagiram rapidamente com a elaboração de uma carta ao Vaticano naquela mesma noite. No dia seguinte, Martino dirigiu-se ao Conselho: "a Santa Sé vê com grande alarme algumas propostas repetidas que esta agência da ONU, estabelecida para o bem estar das crianças. tornam-se envolvido na destruição da vida humana existente, até mesmo ao ponto de sugerir que UNICEF deva tornar-se um defensor para o aborto em países cuja legislação soberana não permite isso. A Santa Sé opõe-se firmemente a tais propostas não só por razões morais, mas também porque traria um desvio totalmente inaceitável do propósito declarado da UNICEF em favor das crianças " . O Vaticano acabou retirando sua contribuição anual para a UNICEF em 1996. O roto falando do esfarrapado.

Em seu início, a Declaração das Nações Unidas dos Direitos da Criança alardeava, em parte: "Considerando que a criança, em decorrência de sua imaturidade física e mental, necessita de proteção e cuidados especiais, incluindo proteção legal, tanto antes como depois do nascimento..." . Em 1991, a Declaração foi revista para oferecer a proteção do estado de uma criança somente após o nascimento. Ela permanece assim até os dias de hoje.

*1995: A Liga Católica das Filipinas Feminina ganhou uma ordem de restrição contra um programa anti-tétano de dois anos de duração, contra a OMS e a UNICEF. Dois laboratórios tinham encontrado hormônio utilizado nos exames "B-hCG", possível agente de esterilização, na vacina. O programa Filipino já tinha "vacinado" 3,4 milhões de pessoas - todas as mulheres, principalmente entre as idades de doze e 45. A vacina contaminada pelo hormônio também foi descoberta no México, Nicarágua, Tanzânia, Índia e Nigéria. O hormônio utilizado fora do contexto do exame "Beta HCG" causa não só esterilizações, mas também doenças auto-imunes incuráveis, abortos e defeitos de nascimento. 

*1997: UNICEF publicou, em 107 páginas, "O Estado das Crianças do Mundo", onde elogiou a China pela mudança de legislação sobre os direitos da criança. Estes "direitos" supostamente garantiriam aos cidadãos chineses o "direito e a obrigação de receber educação". Não consta no relatório, porém, menção alguma da UNICEF sobre a considerável atenção internacional que os abusos desmedidos dos direitos humanos recebeu apenas um ano antes: o trabalho forçado infantil, sweatshops chinesas (onde as crianças trabalhavam por menos de um dólar por mês), abortos forçados e venda de crianças em orfanatos do governo chinês. 

*Julho de 1998 - as Nações Unidas estabeleceram oficialmente uma nova aliança de três agências das Nações Unidas - UNICEF social, a OMS e UNFPA - a ser conhecido como o Comitê Coordenador de Saúde (CCH). As agências que compõem o CCH deveriam tornarem-se "parceiros plenos juntos", mas a sua aliança tinha pouco a ver com a saúde. Uma vez que os membros do CCH foram parceiros de pleno direito, cada um poderia usar o financiamento do outro com impunidade. A agenda incluiu fácil acesso a várias pílulas anticoncepcionais e dispositivos, aborto e equipamentos de esterilização. 

*Outubro de 2000 - UNICEF projeta e assiste os Ministérios da Saúde e da Educação de El Salvador na distribuição de um livro de 170 páginas sobre educação sexual, para ser usado na formação de adolescentes, incluindo a contracepção, homossexualidade, bissexualidade, masturbação e aborto. 

*Dezembro de 2000: O Wall Street Journal revelou a missão da UNICEF para desencorajar mães soro-positivas de mudar para a fórmula infantil. Pelas estatísticas da própria ONU, estima-se que 3,4 milhões de crianças tinham contraído AIDS de suas mães, que vieram a óbito. Entre 1,1 e 1,7 milhões dessas crianças, principalmente na África, acredita-se que foram infectadas com o vírus durante a amamentação. No entanto, enquanto a Nestlé e a Wyeth, os principais fabricantes de fórmulas infantis nos Estados Unidos, estavam prontos e dispostos a fornecer a fórmula gratuitamente, a UNICEF se recusou terminantemente a apoiar as suas ofertas, encorajando a amamentação de mães doentes a bebês que não haviam sido infectados pelo vírus da AIDS durante a gestação. 

*Julho de 2002 - Outro livro de educação sexual financiado pela UNICEF foi distribuído aos países latino-americanos. O livro incentivava as crianças a se envolverem em atividades sexuais com outros menores, com homossexuais e com animais. O livro em espanhol, intitulado "Elementos teóricos para trabalhar com mães e adolescentes grávidas" incluía uma dica, também produzido pela UNICEF, que sugeria que sexo lésbico era uma alternativa aceitável para as meninas. 

*Junho 2003 - Um funcionário de alto escalão da UNICEF pediu a legalização da prostituição e que a organização UNICEF disponibilizasse preservativos para "todos, em toda parte e em todos os momentos" . Urban Jonsson, Diretor Regional da África do Sul, da UNICEF, instou a que UNICEF tomasse medidas para "descriminalizar o trabalho do sexo e facilitar a organização de trabalhadores do sexo [uma vez que] quando os trabalhadores do sexo são organizados, eles estão em uma posição mais forte para negociar sexo mais seguro com seus clientes". O Sr. Jonsson também afirmou: "A abstinência não é simplesmente uma opção realista para a maioria dos jovens de hoje". 

*Março 2004: A campanha da UNICEF para vacinar jovens da Nigéria contra a poliomielite foi desmascarada, uma fachada para esterilizar a nação. Dr. Haruna Kaita, um cientista farmacêutico e decano da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Universidade Ahmadu Bello em Zaria, recolheu amostras da vacina e enviou para laboratórios na Índia para análise, em que foram encontradas evidências de contaminação grave. As vacinas continham substâncias tóxicas que têm efeitos diretos sobre o sistema reprodutivo humano. 

UNICEF promove-se e levanta fundos usando o Dia das Bruxas, então as crianças carregam suas caixas de doação de porta-a-porta, EUA afora. Também é financiada em grande parte pelos compradores de cartões de Natal da UNICEF, no mundo todo. Aqui mesmo no Brasil, contamos com a "socialmente engajada" Rede Globo e o famigerado "Criança Esperança". Enquanto as contribuições podem ajudar a fornecer alimentos, roupas, medicamentos ou educação, as chances são muito maiores de que estes fundos se transformem em várias formas de controle de natalidade, aborto e esterilização.

A Convenção sobre os Direitos da Criança afirma que:

*(artigo 6) - "toda criança tem o direito inerente à vida" e que as partes responsáveis pela Convenção "devem garantir ao máximo a sobrevivência e o desenvolvimento da criança";

*(artigo 18) - estabelece que "A fim de garantir e promover os direitos enunciados na presente Convenção, os Estados Participantes prestarão assistência adequada aos pais e representantes legais no exercício das suas responsabilidades na criação dos filhos, e devem garantir o desenvolvimento de instituições, instalações e serviços para o cuidado das crianças";

*(artigo 24) - estabelece que: "Os Estados Participantes reconhecem o direito da criança de gozar do melhor padrão possível de saúde e dos serviços destinados ao tratamento das doenças e à recuperação da saúde. Os Estados Participantes devem esforçar-se para garantir que nenhuma criança seja privada do seu direito de acesso a tais serviços de saúde". 

Seria a UNICEF mais uma vítima da omissão política da ONU, que parece incapaz de fazer aquilo que seria sua principal função? Afinal, se a ONU não consegue salvar da morte diária, mais de 16.000 crianças, em decorrência de inanição causada em grande parte por conflitos armados pelo mundo todo, não é estranho que a UNICEF invista tanto em controle de natalidade? E que por coincidência ou azar, as vacinas que deveriam proteger as gestantes, acabam por estarem contaminadas justamente com substâncias nocivas ao desenvolvimento do feto? 

É, a ONU é muito azarada, mesmo...

terça-feira, 29 de setembro de 2015

DOSSIÊ ONU, Parte III: O Codex Alimentarius, envenenamento massivo.



Em 01 de janeiro de 2010, entrou em vigor o polêmico Codex Alimentarius (Código Alimentar, em latim). Mas você provavelmente não sabe o que é isso, e é exatamente o que eles querem. Como os meios de comunicação também são controlados pelas mesmas pessoas que planejaram a implementação do Codex, as informações chegaram ao público distorcidas e levando a população a acreditar que se tratava de uma iniciativa benéfica.

A existência do Codex Alimentarius como um órgão de decisão política tem raízes que remontam há mais de cem anos. O próprio nome, Codex Alimentarius, é latim para "código alimentar", e descendente direto do Codex Alimentarius Austriacus, um conjunto de normas e descrições de uma variedade de alimentos no Império Austro-Húngaro entre 1897 e 1911. Este conjunto de normas foi ideia tanto da indústria alimentar, quanto dos meios acadêmicos, e foi usado pelos tribunais, a fim de determinar a identidade de alimentos de uma forma legal.

Mesmo já em 1897, as nações estavam sendo empurradas em direção a harmonização das legislações nacionais em um conjunto internacional de normas que reduziriam os "obstáculos ao comércio", criado pelas diferenças entre as legislações nacionais. Como o Codex Alimentarius Austriacus ganhou força na sua área localizada, a idéia de ter um conjunto único de normas para toda a Europa começou a ganhar força também. A partir de 1954-1958, a Áustria prosseguiu com êxito na criação do Codex Alimentarius Europaeus (o Codex Alimentarius Europeia). 

Quase imediatamente a ONU, através da FAO (Food and Agricultural Organization), entrou em ação quando a Conferência Regional da FAO para a Europa expressou o desejo de um conjunto internacional global de padrões para alimentos. A Conferência Regional da FAO, em seguida, enviou uma proposta até a cadeia de comando para a própria ONU com a sugestão de criar um programa conjunto da FAO / OMS sobre normas alimentares.

Embora criado sob os auspícios da FAO e da OMS, há alguma controvérsia a respeito de indivíduos que podem ou não ter participado na criação do Codex. Muitas organizações anti-Codex afirmaram que os criminosos de guerra nazistas, Fritz Ter Meer e Hermann Schmitz, em particular, foram principais arquitetos da organização. Já que muitas dessas alegações são feitas com apenas uma evidência indireta, ou nenhuma evidência documental oficial, pode-se sentir-se tentado a desconsiderá-las à primeira vista.

As acusações giram em torno do conglomerado "criminoso de guerra" IG Farben, composto de várias empresas químicas alemãs, incluindo BASF, Bayer, Hoechst e AGFA, todas fundidas numa só corporação. A Farben foi o braço industrial do Terceiro Reich, fornecendo explosivos, gasolina sintética, e o gás Zyklon-B, usado nas câmaras de gás. Além disso, efetuava experiências com prisioneiros dos campos de concentração, tendo a Farben inclusive sendo obrigada a vultuosas indenizações para vítimas de guerra.

No entanto, o Codex não faz nada para dissipar tais alegações, além de simplesmente negá-las, e as conexões não são de todo implausíveis. O Codex é muito reservado sobre as suas origens, como fica evidenciado em seu site, onde só afirma que foi criado a pedido da FAO e da OMS. É altamente improvável que uma organização de tal porte e relevância fosse criada sem a assistência, e até mesmo o financiamento de corporações internacionais de propriedade privada. Ainda mais por se tratar da ONU, e tudo que ela verdadeiramente representa.

A partir do site oficial do Codex, a finalidade altruísta desta comissão é de "proteger a saúde dos consumidores e assegurar práticas comerciais justas no comércio de alimentos e promover a coordenação de todas as normas alimentares do trabalho desenvolvido por organizações internacionais e não governamentais, como ONGs. O Codex é uma "joint venture" regulada pela Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS). Sob o comando da grande indústria, o único propósito do Codex é aumentar os lucros para os gigantes corporativos globais, enquanto controla o mundo através de alimentos. O entendimento implícito de sua filosofia é que se você controlar o alimento, você controla o mundo.

As normas do Codex são uma completa afronta à liberdade de alimentos limpos e saudáveis, mas estes regulamentos não têm legitimidade internacional legal. Por que devemos nos preocupar? Estes futuras normas obrigatórias serão aplicadas a todos os países que são membros da OMC (Organização Mundial do Comércio). Se os países não seguirem esses padrões, então sofrerão sansões até que se adequem. 

Os Estados Unidos, o Canadá, os europeus, o Japão, a maior parte da Ásia e da América do Sul já assinaram acordos comprometendo-se a harmonização total de suas leis, incluindo leis de alimentos e medicamentos respeitando estas normas internacionais, se não agora, no futuro.

Para se ter uma ideia, aqui estão alguns pontos importantes:
*Os suplementos dietéticos não poderiam ser vendidos para o tratamento preventivo (profilático) ou uso terapêutico. 

*Vitaminas seriam limitadas à dosagens extremamente baixas. Apenas as empresas farmacêuticas e as grandes empresas fitofarmacêuticos teriam o direito de produzir e vender os produtos vitamínicos, a preços inflacionados.

*Alimentos comuns, como alho e hortelã-pimenta seriam classificados como drogas ou uma terceira categoria (nem comida, nem medicamentos), que só as grandes empresas farmacêuticas poderiam regular e vender. Qualquer alimento com qualquer efeito terapêutico pode ser considerado como um fármaco, mesmo substâncias benignas, como a água de todos os dias.

*Normas do Codex para suplementos dietéticos se tornariam obrigatórias (cláusulas de salvaguarda seriam eliminadas). 

*Todos os novos suplementos dietéticos seriam proibidos, a menos que eles passam por testes e aprovação do Codex. 

*Alimentos geneticamente alterados seriam vendidos em todo o mundo, sem rotulagem.

O grande lance do Codex Alimentarius é mudar todos os remédios na categoria de prescrição para que eles possam ser controlados exclusivamente pelo monopólio médico e seus patrões, as grandes empresas farmacêuticas. Os objetivos da indústria química é que todos os animais sejam tratados com antibióticos e hormônios; a maior companhia de sementes do mundo (Monsanto) está trabalhando em direção a 100% de culturas geneticamente modificadas; a meta da indústria nuclear é a da irradiação de alimentos, incluindo todas as plantas e animais; o objetivo de todos os setores: extinguir alimentos verdadeiramente orgânicos, ou, pelo menos, torná-los extremamente difíceis de se obter.

As normas desse perigoso organismo, o Codex, abrangem ainda aspectos de higiene e propriedades nutricionais dos alimentos, código de prática e normas de aditivos alimentares, pesticidas e resíduos de medicamentos veterinários, substâncias contaminantes, rotulagem, classificação, métodos de amostragem e análise de riscos. Estas normatizações abrangem todos os tipos de alimentos, dos crus aos processados, sendo quase que humanamente impossível tomar conhecimento de todas as medidas que foram criadas. Algumas centenas de diretrizes (mais de 400) aparecem no site da Agência, não disponível em português; toda informação oficial que se pode acessar está disponível nos sites das Agências e Ministérios governamentais, apesar de estar suprimida e bastante desatualizada e fragmentada.

Cerca de 300 aditivos alimentares perigosos que são principalmente sintéticos são permitidos ao abrigo do Codex, incluindo o aspartame, BHA, BHT, de bromato de potássio, tartrazina, e muito mais. O Codex estabelece limites para os produtos químicos industriais perigosos que podem ser utilizados em alimentos, mas eles são incrivelmente altos, e a lista dos produtos químicos que podem ser utilizados é longa, sendo que nenhuma consideração foi dada aos potenciais riscos associados à exposição prolongada a estas misturas de aditivos.

Pesquisas comprovam que, em 2020, 75% das mortes no mundo serão causadas por doenças crônicas como diabetes, câncer e complicações cardíacas. Estes dados estão no estudo “Diet, Nutrition and the Prevention of Chronic Diseases” (Dieta, Nutrição e Prevenção de Doenças Crônicas), da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização para Agricultura e Alimentação (FAO),e são as mesmas que constituem as normativas do Codex! Paradoxo? Contra-senso? Sim, de fato. A comida, sobretudo a industrializada, tem sido apontada como uma das principais causas dessas enfermidades, e está se espalhando pelo mundo todo. Praticamente todas as semanas é divulgado um novo estudo ligando o consumo de carne vermelha a algum tipo de câncer. O maior deles, que investigou os hábitos alimentares de 500 mil pessoas na Europa durante cinco anos e foi divulgado no ano passado, mostrou que pessoas que comem carne vermelha e seus derivados têm mais chances de desenvolver câncer de intestino.

Em algumas lavouras, o uso de agrotóxicos é assustador: na cultura do tomate, a média é de 40 quilos por hectare em cada safra. Muitos destes agrotóxicos são comprovadamente cancerígenos e podem causar problemas de fertilidade em homens e mulheres. Além disso, quando mal utilizados, podem provocar três tipos de intoxicação: aguda, subaguda e crônica. Esta última, a mais letal delas, pode levar a paralisias e doenças severas, como o câncer. 

Transgênicos são produtos criados pela engenharia genética a partir da introdução de genes de determinados organismos (animais ou vegetais) em outros seres vivos que jamais se cruzariam naturalmente. Essa nova tecnologia permite, por exemplo, introduzir um gene humano num porco, ou um gene de rato, de peixe, de bactéria ou de vírus em espécies de arroz, soja, milho, tomate, batata ou qualquer outro vegetal. As empresas que mais têm investido na produção de transgênicos são as multinacionais que atuam na produção de insumos para agricultura, produzindo sementes e agrotóxicos.

Quando se insere um gene de um organismo em outro, novos compostos podem ser formados, alterando principalmente proteínas e aminoácidos do organismo que recebeu o gene. Se esse produto, um transgênico, for alimento, as substâncias modificadas nele contidas podem provocar alergias em parcelas significativas da população. Para se certificar de que a modificação genética deu certo, são inseridos nos transgênicos os chamados genes marcadores de bactérias resistentes a antibióticos.Com isso, pode ocorrer o aumento da resistência a antibióticos nas pessoas que consumirem esses alimentos, ou seja, em casos da necessidade do uso de antibióticos, pode ocorrer a redução ou anulação da eficácia desses medicamentos, o que é um sério risco para a Saúde Pública.

Existem plantas e micro-organismos que produzem substâncias tóxicas para se defender de seus inimigos naturais, como os insetos, por exemplo. Se genes desses organismos forem introduzidos em alimentos transgênicos, o nível dessas toxinas aumenta muito, o que irá causar danos à saúde das pessoas que consumirem esses produtos. Até o momento, são poucos os estudos sobre a avaliação da toxicidade dessas substâncias introduzidas intencionalmente nas plantas. Tais substâncias estão entrando na composição dos nossos alimentos sem qualquer estudo prévio que garanta a segurança como é obrigatório(?) para outros aditivos tais como corantes, acidulantes, aromatizantes, etc.

Os perigos que os transgênicos podem oferecer ao meio ambiente são muitos e não foram suficientemente avaliados.Com a inserção de genes de resistência aos agrotóxicos em certos produtos transgênicos, as pragas e plantas invasoras poderão adquirir a mesma resistência, o que vai exigir a utilização de quantidades cada vez maiores de agrotóxicos nas plantações, contaminando os alimentos, a água e o solo. Através da polinização, vários dos genes introduzidos nas plantas podem ser introduzidos em plantas nativas ou outras plantas cultivadas não transgênicas, havendo o risco de causar a extinção de espécies e modificações nos ecossistemas. 

A introdução de genes para produção de substâncias tóxicas nas plantas, com o intuito de controlar as pragas, pode levar à extinção de espécies do mundo animal. Tal fato ocorreu com o milho, nos EUA, que praticamente extinguiu a espécie de borboleta monarca, que não é praga do milho, mas sim um agente polinizador. Para concluir, deve-­se ressaltar que não há estudos suficientes sobre os riscos que os transgênicos oferecem ao meio ambiente. Em várias partes do mundo, pesquisadores alertam para o perigo que representa a introdução de uma espécie transgênica, pois o gene modificado pode se propagar sem controle, trazendo alterações imprevisíveis em um ecossistema.

Você não acha um tanto estranho que enquanto a ONU nos diz que tudo que deseja é uma saúde perfeita para todos nós, ao mesmo tempo permita e incentive a utilização de substâncias sabidamente nocivas ao organismo humano? Você acha que é apenas um engano? Que a ONU e todas as suas representações se equivocaram, acidentalmente, com o Codex Alimentarius? Será tão difícil perceber e crer que estamos sendo mantidos doentes para que corporações farmacêuticas, sob comando de bancos internacionais, lucrem com nosso tratamento? Nós somos gado, camarada...

Fontes:

Manoel Eduardo Tavares Ferreira – Engenheiro Agrônomo e Presidente da Associação Cultural e Ecológica Pau Brasil.

Transgênicos-recursos genéticos e segurança alimentar, John Wilkinson.

Secret Codex Alimentarius, Terry L. Cook.

O uso de agrotóxicos no Brasil, José Prado Alves Filho.

Fast Food Nation, Eric Shlossler.

Fast Food and Junk Food, Andrew Smith.

http://www.iahf.com/

http://www.healthfreedomusa.org/

http://www4.dr-rath-foundation.org/PHARMACEUTICAL_BUSINESS/health_movement_against_codex/index.htm#top

DOSSIÊ ONU, Parte II: A ONU e as ditaduras.



A ONU poderia e deveria ser uma força poderosa para o bem - um lugar onde os países democráticos podem trabalhar juntos para falar em nome da consciência da humanidade. Muitas vezes, no entanto, as pessoas tentaram apoiar suas crenças idealistas, recusando-se a reconhecer a verdade sobre a ONU - ao defender a ONU como desejaríamos que fosse, e não a ONU como na verdade é: corrupta, sistematicamente tendenciosa contra a democracia, e muitas vezes ativamente perigosa para a paz mundial.

Sob os auspícios do Conselho de Segurança das Nações Unidas, com o presidente Obama presidindo a sessão do Conselho, os Estados Unidos instam a comunidade internacional a adotar medidas fortes, a nível nacional e internacional, para reduzir o recrutamento de combatentes do Estado islâmico. O que não é mencionado nos relatos da imprensa é que os chefes de Estado e chefes de governo que endossaram a "campanha" dos EUA contra o Estado Islâmico, aconselhados pelos seus respectivos serviços secretos, estão plenamente conscientes de que a inteligência dos EUA é o arquiteto tácito do Estado Islâmico, que faz parte de uma vasta rede dos EUA, que apoiam entidades terroristas "jihadistas". Países ou são coagidos a apoiar a resolução patrocinada pelos EUA, ou são considerados cúmplices na agenda contra o terror norte-americana.

Para que não esqueçamos, a Arábia Saudita e o Catar têm financiado e treinado os terroristas do ISIS em nome dos Estados Unidos. Israel está abrigando o Estado Islâmico nas Colinas de Golã, a OTAN em ligação com o alto comando turco, desde Março 2011, esteve envolvida na coordenação do recrutamento de combatentes jihadistas enviados para a Síria. Além disso, as brigadas na Síria e Iraque são integradas por forças especiais ocidentais e conselheiros militares.

Tudo isso é conhecido e documentado, e ainda nem um único chefe de Estado ou chefe de governo teve a coragem de apontar para o absurdo de os EUA patrocinarem a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, aprovada por unanimidade! O que estamos testemunhando é um empreendimento criminoso sob os auspícios da ONU.

Enquanto a diplomacia internacional é muitas vezes baseada em engôdos, as mentiras da política externa dos Estados Unidos estão cada vez mais difíceis de se crer. O que estamos testemunhando é um colapso total da prática diplomática estabelecida. A "Verdade Proibida" é que o Estado Islâmico é um instrumento de Washington, um "ativo de inteligência" dos EUA. ISIS não é uma entidade independente, nem é um "inimigo externo" que ameaça a segurança global, como veiculada pelos meios de comunicação ocidentais. Enquanto todo mundo sabe disso, a grande mentira prevalece. A mentira se torna verdade.

Para afirmar que a ONU se corrompeu, e a seus próprios ideais, basta que se verifique que a maioria dos membros participantes da organização é representada por governos que não seriam taxados de democráticos, usando a cartilha da própria ONU. Dos mais de 190 países que integram as Nações Unidas, apenas cerca de 40%(85 países) podem ser descritas como sociedades democráticas que gozam de direitos políticos e liberdades civis. O restante é controlado por ditadores ou governos de partido único. 

Em 48 das nações, os ditadores empunham uma mão de ferro. Cerca de 35% da população do mundo é subjugada por esses governos totalitários. Cinquenta e nove outros países são controlados pelos governos de partido único em que instituições como o Judiciário e a imprensa não estão livres de influência ou controle direto do governo. Então eu pergunto se uma instituição como a Organização das Nações Unidas, em que ditaduras superam as democracias, devem ser encarado como um exemplo moral.

Mas sejamos mais pragmáticos, e menos rancorosos. Vejamos os resultados das ações da ONU no "combate às ditaduras e o terrorismo":

De acordo com o próprio Wiston Churchill, portador de grandes e vertiginosos sonhos para a ONU, a entidade foi irresponsável na Revolução Húngara, de 1956;

Vamos passar voando pela inanição da ONU durante a Guerra Fria, onde foi engessada pelos próprios mecanismos que desenvolveu, e ir direto para um período que as pessoas ainda guardam na memória. A ONU serviu como base de debate na crise do Iraque? Não. Os EUA, a Inglaterra, e um punhado de países membros da OTAN simplesmente decidiram contornar a ONU, evitando uma votação no Conselho de Segurança, e invadindo o Iraque, sem dar a mínima para a "autoridade" das Nações Unidas!

A ONU impediu a guerra na Somália? Não. E ainda por cima, teve que ver os americanos cometerem uma missão quase suicida, e que terminou mal. Mas que poderia ter sido muito, mas muito pior!

A ONU impediu a guerra na Líbia? Não. Ainda teve que ver o Novo Eixo (EUA, França, Inglaterra) fornecer apoio a grupos terroristas que haviam sido proscritos nas listas da ONU. Tudo que fez foi permitir que a Al-Qaeda proliferasse no Oriente Médio, quando antes eram detidos por Saddam e Kadhafi. Que foram retirados do poder por seus governos repentinamente despóticos, mesmo que tendo sido implementados e financiados pelos mesmos que depois os derrubariam.

O que a ONU fez para deter o conflito nos Balcãs, com o Ocidente a atiçar o ódio entre croatas, bósnios, sérvios, macedônios? Ou para deter o movimento terrorista albanês Exército de Libertação do Kosovo, enquanto este causava agitação e ataques contra civis no Kosovo?

O que a ONU fez para impedir o derramamento de sangue na Síria, onde mais uma vez o Novo Eixo está ao lado dos terroristas, tornando o conflito ainda mais sangrento, enquanto o governo sírio recorre para a Rússia? Nada. Pois novamente está engessada em suas próprias estruturas mecânicas. 

Em contrapartida, o que a ONU faz a respeito da Ucrânia? Faz vista grossa para os avanços de Putin, enquanto americanos e sionistas financiam e treinam neo-nazistas com desejos ultranacionalistas perigosíssimos!

A lista segue, quase ad infinitum! China e Tibete. Israel e Palestina. Índia e Paquistão. Coreias. Egito. Irã. África, em geral, com toda as suas guerras travadas em razão da extração mineral, com revoluções fomentadas pelas corporações do ramo das telecomunicações. A ONU, como bom instrumento que agora é, vive da guerra. Pois até mesmo seus melhores resultados são obtidos justamente do extrato do conflito: a ONU faz um excelente trabalho humanitário, limpando a bagunça que não conseguiu impedir. Mas lembremos de que se ONU tivesse feito seu trabalho corretamente da primeira vez, não precisaríamos elogiar seus reparos.

O bom trabalho segue no setor da violência contra a mulher, e aos direitos das mulheres. A UNESCO realmente protege o patrimônio mundial, e a ACNUR faz o que pode, do jeito que é possível. A Organização Mundial da Saúde é útil como centro de pesquisas e razoavelmente boa na distribuição de medicamentos e mosquiteiros; mas como um organismo de prevenção à doenças é tão risível quanto o seu braço gestor de crises. Gripe Suína e Ebola nos mostraram que a ONU não é nada sem o apoio de pequenas ONGs, estas sim estabelecidas entre as populações, e que efetivamente obtém resultados positivos, com planejamentos de longo prazo.

Agora, se este é o resultado depois de quase 70 anos de investimentos, acho que é natural que a gente conclua que a ONU é uma organização humanitária útil, mas efetivamente inútil ao fazer o trabalho para o qual foi criada em primeiro lugar. Sejamos honestos, se qualquer gestor de empresas tivesse gasto bilhões e bilhões de dólares, durante quase 70 anos, e apresentasse os mesmos tipos de resultados ineficazes que a ONU nos apresenta, seria no mínimo demitido, pra não dizer preso, assim que a empresa falisse!

Aí eu pergunto, mera incompetência, ou ineficiência programada? Afinal, após verificarmos historicamente tudo o que foi aqui descrito, fica complicado não pensar que a ONU não comete erros, muito pelo contrário; o mundo está como deveria estar, de acordo com quem nos governa. E sempre com o apoio das "Nações Unidas"...

DOSSIÊ ONU, Parte I: Liga das Nações e Origem da ONU.




A ONU teve uma mãe. Ela foi a Liga das Nações. A Liga das Nações surgiu após o fim da Primeira Guerra Mundial. Sua tarefa mais importante era simples: garantir que uma guerra mundial nunca mais ocorresse. Acontece que isso nunca daria certo, bastaria um estudo mais aprofundado nas suas estruturas e mecanismos de manutenção, para se perceber que não teria como funcionar da forma que se esperava. Todos queriam a Liga, mas ninguém queria ser responsável por ela. Uma a uma, possíveis lideranças foram se retirando, ou sendo retiradas, da lista para liderar o novo orgão de ação global.

Woodrow Wilson, presidente americano na época, foi um dos maiores incentivadores. Mas quando a Liga finalmente começou a tomar corpo, os americanos não quiseram participar. Em parte pelo isolacionismo adotado pelos EUA, mas o real motivo era que os americanos não estavam dispostos a viajar meio mundo para resolver querelas europeias. Naquela época, as guerras ainda não eram tão lucrativas, assim como a reconstrução dos países envolvidos, vencedores ou não. 

A Rússia, em razão da Revolução Comunista, foi deixada de fora. Não que os russos quisessem fazer parte; afinal, fazer revolução demanda tempo e muita munição. Estavam demasiadamente ocupados com os expurgos, não teriam tempo para brincar de teatro com seus vizinhos, dos quais nem mesmo gostavam.

Inglaterra e França ainda precisariam saquear e delapidar a Alemanha, antes de poderem investir tempo e dinheiro em tal projeto. Até porquê, sempre se poderia contar com o apoio heroico dos yankees. Ingleses e franceses fizeram o seu melhor: procrastinaram.

Assim sendo, as nações mais poderosas do mundo pouco ou nada se envolveram na criação dos alicerces da Liga das Nações. A incumbência caiu no colo da Suíça, que segundo a lógica dos envolvidos, era o país perfeito por já ter abrigado a Cruz Vermelha, e por ser um país "neutro".

O conceito principal da Liga era o de evitar a guerra através de meios pacíficos. Vou citar aqui, rapidamente, seus sucessos e fracassos.

Sucessos:
As Ilhas Aaland (1921), Alta Silésia (1921), Memel (1923), Turquia (1923), Grécia e Bulgária (1925).

Fracassos: Itália (1919), Teschen (1919), Vilna (1920), A guerra entre a Rússia e a Polônia (1920-1921), A invasão do Ruhr (1923), Itália e Albânia (1923), Crise na Machúria (1930).

O governo chinês pediu ajuda da Liga das Nações após a invasão da Manchúria pelo Japão em 1931, mas esta não conseguiu evitar o conflito sino-japonês que se seguiu. Nenhuma das outras grandes potências na Liga foi capaz de tomar uma posição firme contra o Japão. No início de 1932, o governo japonês tinha criado o estado fantoche de Manchukuo na Manchúria. Não foi até fevereiro de 1933 que a Liga finalmente discutiu e aprovou o relatório da Comissão Lytton. Embora o relatório fosse um documento relativamente leve, ele recomendava que a Manchúria deveria possuir um estatuto autônomo, dentro da China. Dentro de um mês a contar da aprovação do relatório da Comissão Lytton, o governo japonês se retirou da Liga das Nações. Este é um ponto importantíssimo para o futuro ingresso do Japão no Eixo.

Na sequência do fracasso da liga na Manchúria, a crise que sinalizou claramente a sua influência em declínio na década de 1930, foi a invasão da Etiópia pela Itália em Outubro de 1935. Isto levou à imposição de sanções econômicas sobre os materiais relacionados com a guerra que eram, em teoria , realizadas por todos os membros da Liga. Estas sanções logo se mostraram insuficientes. Mas a capacidade da liga, ou mais particularmente da Grã-Bretanha e França, para se deslocar para ações mais significativas, como fechar o Canal de Suez à navegação italiana e do corte de todas as exportações de petróleo para a Itália, foi constrangido pelo medo de que tal ação iria provocar uma guerra com a Itália. A situação era ainda mais comprometida porque a Grã-Bretanha e a França tentaram, sem sucesso, negociar um acordo secreto com Mussolini (o Pacto Hoare-Laval), que iria resolver o litígio de forma pacífica, permitindo a Itália a manter o controle do território etíope.

Em termos gerais, o declínio da Liga das Nações em 1930 refletiu a falta de vontade ou incapacidade da Grã-Bretanha, França e Estados Unidos de oporem-se ás trajetórias cada vez mais nacionalistas e militaristas-imperialistas da Alemanha nazista, Itália fascista e do Japão imperial. A ordem internacional pós-1919, que resultou do Tratado de Versalhes, era frágil, e a Liga personificou essa fragilidade. 

Na sequência da crise etíope, a liga era mais ou menos irrelevante. Ele não respondeu à intervenção militar da Alemanha e da Itália na guerra civil espanhola (1936-1939). Enquanto isso, a captura de parte da Síria, a ocupação de Hitler da Tchecoslováquia, e a invasão da Albânia e da Turquia de Mussolini no final de 1930, também produziram praticamente nenhuma resposta da Liga. O seu final, e em grande medida simbólica, foi a expulsão da União Soviética após a sua invasão da Finlândia em 1939. 

O fato é que as deficiências da Liga asseguraram que ela nunca conseguisse desempenhar o papel que seus primeiros promotores almejavam. É evidente que a falta de cooperação nas ações coletivas entre as nações participantes, e rancores históricos e ancestrais, foram definitivos no fracasso da Liga, que acabou sendo dissolvida em 1946. Mas não sem antes permitir, alguns diriam até mesmo instigar, que a Alemanha nazista, a Itália fascista e o Japão imperial se unissem contra o stablishment.

A ONU foi criada após a Segunda Guerra Mundial para proporcionar um fórum internacional que iria desenvolver relações positivas entre os países, promover a paz e a segurança no mundo, e estabelecer uma cooperação internacional para resolver os problemas econômicos, sociais, culturais e humanitários internacionais. As principais organizações da ONU são a Secretaria, o Conselho de Segurança e a Assembléia Geral.

A Secretaria é o centro administrativo das operações da ONU, e é chefiada pelo Secretário-Geral, que é o diretor da Organização das Nações Unidas.

O Conselho de Segurança é responsável por estabelecer e manter a paz internacional. Seu principal objetivo é evitar a guerra e resolver disputas entre nações. O Conselho de Segurança tem 15 membros. Existem cinco membros permanentes: os Estados Unidos, a Rússia, Grã-Bretanha, França e China; e 10 membros temporários que servem mandatos de dois anos.

A Assembléia Geral é o fórum do mundo para discutir questões que afetam a paz mundial e a segurança, e para fazer recomendações que lhes dizem respeito. Ela não tem poder próprio para fazer cumprir as decisões. É composto dos 51 países-membros originais e aqueles admitidos, de um total de 192.

Os principais órgãos da ONU são a Assembleia Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho Econômico e Social, o Conselho de Tutela, o Tribunal Internacional de Justiça e o Secretariado. Outros órgãos que funcionam como entidades especializadas da ONU, mas não estão especificamente previstos na Carta são a Organização para Alimentação e Agricultura, o Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento,a Associated International Finance Corporation, a Associação Internacional de Desenvolvimento, a Organização da Aviação Civil Internacional, a Organização Internacional do Trabalho, a Organização Marítima Internacional, o Fundo Monetário Internacional, a União Internacional de Telecomunicações, o Fundo das Crianças das Nações Unidas, o United Nations Scientific Educational, a União Postal Universal, a Organização Mundial de Saúde, a World Intellectual Property Organization, e a Organização Meteorológica Mundial. Agências de trabalho temporário têm incluído a Assistência e Reabilitação Administração das Nações Unidas,a Organização Internacional para os Refugiados (cujas responsabilidades foram mais tarde assumidas pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), e a Agência de Obras Públicas e Socorro das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Oriente.

A Onu nunca desfrutou realmente de uma "era de ouro", exceto, possivelmente, na fase conceitual, nos anos imediatamente posteriores à criação oficial da organização. Na verdade, o nome "United Nations" foi cunhado pelo presidente americano Franklin D. Roosevelt, na Declaração das Nações Unidas, de 01 de janeiro de 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, quando representantes de 26 nações se comprometeram a continuar a lutar juntos contra os nazistas e os poderes do Eixo.

Mais tarde, a Guerra Fria obrigou a ONU a um hiato operacional durante anos, atolando o Conselho de Segurança com vetos, uma briga política protagonizada pelas duas maiores potências mundiais, principalmente por parte da União Soviética (128), e Estados Unidos (83), em quase todas as questões de contenção. Então, de repente, no início de 1990, a implosão do império soviético empurrou a ONU de volta às zonas de guerra ativas. Funcionários da ONU tinha grandes esperanças para o seu impacto potencial, anteriormente presa em orçamentos baixos, capacidade operacional completamente inadequada, tudo isso em meio ao caos do fim da Guerra Fria.

Com a inclusão da ONU em áreas de conflito, a entidade corrompe seus ideais, dando início a uma série de operações e esquemas políticos vergonhosos. Isso veio na forma de "petróleo por alimentos". Neste caso, a Wiley Saddam tinha mantido registros meticulosos de cada propina e cada suborno transferido no âmbito do programa das Nações Unidas, "petróleo-por-comida", antes que ele fosse derrubado do poder. Quando um jornal iraquiano, em seguida, publicou-o, uma bola de neve de revelações levou até o maior escândalo de corrupção na história das Nações Unidas, quase forçando a renúncia do então secretário-geral Kofi Annan, e lançando uma "nuvem negra" sobre a ONU. 

O Iraque era uma espécie de vórtice de crise permanente, que tornou-se um pára-raios para as disputas na ONU, que abrange todo o período entre o fim da Guerra Fria e o início da "guerra ao terror". E hoje, o Iraque deixa-nos mais uma vez com a impressão, pra não dizer a certeza, de que a ONU não tem solução para os conflitos da era moderna. Mas tem kits de alimentos, tendas e saneamento - e os conflitos regionais ainda fornecem a abundância de vendedores para estes.

Como uma organização concebida "para salvar a humanidade do flagelo da guerra" a ONU, evidentemente, é um fracasso. Se é mera incompetência, ou se é ineficiência proposital, não podemos afirmar. Afinal, a ONU também trabalha no esquema de compartimentalização piramidal; significa que a vasta maioria de seus funcionários não tem consciência do planejamento como um todo. Isso faz com que boas ações, motivadas por um caráter benevolente, sejam ofuscadas pelo jogo político e militar em que a entidade se envolveu durante as últimas décadas. 

Embora declare um orçamento formal de apenas US $ 1,9 bilhões por ano, a ONU e as várias agências semi-autônomas sob o controle direto do Secretário-Geral, gastam entre US $ 8 e US $ 9 bilhões por ano, algo do tamanho do orçamento de defesa canadense. Agências semi-autônomas da ONU como a UNICEF e o Programa de Desenvolvimento da ONU gastam US $ 8 a US $ 10 bilhões a mais, resultando um total de cerca de US $ 18 bilhões. A ONU emprega diretamente cerca de 40.000 pessoas. Equipes de campo locais empregam milhares mais, entre eles os 20.000 palestinos na folha de pagamento da UNRWA, a agência criada para servir os refugiados palestinos. 

Claro que muitos afirmam que a ONU faz um excelente trabalho nas questões humanitárias, sociais e culturais. Desvios de funções! Se a ONU precisa agir com ações humanitárias de salvamento, intervenções de "forças de paz", é porquê falhou em sua premissa básica: a de evitar que tudo isso ocorresse! Partindo deste princípio, a ONU apenas se encarrega de limpar a própria bagunça, seja por incompetência, omissão ou aceitação das regras impostas pelo sistema, e isso supondo que a ONU seja absolutamente idônea em suas decisões. O que não parece ser o caso...